O que fazer na Patagônia Chilena – Voupranos

O que fazer na Patagônia Chilena

A Patagônia sempre ocupou um lugar especial na mente daqueles que gostam de grandes viagens. Desde o século 15, quando Fernão de Magalhães ousou navegar pelos confins da América do Sul, a região ganhou uma aura de mistério e romantismo que encanta que procura o que fazer na Patagônia Chilena

Como ocorre do lado argentino, a porção chilena da área oferece um vasto cardápio de atrações. Não são poucos os visitantes que viajam de longe para a região a fim de praticar atividades extremas, como montanhismo e trekkings.

Outros se satisfazem com os tours de contemplação, em que, sem muito esforço, é possível curtir toda a grandeza da natureza.

AdobeStock, Gleb Tarassenko

Punta Arenas

Punta Arenas é a porta de entrada sul da Patagônia chilena. Capital de Magalhães, localizada a 2.200 km de Santiago, a cidade fica em uma posição geográfica privilegiada, no Estreito de Magalhães. Por isso, recebe inúmeros turistas que resolvem se aventurar pelos confins da América do Sul todos os anos.

Para chegar lá, só existem duas opções: de navio ou avião, que partem da capital chilena. Mesmo assim, a cidade cresceu em decorrência do grande número de turistas que se aventuram pelos confins da América do Sul todos os anos.

Cosmopolita, Punta Arenas é marcada por um enorme mirante de onde se tem uma bela vista da região.

Punta Natales

A 2h30min de carro dali fica Puerto Natales, cidadezinha com pouco mais de 10 mil habitantes. É dela que partem alguns cruzeiros que exploram as belezas naturais da Patagônia chilena.

Capital da província de Última Esperança, a cidade está localizada sobre uma ponta na borda do Canal Señoret, bem em frente aos Andes Patagônicos.

Com a silhueta da Cordilheira de um lado e icebergs do outro, Puerto Natales reserva encantadoras surpresas para os visitantes. Dela, é possível embarcar para os glaciais Balamaceda e Serrano, passeio que dá direito a belas vistas de um monte com o cume coberto de neve e de um bosque recheado de lagoas.

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Torres del Paine

Localizado a 3h30 de carro de Punta Arenas e menos uma hora de Puerto Natales, o Parque Nacional Torres del Paine, com seus lagos, cachoeiras, geleiras e picos enormes de granito, foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco. Situado entre a Cordilheira dos Andes e a estepe da Patagônia, o local é um dos destinos naturais mais bonitos do Cone Sul.

Torres del Paine contempla formações rochosas, com picos de até 3.000 metros, que parecem querer tocar o céu no parque nacional de mesmo nome. Dá para passar horas observando a paisagem quase sem piscar, só pensando em como essas imensas esculturas naturais foram talhadas pelo tempo.

E haja tempo! Basta retroceder 12 milhões de anos, quando um movimento brusco das placas tectônicas deu origem a esse tipo de relevo. Mesmo assim, a região é considerada a caçula do planeta em termos geológicos.

O nome Paine quer dizer “azul claro” na língua dos índios Mapuche, que batizaram a obra inspirados na coloração do gelo, que ganha tons azulados à medida que se torna mais compacto e antigo.

Bem ao lado estão os Cuernos del Paine, sequência de picos em formato de chifre que também tem lá suas diferenças de coloração entre as bases de granito e os picos de rochas sedimentares.

Mas não fique apenas contemplando o visual. Passado o primeiro encantamento, é hora de desbravar a paisagem, declarada Reserva da Biosfera pela Unesco em 1978. Os roteiros de trekking podem durar até dez dias.

E ainda dá para se divertir em cavalgadas, escaladas e passeios de canoa ao redor dos glaciares – o maior deles, Grey, garante fotos memoráveis. Assim como a variedade de animais que circulam livremente pela reserva, a exemplo de coelhos, raposas, dos simpáticos guanacos (espécie de primo patagônico das lhamas) e do emblemático condor, que pode ser visto ao longe, planando em grandes altitudes.

Com sorte, também pode-se avistar pumas – estima-se que haja cerca de 50 dentro do parque.

Lagos, rios, cachoeiras e glaciares completam o cenário hipnótico e atraem número crescente de turistas aos 242 mil hectares do parque (área equivalente à Suíça em extensão).

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Carretera Austral

Outro pitoresco destino de inverno que pode ser visitado é a Carretera Austral, tradicional estrada com mais de 800 km de extensão que percorre boa parte da Patagônia chilena.

Apesar de o roteiro ser deslumbrante, poucos turistas o conhecem. Afinal, é preciso ter muita coragem para encarar o trajeto, que só pode ser feito de carro e é um tanto quanto perigoso.

Quem segue com guias especializados pela região, porém, é presenteado com vistas inesquecíveis. A paisagem é pródiga em montanhas nevadas, geleiras, rios, lagoas, bosques e até cachoeiras. Um cardápio e tanto com tudo que a natureza chilena oferece de bom.

Publicado em: 18/10/2022
Atualizada em: 26/10/2022
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