Cai o tempo de espera para emissão do visto americano em março

Brasileiros que planejam visitar a Disney ou Nova York em 2024 não enfrentarão contratempos. O tempo de espera para agendar a obrigatória entrevista do visto americano de turismo atingiu 66,4 dias na quarta semana de março, considerando a média dos cinco postos diplomáticos dos EUA no País. No mesmo período de 2023, o tempo médio de espera era de 447 dias – equivalente a 15 meses. Desde então, a Embaixada dos EUA aumentou sua equipe e expandiu sua capacidade de atendimento para lidar com a demanda e o acúmulo de pedidos resultantes da suspensão dos serviços regulares de emissão de visto por quase dois anos.

Esses dados são parte de um levantamento realizado pela assessoria de imigração Viva América, que monitora as atualizações semanais do Departamento de Estado americano desde novembro de 2022 para acompanhar a evolução da fila de espera na emissão do visto de turismo – conhecido como B1/B2 – para os brasileiros.

A entrevista nos consulados ou na Embaixada dos EUA é um requisito obrigatório para quem solicita o documento pela primeira vez ou tem um visto vencido há mais de 48 meses.

O Brasil é o terceiro país que mais recebeu vistos americanos em 2023 (1,15 milhão), ficando atrás apenas do México (2,5 milhões) e da Índia (1,4 milhão). Em geral, o visto de turismo representa cerca de 95% do total de emissões para brasileiros.

Atualmente, o consulado da cidade do Rio de Janeiro lidera a lista com a maior fila de espera: 193 dias, seguido por São Paulo (87), Recife (23 dias), Porto Alegre (15) e Brasília (14).

“Em 2023, São Paulo registrou uma fila de 632 dias, uma das maiores do mundo. No entanto, o investimento da Embaixada começou a surtir efeito no segundo semestre e agora temos um tempo já normalizado”, destaca Rodrigo Costa, CEO do Viva América.

Historicamente, o consulado paulista é o terceiro que mais emite vistos no mundo, atrás apenas dos de Monterrey e da Cidade do México. Costa ressalta que a fila do visto americano é volátil, variando semanalmente devido a fatores como feriados, férias e licenças dos funcionários consulares, além de aumentos repentinos na demanda. No início de março, por exemplo, a média de espera era de 134 dias.