Soho é um dos bairros mais descolados de Nova York – Voupranos

Soho é um dos bairros mais descolados de Nova York

Adobe Stock: Nova York, EUA – Alesia

Em Nova York, bairro do Soho, abreviação de South of Houston Street, ganhou fama de boêmio e artístico nos anos 1950, depois que os predinhos com fachada de ferro fundido, predominantes na área, foram reformados e ocupados por artistas, músicos, escritores e afins que precisavam de espaço para seus ateliês. Deu tão certo que, logo, a região virou referência e começou a ditar as tendências do setor.

Adobe Stock: West Village, Nova York – Ondrej Bucek

Com a alta no mercado imobiliário no passar dos anos, os artistas procuraram locais mais acessíveis, como Chelsea, Tribeca e Brooklyn, abrindo caminho para os fashion designers invadirem o bairro. O resultado disso é que o Soho, hoje, dita a moda no mundo, e pouca gente se atreve a pôr os pés em Nova York sem dar uma passadinha por lá.

Afinal, onde mais você vai encontrar brechós – ou vintage shops, no palavreado mais requintado – lado a lado com restaurantes do porte de Cipriani e lojas como Chanel? O glamour do Soho pode ser descobertos num só dia, como você confere neste roteiro. Descubra as principais atrações desta região de Manhattan e divirta-se.

Adobe Stock: Saint Laurent Paris, Soho – andersphoto

Atrações do Soho

Como ocorre em muitos lugares de Nova York, é a pé que se conhece melhor o Soho. O maior charme do bairro nova-iorquino é o emaranhado de ruas com predinhos geminados, onde funcionam lojas, cafés, galerias de arte, bares e restaurantes. A todo o momento, você tem a impressão de estar caminhando por uma vila europeia elegante.

Tente chegar à região antes das 9h, para acompanhar o dia a dia de quem mora no bairro. Mulheres super bem vestidas passeiam com seus cachorros, moradores vão e vêm com copos de café na mão, engravatados moderninhos tentam pegar táxis ou disputam motoristas via aplicativos, alguém passa carregando quadros numa bicicleta…

Adobe Stock: Soho, Manhattan – deberarr

Cenas assim podem ser vistas enquanto você relaxa na cadeira de um café, como o Cupping Room (359 West Broadway). Com tijolinhos à vista, o ambiente do local conseguiu capturar a alma do Soho. A partir das 11h, quando o comércio é aberto, o bairro vira um inferninho de gente que carrega sacolas, namora vitrines e revira lojas e bancas de produtos, à semelhança da vizinha Chinatown.

É na West Broadway que se concentram as galerias de arte, enquanto na Greene Street estão os endereços que vendem móveis luxuosos. Por essas e outras vias locais, as lojas se sucedem. Os estilistas mais consagrados se instalaram no miolo do bairro, especificamente nas ruas Prince, Spring e Mercer.

Adobe Stock: Soho, Nova York – Sina Ettmer

Compras

É nessa vizinhança que estão as cobiçadas Louis Vuitton, Chanel, Marc Jacobs, Burberry e Tiffany & Co. Já a Prada escolheu um prédio de fachada verde escuro na Broadway (número 575) para abrir a sua principal loja em Manhattan. Mesmo que você não tiver dinheiro (ou melhor, tempo) para fazer umas comprinhas na Prada, precisa ir à loja. É que a construção, projetada pelo arqui­teto holandês Rem Koolhaas, virou atração turística.

Lá dentro, bolsas e sapatos de fazer qualquer um perder a cabeça ficam expostos como em um museu. Embora a marca tenha escolhido a Broadway, as lojas desta avenida são mais populares, como a sueca H&M e
a japonesa Uniqlo. Também dá para encher as sacolas nos brechós do bairro.

Adobe Stock: Christian Dior, Greene Street, Nova York – andersphoto

Entre os melhores estão o A Second Chance Designer Resale (155 Prince Street) e o Paris Stations (367 W Broadway), que vendem peças de segunda mão da Chanel, Louis Vuitton e Hermès. A marca brasileira de sapatos de plástico Melissa dá um show de bom gosto na loja-galeria da Broadway (número 500), e a espanhola Camper (110 Prince Street) segue a mesma linha clean e moderna.

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Gastronomia

Para descansar das andanças nos paralelepípedos das ruas, não faltam opções de restaurantes com mesinhas na calçada, jardins escondidos e porões escurinhos. E como se está no badalado Soho, sobram casas renomadas. Uma delas é o restaurante italiano Cipriani (376 West Broadway), o melhor no estilo para ver e ser visto. O The Mercer Kitchen (99 Prince Street), com menu assinado pelo badalado chef Jean-Georges Vongerichten, também é uma opção bacana.

Adobe Stock: Little Italy, Nova York – Joseph Hendrickson

O endereço gastronômico mais tradicional do bairro, porém, é o Balthazar (80 Spring Street), bistrô que está sempre lotado. A sobremesa e o café – ou chocolate quente – devem ser na Dominique Ansel Bakery, padaria sofisticada que serve o disputado cronut, mistura de croissant com donut. Este é mais um lugar de Nova York onde, provavelmente, você terá que encarar filas.

Se sobrar tempo para curtir aquele Soho despojado e criativo dos velhos tempos, vá ao Antique Garage (41 Mercer Street), bar e restaurante montado numa garagem, com decoração romântica e rústica. Em algumas noites rola jazz ao vivo, algo raro nos dias de hoje, mesmo na Big Apple. É o lugar perfeito para fechar o roteiro por dois dos bairros mais originais da cidade.

Adobe Stock: Ben’s Pizza, Soho – Bildgigant

Publicado em: 01/11/2024
Atualizada em: 31/10/2024
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