Viaje para o paraíso: saiba como ir para a Polinésia Francesa

Adobe Stock: Bora Bora, Polinésia Francesa – Marabelo
Território ultramarino da França, a Polinésia Francesa é composta por 118 ilhas e atóis espalhados por cinco arquipélagos que ocupam um espaço no mapa semelhante à metade do Brasil (embora as porções de terra sejam mínimas). Por isso, vale a pena planejar em detalhes a viagem antes de ir para lá.
Boa parte das ilhas polinésias, de formação vulcânica, é circundada por um anel de corais que buscam alimento no oceano e crescem milimetricamente ano após ano, avançando sobre as águas enquanto a ilha que os originou, no interior, submerge devagar ao longo do tempo.
Essa característica geográfica dá o tom (ou os tons) do visual local, que na prática compreende em ilhas montanhosas tomadas por verde e cercadas por lagoas de água salgada com diversas matizes de azul delimitadas pela formação coralínea, quando são interrompidas até que, do lado oposto do anel, surja o azul profundo do mar.

Adobe Stock: Bora Bora, Polinésia Francesa – Valeasca

Adobe Stock: Bora Bora, Polinésia Francesa – BlueOrange Studio
É bem mais fácil ver do que ler, e a vista aérea de Bora Bora é o exemplo máximo do quanto essa geografia é fascinante. Em alguns pontos da Polinésia, a ilha principal submergiu completamente e restou apenas a barreira de corais sobre as águas.
Essa é a formação característica de um atol, que quase sempre naquelas paragens abrange alguns motus, pequenas ilhotas de areia. Tetiaroa e Rangiroa são os atóis mais clássicos da região. Rangiroa, inclusive, é o maior atol do mundo com fendas que permitem a entrada de água do mar, já que a faixa de corais ali não se fecha por completo.

Adobe Stock: Polinésia Francesa – Garey

Adobe Stock: Rangiroa, Polinésia Francesa – Mayumi.K.Photography
Como chegar
As duas opções mais recorrentes aos brasileiros para chegar a Polinésia Francesa é voar desde o Brasil com paradas em Santiago e na Ilha de Páscoa, no Chile, ou via Los Angeles, nos EUA. Em ambos os casos, você chegará no aeroporto internacional de Papeete, no Taiti.

Adobe Stock: Papeete, Taiti – Bob
Cultura polinésia
O que pouca gente sabe é que a ilha que leva o nome de Taiti, onde fica Papeete, não é exatamente um exemplo de beleza tropical. É o lugar ideal, porém, para trocar euros e dólares pelo franco pacífico, moeda local, comprar as exclusivas e belíssimas pérolas negras nativas e se identificar com a cultura polinésia, marcada pela simpatia acolhedora dos moradores.
Isso significa escutar o primeiro de muitos ia ora na, cumprimento com desejo de boas energias; sentir o aroma da tiaré (gardênia do Taiti), flor usada em colares entregues aos forasteiros, bem como na orelha direita das mulheres solteiras e esquerda das casadas; e se empolgar (ou até dançar) com o som cativante do ukulele, instrumento que todos os locais parecem saber tocar. Praias dos sonhos, entretanto, são raras por lá.
Por isso, uma noite é suficiente para descansar da longa viagem, dar uma passada no simples, porém colorido mercado local e usufruir das benesses da colonização francesa presentes na gastronomia dos hotéis locais.
Na manhã seguinte, você estará renovado para seguir de avião (ou barco, no caso de Moorea) para outras ilhas nos arredores, aí sim, donas dos recortes litorâneos mais espetaculares do mundo.

Adobe Stock: Papeete, Taiti – Rouda100

Adobe Stock: Moorea, Polinésia Francesa – Martin Valigursky
Triângulo polinésio
As principais teorias históricas defendem que os polinésios tiveram origem a partir dos asiáticos que chegaram à região, embora uma corrente de pesquisadores sustente a tese de que viajantes oriundos do Peru colonizaram primeiro alguns arquipélagos do Pacífico Sul.
Com o passar dos anos, os polinésios, assíduos navegadores, desenvolveram grandes e pequenas embarcações, como as típicas canoas va’a, e se espalharam pela região. Assim nasceram outras culturas locais que deram origem ao que se chama de triângulo polinésio, com os maoris da Nova Zelândia, os rapanuis da Ilha de Páscoa e os havaianos.
Todos se consideram como primos distantes e têm idiomas próprios, porém semelhantes. A Polinésia Francesa está bem no centro dessa região e seu nome vem exatamente de polinizar, multiplicar.
Os polinésios são conhecidos pelas tatuagens, que dizem ter nascido por láe se diferem entre os habitantes de cada arquipélago.

Adobe Stock: Ilha Nuku Hiva, Polinésia Francesa – Angela Meier

Adobe Stock: Estátua Tiki , Polinésia Francesa – Angela Meier
O que se come na Polinésia
A alimentação na Polinésia tem como base o peixe, sempre servido fresco e muitas vezes cru, como no prato típico poisson cru, que leva leite de coco. Atum e mahi mahi são os pescados mais usados, mas há outras opções e muitos frutos do mar.
Frutas exóticas também fazem parte do menu, como um abacaxi super doce, a pomme etoile, com formato de estrela, e o corossol, cujo sabor lembra o da fruta do conde. Há ainda tubérculos como o taro, espécie de batata roxa usada inclusive em um delicioso sorvete.

Adobe Stock: Poisson cru, Polinésia Francesa – Eqroy

Adobe Stock: Bora Bora, Polinésia Francesa – Ggfoto
Baunilha e pérolas negras
Além do mar cintilante e dos bangalôs sobre as águas, a Polinésia tem como símbolos a baunilha e as pérolas negras. A primeira é tema de tours em fazendas, nas quais se explica como é feito o processo de produção da fava a partir das orquídeas, cujo valor da grama é inferior apenas ao do açafrão.
Igualmente caras são as pérolas negras, que só podem ser encontradas por lá e têm como origem um processo no qual um material orgânico é inserido dentro das ostras que, para se protegerem, acabam dando origem às joias. As principais lojas para adquiri-las estão no Taiti, como a Robert Wan, que
também funciona como um pequeno museu.

Adobe Stock: Baunilha, Polinésia Francesa – Andrea Izzotti

Adobe Stock: Pérola negra, Taiti, Polinésia Francesa – Rouda100
Atualizada em: 26/07/2023