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A moderna, histórica e linda Santiago

Emoldurada pela Cordilheira dos Andes que, independentemente da época do ano, mantém o cume dos picos nevado, Santiago é linda por natureza. Não falta o que fazer por lá.

A capital chilena mescla na medida certa a imponente arquitetura colonial do centro histórico com bairros moderninhos, marcados por shoppings e espigões envidraçados que espetam o céu da região. Por isso, costuma agradar muito aos brasileiros.

Veja o que fazer em Santiago.

Cerro San Cristóbal

Um roteiro clássico por Santiago tem como ótimo ponto de partida o Cerro San Cristóbal. O morro de 880 metros é um mirante natural – e gratuito – o que revela o melhor panorama da cidade. Os santiaguinos costumam ir até lá caminhando, para se exercitar, mas os turistas geralmente preferem fazer o trajeto de funicular ou teleférico.

San Cristóbal faz parte de qualquer primeira visita a Santiago. É como ir ao Rio de Janeiro e subir ao Cristo Redentor. Todo mundo vai. A vista de lá é mais bonita do que a do Cerro Santa Lucía, outro morro onde o pessoal se junta para contemplar a metrópole.

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Cerro Santa Lucía

O Cerro Santa Lucía tem importância histórica, pois foi exatamente nele que o espanhol Pedro de Valdívia fundou Santiago, em 1541. A bela escadaria construída encosta acima leva à Fortaleza Castillo Hidalgo, no topo do Santa Lucía. Trata-se de uma das construções antigas mais importantes de Santiago.

Palácio de La Moneda

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Outros prédios históricos marcantes ficam logo aos pés do morro, interligados pelo Paseo Ahumada, uma via exclusiva para pedestres.

Um deles é o Palácio de La Moneda, sede da presidência chilena e marco de acontecimentos importantes, como o bombardeio por aviões do próprio exército do país durante o golpe militar de 1973, que culminou com o suicídio do então presidente Salvador Allende.

No subsolo fica o Centro Cultural La Moneda, que tem boas exposições.

Plaza de Armas

Mais adiante, o calçadão exibe a Plaza de Armas e um belo conjunto colonial, como a Casa Colorada (sede do Museu de Santiago), o Palácio de la Real Audiencia (atualmente o Museu Histórico Nacional) e a Catedral Metropolitana.

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Mercado Central

As andanças no centro podem terminar no Mercado Central, o templo gastronômico de Santiago, com pequenos restaurantes de frutos do mar de nomes esquisitos, e bem sonoros, tais como macha, loco, navajuela, picoroco, piure, lapas, luches, cochayuyo…

A água gelada do Pacífico é repleta desses pescados exóticos, cujos nomes nem têm tradução em português porque simplesmente não existem no Brasil nem em qualquer outro lugar do mundo. Escolha algum restaurante que o garçom não tente laçá-lo à força e prove sem medo.

Lastarria

Além do centro, o passeio clássico por Santiago inclui dois bairros boêmios tradicionais: Lastarria e Bellavista. O primeiro fica relativamente perto da Plaza de Armas. São cerca de 15 minutos de caminhada, e a bateção de perna por ali pode ser incluída facilmente no mesmo dia em que você passear pelo centro histórico.

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Essa espécie de Vila Madalena (bairro boêmio paulistano) santiaguina é recheada de restaurantes, sorveterias, cafés, bares, galerias de arte e teatros – e tem no Boulevard Plaza Lastarria um dos pontos prediletos dos nativos para um happy hour no esquema mesa na calçada. Há muito burburinho também na Calle José Victorino, onde, de quintas a  domingos, rola uma charmosa feira de livros e antiguidades.

Bellavista

Bellavista, por sua vez, é outro bairro boêmio por excelência, com a diferença de atrair uma turma amante da literatura, que adora visitar a La Chascona, a casa-museu de Pablo Neruda, o célebre poeta chileno.

Chascona significa “mulher de cabelo desarrumado”, e o termo foi eternizado pelo escritor que assim chamava Matilde Urrutia, seu amor secreto, com quem viveu naquela casa com vista para as montanhas, aos pés do Cerro San Cristóbal.

A oferta gastronômica quase ilimitada é outra marca dessa vizinhança, que há muito é um hit da capital.

O Patio Bellavista é uma galeria a céu aberto com quase 100 estabelecimentos, entre cafeterias, pubs, restaurantes de diversas nacionalidades (francês, tailandês, japonês, irlandês, espanhol e por aí vai) e lojas.

Las Condes

Um dos símbolos da modernidade chilena é o Costanera Center, um dos maiores arranha-céus da América Latina, com 300 metros de altura. Quem sobe aos 61º e 62º andares do prédio encontra, respectivamente, um mirante de paredes envidraçadas e um deque ao ar livre, de onde se pode observar a metrópole de um ângulo privilegiado.

O espigão fica no bairro Las Condes, ao lado de outros edifícios espelhados e muitas lojas de grife, que dão à região um ar meio nova-iorquino. Tanto que a área foi apelidada de Sanhattan, termo que junta Santiago a Manhattan.

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O shopping Costanera Center, instalado junto ao megaprédio homônimo, fica justamente por ali. O centro de compras é o maior do país, com cerca de 300 lojas, 60 restaurantes e salas de cinema distribuídos por seis andares.

No primeiro piso, fica um imenso supermercado, ótimo para comprar vinhos e frutos do mar em conserva para trazer na bagagem.

Outro shopping bacana na vizinhança é o Parque Arauco, galeria aberta e elegante onde há marcas como Gucci, Gap e Lacoste.

Dali, não deixe de visitar o bairro Itália, de estilo vintage, com lojas que vendem artesanato local, objetos de decoração e roupas de estilistas chilenos. O local está na região conhecida como Providência, repleto de bares para brindar a noite – e a viagem – a Santiago.

Publicado em: 18/10/2022
Atualizada em: 26/10/2022
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