Cancún é o Caribe com valores de Nordeste
Não faltam boas opções de hospedagem, entretenimento e passeios em Cancún. Veja agora o que fazer de melhor nesse destino internacional que muitas vezes é mais barato que visitar o nordeste brasileiro.
Nessa ilha da fantasia chamada Cancún, construíram-se resorts, shoppings, restaurantes e casas noturnas, sendo que o principal pedaço ganhou o nome de Zona Hoteleira e foi cortado por uma única avenida, o Boulevard Kukulkán. Isso facilita um bocado as coisas para os visitantes. Sem cruzamentos nem endereços complicados, apenas as tequilas e os mojitos são motivos para errar o caminho.
O resultado desse projeto fantástico foi que, em quatro décadas, Cancún se tornou o destino número 1 da América Latina. Recebe perto de 15 milhões de estrangeiros por ano, quase três vezes mais do que o Brasil. Os americanos são maioria, em especial grupos de formandos de high school. Ir a Cancún é uma espécie de rito de passagem para os jovens do país, que no balneário podem comprar bebidas alcoólicas, o que eles não têm permissão de fazer na Terra do Tio Sam até completar 21 anos.
Os turistas convencionais, por sua vez, chegam em busca de uma feliz combinação de fatores. A começar pela estrutura dos resorts all inclusive que oferecem quartos de padrão cinco estrelas, grandes piscinas de borda infinita de frente para o mar, serviço de praia e um constante vaivém de garçons para garantir que ninguém fique de copo vazio.
Praticamente não existem hotéis ruins em Cancún: na Zona Hoteleira, são todos de primeira e a maioria tem acesso direto à praia, que está a passos de distância do próprio quarto.
Noite caliente
O dia em Cancún é extasiante, mas é melhor guardar fôlego para aproveitar a famosa noite local. Na balada, que realmente é show, de repente descem sósias de Beyoncé e Elvis Presley do teto. Perto deles, o pirata Jack Sparrow e o Homem-Aranha estão envolvidos em uma luta de espadas, enquanto o pessoal em volta vira shots de tequila alucinadamente, o DJ grita e a música bomba nas caixas de som… Em outro point, garotas são penduradas pelos pés no teto e giram rapidamente enquanto levam um banho de espuma. Assim é a noite em Cancún: pura loucura.
Quem acha que já está acostumado com todo tipo de balada não sabe o que está por vir no Boulevard Kukulcán, avenida que, além de hotéis, concentra diversas casas noturnas.
Lado B de Cancún
Nem tudo em Cancún é feito apenas para turista ver. Assim, quem se dispõe a explorar, de fato, o balneário vai encontrar um lado ainda autêntico, na parte continental, onde vive a maior parte dos cerca de 800 mil moradores da cidade.
Ali, os preços já correspondem à realidade mexicana e são mais baixos do que os praticados na ilha, inflacionados por causa dos turistas. Se quiser fazer render seu dinheiro em compras, vá para lá. Em endereços como o Mercado 28, um centro de artesanato onde há todo tipo de quinquilharia, de copinhos de tequila e máscaras de luta livre aos tradicionais sombreiros mexicanos.
Ao redor do Mercado 28, há diversos restaurantes típicos. É o caso do tradicional Los Almendros (Avenida Tulum, 660) e do La Parrilla (Avenida Yaxchilán, 51), que tem ambiente descontraído e bem mexicano, com uma cabeça de touro logo na entrada do restaurante, mariachis que tocam músicas tradicionais e garçons que não demoram nada para levar à mesa doses de tequilas e porções de tacos.
Outras opções na mesma região para uma noite bem típica são o Parque de Las Palapas, uma área com barracas de comidas regionais e onde rola apresentações de salsa e ritmos caribenhos. É uma boa para quem gosta de se misturar aos moradores para conhecer um pouco mais da cultura e dos sabores do país. Para quem pensa que Cancún só existe à beira das piscinas dos resorts e do fascinante mar dégradé, atravessar a ponte e conhecer o lado B da cidade é uma grata surpresa.
Cultura Maia
Um dos destaques de Cancún é o Museu Maya, cujo acervo de 3.500 peças coletadas no México e em diversos países da América Central (Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador) traça um completo panorama da cultura e a arte dos maias. São cerâmicas, esculturas e ornamentos obtidos ao longo de 30 anos de escavações e pesquisas nessas regiões que foram dominadas por uma das mais avançadas civilizações da América pré-colombiana.
Outro ponto histórico interessante é o sítio arqueológico San Miguelito, situado em uma área próxima à entrada da Lagoa Nichupté, que foi habitada oito séculos antes da chegada dos espanhóis à região. No local, existem 40 construções maias, diversas delas abertas para visitação, entre as quais a chamada Grande Pirâmide e o Complexo de Chaac.
Atualizada em: 27/08/2024