Nos arredores de Lausanne, Vevey e Montreux são puro encanto – Voupranos

Nos arredores de Lausanne, Vevey e Montreux são puro encanto

Adobe Stock: Lago Genebra, Montreux, Suíça – Michal Ludwiczak

O passeio mais procurado nos arredores de Lausanne é o que leva ao Castelo de Chillón, na vizinha Montreux, construído no século 13, bem perto da orla da cidade conhecida por seu famoso festival internacional de jazz. É o monumento histórico mais visitado da Suíça.

No caminho até ele, vale a pena parar no encantador vilarejo de Vevey, a apenas 13 minutos de trem de Lausanne. Confira como aproveitar um roteiro na região.

Adobe Stock: Funicular em Vevey, Mont Pelerin – Dudlajzov

Vevey

O cineasta Charles Chaplin foi um dos responsáveis pela fama de Vevey. Ali ele morou por 25 anos e teve quatro de seus oito filhos, até morrer em 1973. Em sua homenagem, foi erguida uma singela estátua em tamanho real no meio do jardim bem em frente ao lago Léman. Os turistas fazem fila para tirar uma foto e depois seguem caminhando pelo calçadão admirando o visual das montanhas que emolduram as águas.

Quem chega a Vevey num domingo é recepcionado pelo som seco e comprido dos alphorns, instrumento de sopro com formato de um longo chifre, típico dos alpes suíços.

Os tocadores de alphorn misturam-se à algazarra de uma feirinha que acontece na praça central, promovida por agricultores da região. Eles trazem flores, queijos e produtos artesanais para vender aos moradores.

É o pretexto para uma alegre confraternização, o ponto de encontro de Vevey. Todos se cumprimentam, conversam e bebem juntos, enquanto ouvem o jazz bem executado em um dos barzinhos ao redor da praça.

Adobe Stock: Château Vevey – REDBUL74

Adobe Stock: Vevey, Suíça – Vladimir Mucibabic

No cais de Vevey, saem os barcos para o Castelo de Chillón, que navegam por meia hora, beirando a margem do Léman, até parar ao lado da imponente construção medieval, uma das maiores da Europa no gênero.

O castelo foi erguido no século 13, em cima de uma ilhota rochosa. As paredes parecem emergir de dentro d´água. Era a casa do poderoso Duque de Saboia, o mandachuva local.

A visita pode ser feita com guias ou com um audioguia alugado. A vista do torreão central deixa qualquer um sem fôlego, tanto pelo panorama observado lá do alto quanto pela subida dos 135 degraus da escadaria. Entre os 46 recintos, a masmorra, chamada de Prisão de Bonivard, é a que provoca mais arrepios.

Ficou famosa depois que o poeta inglês Lord Byron escreveu a obra O Prisioneiro de Chillón, publicado em 1816, que conta a história de François Bonivard, monge e político de Genebra que se opunha ao Duque de Saboia. Bonivard passou seis anos acorrentado a uma coluna, entre 1530 e 1536, a mesma em que Byron deixou sua assinatura quando esteve no castelo.

Adobe Stock: Lago Genebra, Vevey – Acker

Adobe Stock: Lago Genebr, Vevey – Valery Bareta

Montreux

Do Castelo de Chillón, dá para ir caminhando até o centro de Montreux. A pequena cidade, com pouco mais de 20 mil habitantes, tem fama mundial graças ao festival internacional de jazz (e outros ritmos), que lá acontece desde 1967. Muitos brasileiros já se apresentaram por lá, como Gilberto Gil, Milton Nascimento, João Bosco e Elba Ramalho.

Durante o evento, que rola em julho, Montreux recebe cerca de 300 mil visitantes e vive um clima de carnaval – com direito a som de axé e caipirinha nas barracas em frente ao Montreux Music & Convention Center. A cidade tem ar chique, conta com restaurantes de alta gastronomia e hotéis luxuosos, para atender as estrelas da música internacional e os visitantes mais abonados.

Freddie Mercury, do grupo Queen, escolheu Montreux para morar nos últimos anos de vida – até morrer em Londres, em 1991. Sua presença na cidade foi imortalizada com uma estátua, sempre cercada de flores e homenagens deixada por fãs. E é ali, aos pés dos Alpes e à beira do Lago Leman, que você pode se despedir de uma viagem memorável pela Suíça.

Adobe Stock: Montreux Music Convention Centre, Suíça – Saiko3p

Adobe Stock: Estátua de Freddie Mercury, Montreux – Keitma

Genebra

De Lausanne também é possível ir à Genebra. No verão, a cidade das organizações internacionais e dos bancos sigilosos, tão elegantemente discreta quanto um vestido de Coco Chanel, também sabe valorizar pequenos “luxos” que só uma natureza preservada pode propiciar.

A lista inclui mergulhar com cisnes nas águas cristalinas do Lago Léman – popularmente conhecido como Lago de Genebra – ou degustar vinhos exclusivos durante um passeio de bike pelos parreirais que circundam o centro urbano.

Mesmo aqueles que não estão acostumados a pedalar devem arriscar uma tarde sobre duas rodas para descobrir os cenários que se descortinam logo ali, nos arredores da cidade. Um dos roteiros mais inebriantes, em todos os sentidos do termo, é o que parte da Rue de Vaudagne, na Vila de Meyrin, em Genebra, com destino aos extensos vinhedos da região de Le Mandement.

Já para quem gosta de uma boa noitada, a dica é seguir para Carouge. Espécie de Vila Madalena dos suíços, onde há vários bares que produzem sua própria cerveja, ateliês de arte com senhoras fazendo tricô e uma saudável atmosfera boêmia.

Adobe Stock: Genebra, Suíça – JFL Photography

 

Adobe Stock: Rue Carraterie, Genebra – Roman Babakin

Publicado em: 06/07/2023
Atualizada em: 06/07/2023
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