Alpes Franceses: Atrações de Val D’Isère
Montanhas de contornos dramáticos envoltas em neve, nas quais elegantes esquiadores chegam a bordo de teleféricos e gôndolas que, durante a subida, fazem as vezes de mirantes. Atrações como bosques e lagos congelados que, no inverno, são atravessados com sapatos especiais. Esse é o panorama de Val d’Isère, nos Alpes Franceses.
Mais informal do que Courchevel, Val d’Isère é uma estação de esqui jovem e vibrante, como raramente se vê por aí. Descontraída, é frequentada tanto por famílias como por grupos de amigos interessados nas altas festas que rolam por lá – se bem que os praticantes que realmente levam o esqui a sério gostam mesmo é da qualidade de suas pistas.
Não à toa, vários medalhistas das Olimpíadas de Inverno escolheram viver em Val d’Isère – o nome Killy, por exemplo, em homenagem ao tricampeão olímpico e mundial de esqui alpino Jean-Claude Killy, está em todo canto, de marca de roupa a teleféricos.
São mais de 300 km de terreno esquiável, com diversos ski lifts (meios de elevação que deixam os esportistas no topo da montanha) instalados em pleno centro da cidade, de modo que a partir de muitos dos hotéis do complexo você já sai a um passo de ganhar as pistas.
Com tamanha estrutura e fama nos dias de hoje, nem parece que Val d’Isère demorou a engatar como estação de esqui: até 1930, nem sequer tinha um nome oficial. Pouco a pouco, quando esquiar virou moda, a vila ganhou vida e forma, montando a primeira escola de esqui da França, nos anos 1930.
Mas foi sobretudo após os investimentos para as Olimpíadas de Inverno de 1992 que o local virou um dos grandes destinos de neve da França. Na região da Savoia, a 660 km de Paris e a 172 km de Genebra, na Suíça, hoje a população do lugarejo, de cerca de 2 mil habitantes, vive do esqui, seja para trabalhar, seja nas horas de lazer. As opções de hospedagem incluem hotéis cinco estrelas.
Atividades na montanha
A neve fofa costuma abastecer a estação até o começo de maio, propiciando uma das mais longas temporadas europeias de esqui. E, assim como Courchevel, há pistas de todos os níveis.
Opções divertidas para quem não tem muita intimidade com o esqui são os passeios nos trenós puxados por cachorros e a bordo das skidoos – motos de neve em que você rapidamente aprende a acelerar e frear. Elas partem para um tour com direito a muitas adrenalizantes subidas e descidas, que costuma durar de 20 a 30 minutos.
Après-ski
Outro grande barato de Val d’Isère é o après-ski, o encontro diário dos esportistas pós-esforço nas pistas para beber e jogar conversa fora. Só que, ali, o conceito é diferente: o complexo propõe o clubbing in altitude, algo como “balada nas alturas”, fazendo jus ao fato de ocorrer junto a restaurantes no alto das montanhas, no meio das pistas.
Mesmo que você não esquie, vá para a montanha curtir a farra, que começa a tarde e reúne muita gente jovem e bonita. À noite, a festa continua no centro da vila, em diversos estabelecimentos.
Para o vinho não fazer efeito além da conta em pleno meio da tarde, trate de almoçar antes de se jogar na balada – o pessoal geralmente faz isso na montanha mesmo, nos estabelecimentos das pistas de esqui. Na hora do jantar, há boas opções de restaurantes instalados em hotéis. Lá são servidas as melhores fondues e raclettes da cidade, feitas com queijos locais.
Para finalizar a refeição como um nativo, peça uma dose de Génépi, o adocicado e forte digestivo local. Aquecido e alimentado, você só precisa de uma boa noite de sono para estar pronto para mandar bem na pista no dia seguinte.
Val Thorens
A cerca de duas horas de carro de Val d’Isère está a estação francesa de esqui de Val Thorens, que surpreende os visitantes de primeira viagem com o resort mais alto da Europa, situado a 2.300 metros do nível do mar, e um teleférico a estonteantes 3.200 metros.
Toda essa altitude garante condições de neve excepcionais para praticar esqui alpino, cross-country, snowboard ou simplesmente andar de moto sobre o espesso tapete de flocos. Os mais radicais também podem fazer escalada, descer de tirolesa a uma altura de 3.230 metros e sobrevoar o vale de paragliding ou paramotor.
De quebra, todas as acomodações são ski-in/ski-out, há velozes meios de transporte ao topo da montanha e as pistas são impecavelmente preparadas para todo perfil de turista – tem até trechos específicos para quem quiser escorregar na neve de tobogã. Muita música ao ar livre, de jazz a eletrônica, completa o agito nas alturas.
Vizinha famosa
Como uma das maneiras mais simples de chegar aos Alpes Franceses é voando por Genebra, na Suíça, uma boa pedida é esticar a temporada na região para conferir também o que há do outro lado das montanhas.
Se Courchevel, Val d’Isère e Val Thorens fazem das montanhas do lado da França um grande destino turístico de inverno, do lado suíço da cadeia branca que espeta os céus estão estações como Zermatt, St. Moritz e Verbier, todas com atrações espetaculares para os fãs de esqui.
Atualizada em: 12/05/2023