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Muita história no centro de São Paulo

Do Pateo do Collegio ao Teatro Municipal, o centro de São Paulo é o endereço da arquitetura histórica da cidade. Passeios cheios de nostalgia e beleza. Conheça a seguir algumas das atrações imperdíveis escondidas no centro da cidade.

Teatro Municipal

Projetada por Ramos de Azevedo e inaugurada em 1911, a construção é inspirada na Ópera de Paris, com seus vitrais, escadarias de mármore, mosaicos trazidos de Veneza e Florença, parapeitos revestidos com folhas de ouro e um lustre com 7 mil cristais belgas. Toda essa opulência serviu de pano de fundo para a histórica Semana de Arte Moderna, em 1922.

AdobeStock, Leonid Andronov

Durante o dia, também dá para participar de visitas monitoradas gratuitas, mediante agendamento prévio. A Orquestra Sinfônica Municipal e o Balé da Cidade de São Paulo ensaiam no palco, que guarda muitas histórias à frente e por trás das cortinas. Afinal, o show da Pauliceia não pode parar.

Sala São Paulo

A Estação Júlio Prestes, no bairro de Campos Elíseos, abriga a maior e mais moderna sala de concertos da América Latina. Inaugurada em 1999, a Sala São Paulo é sede da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) e tem forro com placas móveis de madeira que se ajustam de acordo com o repertório para favorecer a acústica. O próprio edifício da Estação Júlio Prestes, erguido no estilo Luís XVI, também é uma atração e serve como ponto de exposições de arte e cultura. As apresentações sinfônicas na Sala São Paulo acontecem aos finais de semana. Também é possível fazer visitas guiadas.

Catedral da Sé

Maior igreja de São Paulo, com capacidade para 8 mil pessoas, a chamada Catedral da Sé impressiona pela sua arquitetura, de estilo neogótico: ocupa um quarteirão inteiro, tem torres com 92 metros de altura e pé-direito de 65 metros.

AdobeStock, Daniel Mattos

Vale visitá-la às 12h e às 18h, quando seus 61 sinos ressoam pelo centro de São Paulo. Entre uma badalada e outra, repare nos dois mosaicos bizantinos das laterais da catedral e nos elementos brasileiros, como o tucano e o café esculpidos no topo de algumas colunas. Aproveite também para visitar a cripta, capela subterrânea que guarda esculturas e tumbas de algumas personalidades da história de São Paulo.

Pateo do Collegio

AdobeStock, f11photo

Marco do nascimento da cidade, o Pateo do Collegio foi fundado pelo Padre Manuel da Nóbrega em 1554 para ser um centro de catequização dos indígenas. Hoje, a construção abriga um museu com objetos de José de Anchieta, réplicas de esculturas guaranis do século 17, uma pia batismal com quase 500 anos e o monumento de bronze Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo, esculpido em 1925 pelo italiano Amadeu Zani.

No jardim, fica o único vestígio original da época – uma parede de taipa de pilão, de 1585, protegida por um vidro – e um charmoso café.

Mosteiro de São Bento

Quem visita o complexo formado pela Basílica Abacial Nossa Senhora da Assunção e o Mosteiro de São Bento geralmente encontra monges de prontidão para receber não apenas fiéis em busca de orientação espiritual, como também pessoas tentadas a cometer o pecado da gula comprando os deliciosos doces preparados na abadia.

O chamado Pão de São Bento e o Bolo Santa Escolástica, de maçã e nozes, são dois musts da abençoada confeitaria. O mosteiro existe há mais de 400 anos, mas a atual basílica data de 1912. Em maio de 2007, o local hospedou o Papa Bento XVI em sua primeira visita ao Brasil.

Todas as manhãs, há missa com canto gregoriano. Vale atentar para os curiosos elementos pagãos da pintura, como o grande círculo vermelho circundado pelos 12 signos do zodíaco. Abre todos os dias e a entrada é gratuita.

Estação da Luz

Construída entre 1895 e 1901 para escoar o café produzido no Estado, a Estação da Luz já foi a principal porta de entrada para a cidade de São Paulo. Pelo seu imponente prédio com a torre do relógio circularam barões, a alta sociedade paulistana e muitos imigrantes que chegavam a São Paulo para tentar uma nova vida.

Importada da Inglaterra, a estrutura metálica faz parte de um projeto do arquiteto britânico Charles Henry Driver, que buscou inspiração em grandes cartões-postais de sua terra natal, como o Big Ben e a Abadia de Westminster. Em meio ao movimento intenso de passageiros do metrô e do trem, é possível visitar o Museu da Língua Portuguesa ou atravessar a rua para apreciar as telas da Pinacoteca do Estado e o belo Parque da Luz, onde várias esculturas transformam o espaço verde em uma galeria a céu aberto.

AdobeStock, Cleber

Pinacoteca

É o museu mais antigo da cidade, fundado em 1905. O acervo de arte brasileira ocupa 19 salas com cerca de mil obras de mais de 400 artistas. Aproveite para ver obras-primas como O Caipira Picando Fumo, de Almeida Júnior, e o Mestiço, de Portinari, além de obras de Debret, Taunay, Facchinetti e Lasar Segall. Entre as esculturas, destacam-se as assinadas por Victor Brecheret, Auguste Rodin e Aristide Maillol.

Uma boa dica é o café do piso térreo, que mantém mesas ao ar livre que dão de cara com as esculturas e árvores centenárias do Jardim da Luz, o mais antigo parque público de São Paulo, construído em 1798 e inaugurado como Jardim Botânico da Luz em 1825.

Publicado em: 18/10/2022
Atualizada em: 26/10/2022
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