Bariloche é apaixonante por todos os lados – Voupranos

Bariloche é apaixonante por todos os lados

Os brasileiros nutrem um amor antigo por Bariloche. E há muitas razões para isso, já que não falta o que fazer por lá.

Ela é uma das cidades mais bonitas da América do Sul, cercada por lagos e montanhas do norte da Patagônia. Tal paisagem até já foi considerada uma das dez mais belas do planeta – e quem porventura subiu ao alto do Cerro Campanario, nos arredores do município, sabe que isso não é exagero.

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No inverno, as casas de madeira, de estilo alpino, ganham o charme extra da neve nos telhados e os ambientes à luz de velas e as lareiras acesas exalam o romantismo que cai tão bem à estação fria. Isso sem contar os vinhos, a parrilla, a cerveja artesanal, o chocolate e as comprinhas na Calle Mitre… Bariloche é mesmo uma perdição.

A cidade, a 1.568 km de Buenos Aires, é um dos lugares mais práticos e baratos para brasileiros que pretendem esquiar ou apenas curtir o inverno na neve. Tanto é que, no auge da estação, Bariloche se transforma numa espécie de sucursal do Brasil – até 30 mil pessoas, sobretudo do Rio de Janeiro e de São Paulo, costumam desembarcar por lá durante o período.

Cerro Catedral

Entre as atrações disponíveis nos meses mais frios, destaca-se o parque para crianças na base do Cerro Catedral, com tobogãs de neve para os pequenos deslizarem numa boia e a bordo de um trenó.

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Nessa área, existem algumas pistas de inclinação mais suave, o que facilita a vida dos aprendizes de esquiador. Para garantir a neve no local mais baixo da montanha até o final de setembro, a estação conta com canhões de última geração, que produzem neve artificialmente.

No alto dos picos nevados, por sua vez, vale a pena curtir o passeio com motos de neve e quadriciclos, que seguem em meio aos bosques das encostas, com paradas estratégicas em diversos mirantes.

Lago Nahuel Huapi

O que nunca muda na região, ainda bem, são a paisagem e o astral de uma cidade toda especial. Bariloche é cercada de montanhas e lagos lindos. O mais famoso deles, o Nahuel Huapi, é gigantesco (nele, caberiam três Buenos Aires) e geladíssimo, já que suas águas são pura neve derretida da Cordilheira dos Andes.

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A melhor forma de contemplá-lo é do alto dos mirantes nos arredores, como o Cerro Campanario e o Cerro Otto, acessados por teleféricos, ou do refúgio Neumeyer.

Esse é um lugar pouco conhecido, cujo passeio começa com um traslado em veículo 4×4 até uma estalagem na montanha e segue com uma caminhada pela floresta, na qual você usa raquetes nos pés para não afundar na neve.

Circuito Chico

O tour mais procurado, no entanto, é o chamado Circuito Chico (circuito pequeno, em espanhol), um percurso de 60 km que passa por casinhas que parecem de boneca e bosques que lembram os dos contos de fadas. Dá até para fazê-lo de ônibus urbano, que liga o centro da cidade ao ponto culminante do circuito, o famoso Hotel Llao Llao.

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Esses panoramas espetaculares descortinados nos arredores de Bariloche servem de conforto, e que conforto, para quem não pretende esquiar. Até porque muita gente vai para lá com o intuito de ver a neve e curtir o clima romântico que permeia o lugar.

Mas isso é um equívoco. Esquiar não é tão difícil e todo mundo deveria tentar ao menos uma vez na vida.

Não há limite de idade para colocar os esquis, sair deslizando e… caindo, o que também é divertido e rende boas risadas. Os instrutores no Cerro Catedral falam português e, em dois dias, já é possível curtir a neve de outra maneira, ainda mais emocionante.

Gastronomia

O que ninguém deixa de aproveitar é o onipresente clima romântico de Bariloche. A beleza da arquitetura dos chalés – ocupados por hotéis, bares, lojas (incluindo suculentas chocolaterias) e restaurantes – e a decoração dos ambientes deixam a cidade ainda mais aconchegante e charmosa.

A gastronomia, aliás, é ponto forte, e comer bem faz parte da viagem. Alguns restaurantes são realmente imperdíveis.

Para adoçar ainda mais esses dias gostosos, dê um pulo em uma, ou melhor, em algumas fábricas artesanais de chocolate, que sempre apresentam apelos irresistíveis em forma de barrinhas, bombons e bebidas quentes.

Em algumas delas, na Calle Mitre, há degustações e é possível ver os funcionários em ação produzindo as guloseimas que tanto combinam com os dias gélidos.

De quebra, Bariloche é a maior fabricante de cerveja artesanal da Argentina. Os produtores se gabam de fazer bebida de alta qualidade graças à água da Patagônia.

Verão agitado

A partir do final de setembro, quando a temperatura aumenta e a neve derrete, a paisagem de Bariloche ganha muitas atrações, que antes estavam escondidas pela neve ou inviabilizadas por causa do frio.

Chove pouco, faz sol de quase 30 ºC e, no auge do verão, os dias se estendem até às 22h. Sobra mais tempo para aproveitar os passeios e a cidade se transforma nessa época.

Biquínis e roupas de banho substituem os trajes de neve, e as praias do Lago Nahuel Huapi estão enfeitadas com guarda-sóis e velas de windsurfe.

Na Avenida Bustillo, que parte do centro da cidade e segue contornando o lago, os carros lotam os acostamentos próximos aos acessos das praias públicas, enquanto outros passam direto rebocando lanchas para as marinas e trailers rumo aos campings à beira da água.

Nos paredões rochosos há sempre gente enganchada com cordas praticando escalada. Caiaques e veleiros passeiam pelas águas dos diversos lagos das redondezas. Montain bikes cruzam as estradas de terra.

E o cume das montanhas, antes domínio apenas dos condores, é compartilhado por trekkers experientes em busca dos mais incríveis mirantes.

Publicado em: 19/10/2022
Atualizada em: 26/10/2022
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