As principais estações de esqui do Chile

Graças aos 3 mil km de montanhas nevadas ao longo da Cordilheira dos Andes, o Chile tem a maior quantidade de estações de esqui da América do Sul.

No total, são 14 complexos de neve, que se espalham desde os arredores de Santiago até a distante Punta Arenas, no extremo sul da Patagônia.

Desses, há quatro centros que os brasileiros adoram: Valle Nevado, o maior e mais moderno do país, a meros 60 km da capital; Portillo, dono de pistas radicais de fama internacional que atraem profissionais do esqui do mundo inteiro; Termas de Chillán, com as paisagens mais bonitas e, de quebra, águas termais, um plus e tanto nos meses em que a neve e o frio não dão trégua; e Pucón, destino que fica mais afastado da capital, mas que é vigiado por um vulcão de encher os olhos.

Cada estação tem um estilo e astral próprios, que variam conforme a geografia da região e a estrutura das instalações. O que todas têm em comum é a avalanche de brasucas que invadem essas pistas a cada inverno.

Se você quer ser um deles na próxima temporada, descubra qual complexo é sua cara.

Valle Nevado

Valle Nevado é a maior e uma das mais modernas estações de esqui da América Latina. O acesso fácil – são apenas 60 km do aeroporto de Santiago – faz dela um lugar muito procurado por brasileiros. Dá até para ir e voltar no mesmo dia, já que a viagem leva apenas 1h30 de carro.

Muita gente faz isso, o que é uma boa se não é da turma do esqui e apenas quer vivenciar a neve por um dia. Mas será preciso encarar a estrada até lá, que é um zigue-zague desanimador, pois Valle Nevado fica a 3.025 m de altitude – é a estação mais alta da América do Sul.

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Quem curte esquiar adora, pois é justamente por causa da altitude que a neve é ótima e farta e pode ser desfrutada em dezenas de pistas com quatro níveis de dificuldade, todas interligadas às pistas de La Parva e El Colorado.

Também dá para praticar snowboard e heliesqui, modalidade que consiste em subir de helicóptero até as partes mais altas das montanhas e deslizar desde lááá de cima. Há também pistas legais para iniciantes, que podem aprender em uma escola de esqui bem conceituada, com instrutores que falam português.

Quem vai a Valle Nevado pela primeira vez tem a impressão de chegar a um perfeito vilarejo fincado no alto da cordilheira. São diversos hotéis, restaurantes, edifícios de apartamentos particulares, lojas, spa, academia… Cerca de dez mil pessoas podem estar no complexo ao mesmo tempo, somando hóspedes e visitantes que saem de Santiago apenas para passar o dia.

Portillo

O complexo de Portillo é indicado para quem realmente gosta de esquiar. A qualidade da neve e a ousadia das pistas faz da estação a preferida dos experts no esporte e amantes do esqui off-road.

Tanto é que eventos e campeonatos fazem parte da rotina do centro há quase 70 décadas, quando foi inaugurado. As equipes olímpicas de esportes de inverno de diversos países, como Estados Unidos, Canadá, Noruega e Áustria, treinam lá todos os anos.

De Santiago até Portillo são 165 km, ou cerca de 2h30 de carro. O caminho, bem sinuoso, leva a 2.800 metros de altitude, já próximo à fronteira com a Argentina, aos pés do Aconcágua, a montanha mais alta do Ocidente.

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A estação oferece mais de 30 pistas acessadas por diversos teleféricos. É pequena se comparada às concorrentes, mas isso não importa tanto, pois o que atrai os profissionais e aficionados por esqui e snowboard é justamente a grande área destinada ao off-road (fora de pistas), que desafia enormemente os praticantes.

Chillán

Chillán é a mais bela estação de esqui do Chile. Embora não tenha pistas super-radicais como Portillo nem a variedade de opções de hospedagem e a animação de Valle Nevado, exibe a paisagem mais encantadora. Além disso, oferece um hotel cinco estrelas, que fica em plena montanha, de forma que dá para sair dele já esquiando.

Outro plus é a piscina termal, parte coberta e parte ao ar livre, circundada por árvores e, no inverno, por neve, claro. A água dela é morninha, pois vem direto de fontes naturais aquecidas nas entranhas de um vulcão da região.

É um grande barato poder nadar, só de roupa de banho, sob temperaturas congelantes e, depois, seguir para as salas de massagens e de terapias relaxantes, já que Chillán ganhou fama por ser justamente um spa de saúde, que já existia antes do lugar se tornar centro de esqui.

Pucón

O principal atrativo de Pucón é Villarica, um dos vulcões mais ativos da América do Sul. A paisagem é tão fascinante que todo o cansaço da viagem parece ir para o espaço. E para deleite de quem vai até lá, essa é só a primeira das muitas surpresas positivas da região.

Cercada por montanhas com neve eterna, lagos, bosques com cachoeiras, rios, termas e praias vulcânicas, a cidade é um dos destinos nevados do Cone Sul que mais oferecem opções de lazer.

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A começar pelo centro de esqui, que se chama Ski Villarrica-Pucón e fica a 15 km do centro da cidade, nas encostas do vulcão e às margens do Lago Vilarrica. Lá, diversas pistas somam 50 km esquiáveis com opções de diversão para todas as pessoas.

Ao pegar um dos meios de elevação do centro, os esquiadores novatos podem fazer aulas práticas nas diversas pistas verdes, cor que sinaliza as descidas mais tranquilas. Já os experts encontram na diferenciada geografia os desníveis perfeitos para a prática de snowboard.

Quem viaja para lá também encontra um charmoso centro de compras e gastronomia. Todas as casas do vilarejo têm estilo suíço e estão sempre prontas para servir um chocolate quente. Ou, ainda, atender a consumidores curiosos pelo artesanato mapuche, típico do povo indígena que habita a região há anos.