Roteiro para visitar o Vaticano
O Vaticano é o menor Estado independente do mundo, onde a Igreja exibe, por meio da impressionante Basílica de São Pedro, seus grandes símbolos religiosos, como a cripta que seria de São Pedro que, naquela região de Roma, teria sido queimado por não renunciar ao cristianismo e sobre a qual, no nível principal do templo, está o altar.
Praça de São Pedro
Antes de cruzar a porta da Basílica de São Pedro, você se verá cercado por uma das maiores obras de arte a céu aberto do mundo: a imensa e circular Praça de São Pedro, ornamentada com as magníficas colunas projetadas por Gian Lorenzo Bernini.
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É nessa praça, ao mesmo tempo solene e arquitetonicamente moderna, graças ao efeito de perspectiva, que fiéis de todo o mundo se reúnem para escutar a missa dominical celebrada pelo papa.
Basílica de São Pedro
No interior da basílica, os olhos ficam bem abertos diante do sem-fim de detalhes em ouro, pinturas renascentistas e esculturas que, de tão perfeitas, parecem prontas para andar ou falar. É o caso do Baldaquino, de Bernini, e da Pietà, de Michelangelo. Destaque ainda para o Domo de São Pedro, com 136,5 metros de altura.
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Para os católicos, a comoção atinge o auge na Cripta: acredita-se que ali tenha sido sepultado o apóstolo Pedro, um dos 12 apóstolos de Jesus e considerado o primeiro papa da história. É também na Cripta que estão os restos da basílica original, projetada na época do imperador Constantino, no século IV.
Gênios do Renascimento
A grandiosa estrutura do templo, que não pode ser sobrepujada por nenhuma outra igreja católica do mundo, foi ordenada no século XV pelo papa Júlio II e levou mais de cem anos para ficar pronta.
Por causa desse longo tempo de obras, a basílica também teve a contribuição dos maiores gênios do Renascimento, como Rafael e Michelangelo, que, anos antes, tinha trabalhado na fantástica Capela Sistina, onde os cardeais do mundo inteiro se reúnem quando devem escolher um papa.
Museus do Vaticano
Como a fé sem obras é morta, o Vaticano põe à disposição dos apaixonados pelas artes os Museus do Vaticano – para chegar lá, saia pelo portão à direita da Praça de São Pedro, olhando para a Basílica, e siga os muros até a entrada do museu.
Uma vez dentro dos museus, prepare-se para andar por, no mínimo, duas horas (mesmo que você não contemple muitas obras) em meio a escadarias, salões, pátios e coleções de valor incalculável, que incluem de túmulos egípcios e etruscos a estátuas clássicas e peças de arte moderna, sem falar das Salas de Rafael, trabalho do pintor para decorar os aposentos privativos do papa Júlio II.
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Os Museus do Vaticano abrigam ainda uma série de capelas, estátuas, pinturas, esculturas e até autênticas múmias egípcias, que dão uma ideia geral da história humana e da Igreja. Tais peças estão dispostas no Museu Etrusco e Egípcio; no pátio Ottagono (Cortile delle Statue), onde estão o Museu Cristiano e a Galeria dos Arazzi; na Pinacoteca Vaticana; no Museu Missionário-Etnológico. Visitar tais locais é como viajar pelo tempo.
Capela Sistina
Situada dentro dos Museus do Vaticano, a um quarteirão da Basílica de São Pedro, o maravilhoso teto da Capela Sistina foi revitalizado por Michelangelo, o artista que, só com pincel e tintas, representou o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, em que Deus cria o homem e o universo.
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Releve todo o tempo que demorou para chegar ali (como não há atalhos que levem direto à capela, é preciso passar por dezenas de salões) e aprecie a Capela Sistina com a reverência que ela merece.
Fixando o olhar em cada precioso detalhe do teto, dá para entrar em uma espécie de transe. E isso mesmo com o burburinho que preenche a sala, que não diminui com os incessantes pedidos de silêncio dos guardas.
Guarda Suíça
O Vaticano conta com uma tropa de segurança particular, a Guarda Suíça, criada pelo papa Júlio II em 1506. O nome não é à toa. A guarda é composta exclusivamente por católicos suíços, com, no mínimo, 1,74 m de altura e idade entre 19 e 30 anos. Os uniformes que eles usam, multicoloridos, foram desenhados por Michelangelo.
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Castelo de Santo Ângelo
No dia do tour pelo Vaticano, aproveite para visitar o Castelo de Santo Ângelo, erguido no ano 139 a mando do imperador Adriano, para servir de mausoléu pessoal e familiar.
A fachada redonda é um dos destaques da construção, que, de seus mirantes, oferece lindas vistas de Roma e do Vaticano, pois o castelo fica bem próximo ao país do papa.
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Castel Gandolfo
Quem tiver tempo para passear pelos arredores de Roma pode ir a Castel Gandolfo, onde fica a residência oficial do papa durante o verão tórrido de Roma.
Distante 30 km ao sul da capital italiana, a cidadezinha tem o Lago Albano aos seus pés e, por isso, é perfeita para uma escapada das altas temperaturas de julho e agosto (era exatamente isso o que faziam muitos imperadores).
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Além de abrigar uma série de restaurantes especializados em peixes, o lugar oferece programas tranquilos, como a visita aos Palácios Pontifício e Barberini, ambos do Vaticano, e às vilas Cybo, Barberini, Publio Clodio Pulcro e Di Tito Flavio Domiziano. Esta última pertenceu ao imperador que mandou executar muitos cristãos, ali em Castel Gandolfo, entre os anos 81 e 96.
Atualizada em: 26/10/2022