Tulum é história imperdível em Cancún – Voupranos

Tulum é história imperdível em Cancún

Tulum, no trecho final da Riviera Maya, é um dos destinos mais lindos nos arredores de Cancún. O local costuma ser a escolha daqueles que fogem do agito de Cancún e Playa del Carmen, na maioria europeus que passam o dia praticando ioga e topless. Ou, ainda, celebridades… por isso o local tem uma certa magia e valor especial.

A maioria das pessoas visita Tulum em bate e volta, o que é uma pena. Há muito que fazer por lá. A começar pela visita às ruínas maias que ficam no alto da falésia, de frente para o mar. As construções, erguidas por volta do ano 1.200, nem se comparam à grandiosidade de Chichén Itzá ou Cobá, outros destinos espetaculares no México, mas a localização do sítio arqueológico prova que os maias sabiam escolher bem um lugar para morar. Hoje, acertam precisamente os turistas que escolhem a região e Cancún, claro, como destino para férias relaxantes e muito, muito divertidas.

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Xel-Há

Uma das principais atrações nos arredores de Tulum é o parque temático Xel-Há, dá para descer um rio de snorkel. O mergulho, que começa no rio rasinho e estreito e termina com ele fundo e caudaloso, chega a lembrar os passeios de flutuação nos rios de Bonito (MS).

Nessa hora, nem os vários visitantes passando ao seu lado em boias enormes nem os fotógrafos que ficam nas margens insistindo por um sorriso atrapalham. É só colocar a cabeça para dentro da água e um novo mundo surge: o barulho cessa e só há lugar para peixes coloridos de variados tamanhos, que nadam em meio a uma farta vegetação aquática.

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O Xel-Há conta ainda com dois cenotes. O cenário de ambos é tão incrível que os próprios maias achavam que esses poços faziam a ligação com o mundo dos mortos: não à toa, foram encontrados neles alguns objetos que esse povo oferecia aos deuses, como colares de ouro e pedras de jade. Hoje, só há turistas se refrescando.

 Cobá

Caso tenha tempo ao visitar Tulum, aproveite para fazer um passeio até a pirâmide maia de Cobá cercada por uma densa floresta tropical. Por sua atmosfera autêntica, o local dá ao visitante a sensação de estar chegando, ainda hoje, a um reino perdido. Para muitos, é o lugar perfeito para se encontrar. Fica a 45 minutos de carro do centrinho de Tulum.

Chichén Itzá 

Os maias já sabiam que a Península de Yucatán, onde está Cancún, e a Riviera Maya, era muito especial antes dos resorts. Eles teriam chegado ali por volta de 700 a.C e ergueram, por toda a região, templos e construções de pedra que mostram o esplendor de uma das mais avançadas nações pré-colombianas. O local que mais se destaca nesse sentido é o sítio arqueológico de Chichén Itzá, a 220 km de Cancún no sentido do interior.

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O grande destaque por lá é o Templo de Kukulcán, uma impressionante construção que ajudou a região a ser eleita uma das sete maravilhas do mundo. Trata-se de uma pirâmide de quatro faces, construída cinco séculos antes da era cristã, e que está praticamente toda preservada.

Antes da chegada dos espanhóis, os maias reuniam-se aos milhares em Chichén Itzá para assistir aos sacrifícios humanos feitos como oferenda aos deuses.

O local também era usado para fins astronômicos. Os maias criaram um funcional calendário solar nas pedras de Kukulcán, dividindo o ano em 365 dias. Desenvolveram também uma escrita própria, com hieróglifos (desenhos e símbolos gráficos), e, graças à técnica de produzir papel, elaboraram livros, quase todos queimados pelos padres espanhóis, que acusaram os maias de adoradores do demônio.

O sítio arqueológico é cheio de vendedores de artesanato, e todos têm uma fisionomia parecida: pele bronzeada, olhos puxados e baixa estatura. São descendentes dos antigos maias e, de certa forma, os herdeiros daquele patrimônio. Por isso, têm autorização para vender seus trabalhos dentro da área.

O artesanato é rico e bem trabalhado: carrancas de madeira, calendários maias e esculturas produzidas com a pedra negra da região. Próximo a Chichén Itzá, no povoado de Kaua, a cooperativa de artesãos tem peças finas feitas de pedras e prata que chegam a custar algumas centenas de dólares, com preços sempre pechincháveis. São bem legais os pingentes de prata nos quais grafam o nome da pessoa usando os hieróglifos maias.

As excursões que levam a Chichén Itzá geralmente param em Kaua para o pessoal comprar artesanato. Ir até lá de excursão é a forma mais recomendável, porque o sítio fica distante o suficiente para tornar cansativo o bate e volta de carro: são quase seis horas de estrada, para ir e voltar. O roteiro costuma passar pela cidade histórica de Valladolid e faz paradas de meia hora no cenote Oxamano.

Publicado em: 12/09/2022
Atualizada em: 26/10/2022
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