O que fazer nos arredores de Lisboa

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Muitos visitantes usam Lisboa como ponto de partida para explorar os arredores, com esticadas para Estoril, Cascais, Sintra e Queluz. Não é má ideia, já que esses destinos reúnem uma série de atrações e são facilmente alcançáveis a partir da capital portuguesa (inclusive, de trem).

Cascais e Estoril são balneários de águas gélidas, com mansões no sopé das praias. Neles, o bacana é curtir um passeio matinal no calçadão da baía e almoçar frutos do mar à beira da praia.

A Serra de Sintra, a noroeste de Lisboa, por sua vez, vale no mínimo um bate e volta a partir da capital portuguesa. Afinal, é nela que ficam o Palácio Nacional de Sintra, do século XIV, com curiosas chaminés brancas que parecem cones gigantes, o colorido Palácio da Pena, do século XIX, que mistura diversos estilos arquitetônicos e caracteriza-se pelos recortes mouriscos nos muros, e o Castelo dos Mouros, que se exibe imponente no alto de uma montanha.

Veja mais detalhes sobre esses destinos.

Cascais e Estoril

Uma vez em Cascais, não deixe de conhecer a Boca do Inferno, fenda nas falésias em que a água penetra fazendo um som estrondoso, e o Cabo da Roca, que marca o ponto mais ocidental da Europa. Em cerca de 30 minutos, dá para ir de Lisboa até Cascais (Estoril é ainda mais perto) nos trens que partem da estação do Cais do Sodré, localizada ao lado do Rossio.

O grande barato por ali é curtir o dia na praia, sem grandes preocupações. Dá para ir aos dois destinos no mesmo dia e aproveitar os restaurantes à beira-mar, todos eles com peixes e frutos do mar frescos.

Antes de voltar para Lisboa, não deixe de curtir o visual do Castelinho de São João do Estoril. Há quem diga até que ele é mal-assombrado. Se é verdade, não dá para saber, mas que é interessante ver um castelo se debruçando sobre a praia, isso é. Rende altas fotos.

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Sintra

Sintra é o passeio bate e volta preferido de quem visita Lisboa. E não é para menos, pois essa graciosa cidade com cenário de contos de fadas guarda inúmeros encantos. O centrinho, declarado Patrimônio Mundial da Unesco, abriga o Palácio Nacional, e sua importância para Portugal é imensa.

Afinal, trata-se de uma das poucas moradas da família real portuguesa na Idade Média que sobreviveram ao tempo e às batalhas que envolveram a Coroa do país. Isso sem falar que foi nele que Luís Vaz de Camões recitou pela primeira vez Os Lusíadas para o jovem rei Dom Sebastião, o grande homenageado neste que é o maior dos poemas épicos em língua portuguesa.

O palácio é marcado por duas imensas torres cônicas e seu interior chama ainda mais a atenção por conta da mistura dos estilos mouro e manuelino, das paredes com painéis de azulejos e dos tetos lindamente talhados.

Ali pertinho, uma dica saborosa é adoçar o dia com uma visita à pastelaria Piriquita, onde se pode provar as queijadas e travesseiros de Sintra. Lembre-se de que um dos tesouros de Portugal são os doces. Por isso, vale encarar a fila que, por vezes, se forma na porta.

Da estação local partem os ônibus turísticos que levam até as duas atrações mais procuradas pelos turistas na cidade: o colorido Palácio da Pena, onde a família real portuguesa veraneava, e o Castelo dos Mouros, construção amuralhada do século VIII.

Localizado no topo de uma colina, o colorido Palácio da Pena é o mais procurado pelos turistas, sem dúvida. Isso porque o castelo português representa com propriedade o romantismo na arquitetura.

Prova disso é que, apesar de agregar vários estilos decorativos, a obra coloridíssima não resulta de diversas construções e restaurações ao longo de séculos, mas sim de um único projeto cuidadosamente pensado e desenhado para transformar o palácio em uma das maravilhas do mundo feitas pelo homem.

Não é à toa que o compositor austríaco Richard Strauss, quando visitou o palácio, disse, entre outros elogios, a seguinte frase com referências à obra Parsifal, de Wagner: “[o palácio] É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor e lá no alto está o castelo do Santo Graal”.

Outro que se esconde entre as árvores e vale a visita é o Convento dos Capuchos, a 7 km do centro, que mantinha, e ainda mantém, o isolamento e o silêncio de que precisavam as freiras nas capelas e em seus quartos revestidos de cortiça.

Caso sobre tempo, na volta ao centro, dê uma esticada até a Quinta das Regaleiras, onde um palácio reina em meio a belíssimos jardins, lagos, grutas e fontes.

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Queluz

A maioria das pessoas vai de Lisboa a Sintra de trem, já que o percurso dura apenas 30 minutos. Caso você tenha tempo ou esteja de carro, aproveite para fazer um pit stop em Queluz, no meio do caminho.

Lá está o Palácio de Queluz, onde nasceu e morreu d. Pedro I (chamado, em Portugal, de Pedro IV), que declarou a independência brasileira. Ali também vivia sua geniosa mãe, a rainha Carlota Joaquina.

O complexo não é tão grande e, em pouco mais de uma hora, dá para visitar o palácio e seu charmoso jardim, uma pequena réplica do de Versalhes.

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