Atrações nos arredores de Santiago – Voupranos

Atrações nos arredores de Santiago

Há pelo menos três destinos que valem ser visitados nos arredores de Santiago. O primeiro é uma vinícola e, por sorte, há muitas de ótima qualidade por perto.

Em seguida, a dica é ir em direção à praia, parando na colorida Valparaíso até chegar a Viña del Mar, já banhada pelas águas geladas do Oceano Pacífico, mas com muito charme.

Veja as principais atrações nos arredores de Santiago.

Vinícolas

Para quem quer ver uma vinícola chilena de perto, há duas opções pertinho de Santiago. Uma delas é a mundialmente famosa Concha y Toro, uma das maiores do mundo, que exporta para mais de cem países.

AdobeStock, Aleksandr Vorobev

Baseada no vilarejo camponês de Pirque, bem próximo da capital chilena, seu prestígio e excelência, somados aos preços tentadores, são motivos de sobra para uma visita ao antigo casarão, com história de mais de um século.

A bodega tem produtos de grande renome, como o famoso e popular vinho Casillero del Diablo. É possível fazer um tour guiado e ficar sabendo que o nome da bebida foi dado pelo dono e fundador da bodega, Dom Melchor, que costumava guardar alguns vinhos exclusivos para seu consumo pessoal dentro de uma adega secreta. Ocorre que, misteriosamente, algumas garrafas sumiam. Então, ele decidiu difundir o rumor de que a caverna era visitada pelo diabo, que aparecia para assustar e frear os gatunos.

Outra vinícola pertinho de Santiago é a Cousiño Macul, que tem suas parreiras no sopé dos Andes, na periferia da capital. O tour guiado dura cerca de 45 minutos e inclui uma taça para degustação de um vinho varietal e outro reserva.

Quem quiser fazer um mergulho mais profundo nesse universo pode esticar o roteiro para visitar outras importantes regiões vitivinícolas do país, como os vales de Colchagua e de Casablanca, localizados, respectivamente, a 190 km e 70 km de Santiago. No Vale de Colchagua estão dezenas de produtoras sofisticadas, cada uma com sua peculiaridade.

AdobeStock, Renato

A Viña Montes, por rexemplo, exibe uma arquitetura bonita e clean, que segue os conceitos do feng shui, e sua cave semicircular é uma beleza. A Lapostolle também é dona de um projeto moderno, cuja construção emula uma grande barrica de carvalho.

Outro ponto alto é o restaurante ao ar livre, ao lado dos vinhedos, onde é servido um almoço gourmet harmonizado com os bons vinhos da bodega.

Vale a pena também visitar a Casa Silva e a Viu Manent, que ocupam antigas e lindas fazendas – e também prezam pela alta gastronomia. Em Casablanca, por sua vez, as vinícolas mais procuradas são a Matetic, a Indómita e a Emiliana – esta última especializada em vinhos orgânicos.

Valparaíso

Declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, Valparaíso foi construída sobre montanhas espalhadas por uma baía. Ao todo, a cidade, que fica nos arredores de Santiago, abriga 45 morros, todos eles situados em uma posição estratégica que cria uma espécie de anfiteatro de frente para o mar.

Uma marca da cidade são os trólebus, ônibus elétricos que começaram a circular no El Plan em 1953 guiados por fios pendurados em uma linha de alimentação de cerca de 9 km.

São os mais antigos em operação no mundo a manter os veículos originais. Um passeio neles permite apreciar a região com calma.

Outro meio de locomoção peculiar são os famosos e também antigos funiculares que, parecidos com um vagão de bonde, ajudam na difícil tarefa de subir escadas e ruas íngremes, unindo o plano baixo da cidade com o topo dos morros.

Cerro Alegre e Cerro Concepción são os morros ícones que, localizados um ao lado do outro, muitas vezes são confundidos, pois é difícil adivinhar qual é qual.

Tanto em um como no outro, o que não falta é onde dormir ou comer. Ambas as colinas oferecem ótimas opções. Por isso, são ponto de encontro de visitantes.

As ruas da cidade são inspiradas nas da Europa e até mesmo os nomes têm referência europeia, como o Paseo de Atkinson, nome de antigo construtor de barcos em Valparaíso. Visita obrigatória, ele se destaca por abrigar 11 casas elegantes, dos tempos de fartura.

AdobeStock, streetflash

Outra boa surpresa é visitar o Paseo Gervasoni, nome dado ao local supostamente por causa de um italiano chamado Tomás Gervasoni, comerciante destacado de Valparaíso.

Com o passar dos anos, a região se transformou em palco de lojas de artesanato e músicos de rua. Também abriga o Museo Mirador Lukas (casa de um dos melhores artistas que já retrataram a região) e o Café Turri, um dos restaurantes icônicos do porto.

Existem vários mirantes que dão para a baía – e todos merecem uma visita. Um dos lugares mais importantes é o El Paseo 21 de Mayo – para chegar lá, toma-se o funicular Artillería. O panorama do alto é inspirador e inesquecível. Por isso, vá com a câmera do celular pronta para guardar uma bela lembrança da visita a Valparaíso.

Viña del Mar

É comum para quem vai pela primeira vez a Viña del Mar ter uma louca vontade de pôr os pés na areia e tocar as ondas – ou pelo menos percorrer o calçadão à beira-mar olhando para as geralmente frias águas do Oceano Pacífico.

A arquitetura da orla começou a ser remodelada ambiciosamente há cerca de sete anos. Assim, a cidade praiana é uma agradável opção para um passeio de bate e volta a partir da capital chilena, a apenas 120 km de distância.

O nome da cidade vem dos vinhedos de uma antiga fazenda, a Siete Hermanas. Hoje com cerca de 300 mil habitantes, tem quase 4 km de orla que une os pontos Caleta Abarca e Cochoa, passando por 13 praias, entre elas uma das mais populares, a Acapulco, na Avenida San Martín.

AdobeStock, MarcoMarinuzzi

Mas se você preferir desfrutar um passeio de frente ao mar, mas longe das ondas, aproveite a caminhada pelas avenidas da cidade. No percurso, encontrará modernos edifícios, áreas verdes, aparelhos para exercícios, um suntuoso cassino, lojas de artesanato e alguns cafés.

Mas não é só de praias que vive Viña del Mar. Há também um atrativo urbanístico: o Castelo Wulff, uma das construções mais emblemáticas do Chile. Ele fica em meio a uma série de rochas e foi construído durante o ano de 1906 pelo comerciante alemão Gustave Wulff, na Avenida Marinha.

Publicado em: 18/10/2022
Atualizada em: 26/10/2022
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