Taiti, Bora Bora e mais – Bem-vindo aos encantos da Polinésia Francesa
O Taiti, que acabou se tornando sinônimo da Polinésia Francesa, é apenas a ilha que abriga a capital, Papeete, onde chegam os aviões internacionais. Curiosamente, ela nem passa perto de ser a mais bonita, embora ela tenha atrações interessantes e venha atraindo cada vez mais brasileiros graças a um nome que faz mais sucesso por lá que Pelé: Gabriel Medina.
O paulista campeão mundial de surfe é um dos maiores ídolos de Teahupoo, ou Cho-po, como é carinhosamente chamado um vilarejo com trecho de praia feio, mas com ondas tão perfeitas entre junho e outubro que o transformaram em point turístico.Pegar onda ali não é para qualquer um, já que elas quebram próximas a um banco de corais, longe da praia, e ajudam a alimentar a alcunha de “Altar dos Crânios” dada à região – embora esse nome venha de um conflito histórico e nada tenha a ver com surfe.
Por isso, quem quiser pode fazer um passeio de barco que segue para pontos do Taiti inacessíveis por terra, como cachoeiras e uma caverna onde é possível mergulhar em águas cristalinas. De quebra, por diversas vezes se cruza com nativos remando em suas va’a, canoas típicas polinésias que colorem ainda mais a região. Basta um aceno para ganhar um sorriso em troca.
Moorea
“Moorea, ilha que pode ser acessada de barco a partir do Taiti, é um lugar lindo, com escarpas verdes e praias circundadas por lagoas azuis protegidas por recifes, com o mar escuro de um lado e águas claras do outro. Ali há um centrinho, pousadas bacanas e casas de aluguel que valem a pena para quem viaja em grupo. Para explorar a ilha, o ideal é focar os passeios no mar, com pit stops para mergulhos com arraias e tubarões.
Isso mesmo. Na Polinésia, há diversos tubarões de recifes, que são mansinhos e parecem posar para fotos. As arraias vão além e deslizam feito esponjas pela galera em busca dos peixinhos oferecidos pelos guias. Para quem viaja entre agosto e outubro há um plus: ver baleias. Enormes jubartes migram da Antártica para as ilhas do Pacífico nessa época do ano e, de barco, é possível se aproximar delas. Com snorkel e pé de pato dá para mergulhar e fotografá-las a cerca de dois metros de distância, num momento único que mistura medo e emoção.
Tudo rola com o maior respeito aos animais, tanto que não é permitido bater as pernas na água ou soltar gritinhos entusiasmados. O silêncio deixa a aventura ainda mais impactante. Já quando aparecem os golfinhos, a história é outra. Saltitantes, eles parecem gostar quando a galera vibra. É um tal de oooooh para cá e clique para lá que não é fácil se concentrar no movimento dos animais. Mas não tem problema, pois ali quem parece estar sendo vigiado são os humanos, “presos” no barco enquanto a natureza segue o seu curso dando piruetas.
Bora Bora
Quase todos os brasileiros que vão à Polinésia Francesa passam algumas noites em Bora Bora. Pudera: o lugar simboliza o que a região tem de mais esplendoroso, com um pico de montanha verdejante que, por teimosia, sobrevive acima do mar envolvido por águas tão azuis que nem Photoshop consegue reproduzir. É ali que estão os bangalôs overwater mais desejados.
De fato, quem vai a Bora Bora acaba passando a maior parte do tempo nos hotéis, já que, além dos bangalôs e spas, eles contemplam praias privadas e lagos repletos de peixes onde dá para fazer snorkeling numa boa, mas vale a pena mesclar essas experiências com passeios pela região. O tour em lanchas ou iates segue dos resorts para aquários naturais, onde dá para mergulhar livremente em meio a centenas de peixes e tubarões galha-preta e limão (ambos bonzinhos).
Em certo ponto da lagoa, é possível brincar na água rasinha com arraias-lixa, que aceitam até beijos. Os programas de dia inteiro incluem paradas para almoço em motus, onde são servidos peixes saborosos e pratos típicos da Polinésia. Em alguns deles se encontram tikis, estátuas de pedra semelhantes aos moais, da Ilha de Páscoa. Mas o melhor mesmo são as apresentações de cultura típica, com música e danças, e os momentos de relaxamento, perfeitos para contemplar a beleza estonteante da região.
Tahaa
Uma boa alternativa para conhecer Bora Bora com alguma economia é ficar na vizinha Tahaa, que tem condições geográficas semelhantes e é abraçada por uma cintilante lagoa azul que não hesita em envolver também a ilha de Raiatea, onde fica o aeroporto local e os altares de sacrifícios mais sagrados das antigas tribos polinésias, tombados como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
É lá também que fica o melhor jardim de corais da Polinésia. Há diversas espécies de peixes na área, de todas as cores, que por vezes chegam a envolver os mergulhadores. Tudo isso de graça. É só mergulhar no rasinho e pronto. Outro passeio bacana por lá e assistir ao pôr do sol em um catamarã. Quando o astro-rei começou a se por entre Tahaa e Bora Bora, dá até vontade de morar no barco por uns dias. E olha que muita gente faz isso, navegando de Tahaa para Bora Bora, passando por Raiatea e por aí vai.
Atualizada em: 20/12/2024