Guia para fãs: Os segredos do universo de Star Wars no Hollywood Studios

Alerta de spoiler. Ao fim desta reportagem, você provavelmente vai querer pegar um avião e viajar para a Disney World, em Orlando. Melhor ainda se for uma nave espacial, como a mítica Millennium Falcon, o ferro velho mais rápido da galáxia, para ver de perto a incrível Star Wars: Galaxy’s Edge, área do Hollywood Studios dedicada à saga criada por George Lucas.

Divulgação Walt Disney World Resort (Kent Phillips)

Quem chega lá desavisado nem percebe que o espaço é inspirado em um planeta fictício chamado Batuu. Revelado apenas em uma série de cinco comics lançada no início de 2019 pela Marvel, empresa que pertence ao império do Mickey, o local não aparece em nenhum filme e se integra à franquia como um destino longínquo, conhecido apenas por aventureiros que não querem problemas com a Primeira Ordem (a turma, quase sempre, do mal em Star Wars).

Ali, há duas atrações que todo fã ou não de Star Wars precisa ir: Millennium Falcon: Smugglers Run, simulador em que você comanda a nave mais emblemática da saga Star Wars, como se fosse Han Solo ou Rey, e Star Wars: Rise of the Resistance, palco de uma batalha impressionante entre a Resistência e a Primeira Ordem.

Mas há muito mais o que fazer por lá. Saiba tudo sobre Star Wars: Galaxy’s Edge para deixar a experiência ainda melhor.

Aplicativo para não se perder

Mesmo que você fique deslumbrado com o visual do fim da tarde – quando a área parece mais alaranjada com a incidência da luz do sol –, olhe para cima e tropece sem querer em algum cabo, considere-se um privilegiado. Os fios usados para ambientar a área podem ser originais da década de 1970, quando Star Wars foi criado.

Para não ficar perdido, porém, o ideal é baixar o aplicativo Play Disney Parks. Afinal, ele foi desenvolvido para transformar seu smartphone em um “Datapad” (algo como um iPad intergaláctico), capaz de traduzir os “inúmeros idiomas da galáxia”, já que tudo na área é exposto com línguas esquisitas. A ferramenta também permite ao visitante papear com droides e participar de jogos interativos.

Divulgação Walt Disney World Resort (Matt Stroshane, photographer)

Monte seu próprio droide ou sabre luz

Ao caminhar por Star Wars: Galaxy’s Edge é bem provável que você verá pessoas com capas marrons, beges ou pretas perambulando de um lado para o outro. Não estranhe também se tiver que desviar de um sabre de luz ou de um robozinho desgovernado pelo caminho. Afinal, tudo isso pode ser adquirido por lá.

Mais que comprar, porém, o divertido é viver a experiência. Na loja Droid Depot, por exemplo, dá para montar seu próprio droide. Primeiro, é preciso escolher um modelo: há os clássicos R, como o famoso R2-D2, da trilogia original e dos primeiros capítulos, e os redondinhos BB, a exemplo de BB-8, dos últimos filmes.

Divulgação Walt Disney World Resort (David Roark, photographer)

As peças passam numa esteira e, a partir de um gráfico ilustrativo, você as apanha de acordo com as cores que desejar e, depois, leva tudo para uma mesa. Ali, um instrutor ajuda a dar vida ao robozinho, que interage com o dono e com outros droides, além de andar, acender luzes, virar a cabecinha e tudo mais.

Dá ainda para ir além e, como um legítimo jedi, projetar o seu próprio sabre de luz na Savi’s Workshop. A experiência paga consiste em escolher um modelo, um cristal colorido (azul, verde, vermelho ou violeta), assistir a uma apresentação repleta de efeitos especiais, invocar toda a força que existe em você e, pronto, ter uma arma de Star Wars gerada por suas próprias mãos.

Há 120 mil combinações possíveis, todas elas com materiais pesados e muito bem acabados. No final, o sabre até emite aquele som de “vrummm” ao ser manejado.

Mais compras

Outra loja bacana de Star Wars: Galaxy’s Edge é a Dok-Ondar’s Den of Antiquities, inspirada em um personagem que foi mencionado uma única vez nos spin-off (filme derivado da série original) Solo: A Star Wars Story (a cena em questão ocorre quando Qi’ra encontra Han e pergunta a uma terceira pessoa por um tal de Dok-Ondar, que sequer aparece na tela),

A ideia ali é adquirir qualquer tipo de esquisitice galáctica, como cristais Kyber, artefatos jedi e sith, bem como sabres de luz.

Mesmo que você não saiba o que é nada disso, vale a pena entrar no espaço para conferir a decoração. Ou, então, adquirir bijuterias e outras lembrancinhas.

Também dá para fazer isso nas diversas lojinhas menores espalhadas pelo belíssimo mercado de Black Spire Outpost. Ali tem suvenires, bichinhos esquisitos de pelúcia, brinquedos e trajes da Primeira Ordem e da Resistência – neste último caso, prepare-se para ser interrogado pelos stormtroopers.

Bares

Desde 1977, quando o jovem Luke Skywalker, um dos maiores heróis de Star Wars, aparece tomando um copo de leite azul no café da manhã, logo no início de Episódio IV – Star Wars: Uma Nova Esperança, muita gente se pergunta que gosto teria aquela bebida.

A questão ganhou elementos sórdidos no Episódio VIII – Star Wars: Os Últimos Jedi, de 2017, depois que ele ordenhou um monstrengo e encheu um garrafão de leite, dessa vez, verdíssimo. A própria Rey, atual heroína da franquia, não entendeu muito bem o que aquilo significava.

Pois bem, com a inauguração de Star Wars: Galaxy’s Edge, todas essas dúvidas podem ser tiradas. Ou melhor, saboreadas. Isso porque dá para comprar um copão de leite azul ou verde na barraquinha Milk Stand, uma das mais disputadas da área.

Ambos têm uma consistência parecida com a de um milk-shake, mas com uma pegada de raspadinha. O azul é bem doce e chega a lembrar uma bala. O verde, quase fluorescente, tem notas mais cítricas e desce melhor.

Divulgação Walt Disney World Resort (David Roark/Disney Parks)

Quem tem mais de 21 anos pode provar os leites com doses de álcool (no azul, vai rum, enquanto o verde leva tequila) na Oga’s Cantina. A casa presta uma homenagem aos bares que aparecem em diversos filmes de Star Wars, com destaque para o de Mos Eisley, em Tatooine, retratado no primeiro longa da trilogia original.

É altamente recomendado fazer reservas, pois o local vive tomado por visitantes ávidos por ouvir as músicas selecionadas por R-3X, um droide bem louco que, ali, faz as vezes de DJ.

Restaurantes

O melhor restaurante de Batuu, por sua vez, é o Docking Bay 7 Food and Cargo, que pode ser visto de longe graças a uma enorme nave que repousa em seu teto.

Na fila para tirar os pedidos já se percebe que você está em um lugar diferente, pois dela se avista um droide de fundição, o 8D-J8, girando cuidadosamente alguns espetos de carnes. O menu inclui pratos elaborados, como noodle de camarão e costelas de porco defumadas.

Divulgação Walt Disney World Resort (David Roark/Disney Parks)

Há opções veganas, entre as quais se destaca uma deliciosa almôndega de proteína de planta servida com húmus e chimichurri. O sabor é surpreendente.

Agora, caso não tenha tempo (ou reserva) para sentar-se, a dica é caminhar pelo Black Spire Outpost, onde há diversas barraquinhas, como a Kat Saka’s Kettle, que vende uma pipoca esquisitíssima com temperos doces e salgados.

Melhor ainda é a Ronto Roasters, com tacos e grelhados. Ao lado dela, inclusive, há um posto de montagem de um podracer, nave de corrida que remete à desenvolvida pelo pequeno Anakin Skywalker em Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma.

Divulgação Walt Disney World Resort (David Roark, photographer)