São Paulo: as atrações da cidade que nunca dorme
Há sempre o que fazer em São Paulo. As atrações das áreas centrais incluem cinemas, livrarias, museus, teatros e casas de show. Quando a fome aperta, há milhares de restaurantes para todos os gostos: italianos, japoneses, argentinos, tailandeses, vietnamitas, gregos… Na hora de comprar, o cardápio vai desde endereços de grifes, como a Rua Oscar Freire, no badalado bairro dos Jardins, até as lojas simples da Rua 25 de Março e a feirinha de antiguidades da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros.
E quanto à vida noturna? Bom, ela nunca tem fim, sobretudo em bairros como Vila Madalena, Vila Olímpia e Tatuapé. De quebra, São Paulo é uma metrópole mutante. Está sempre inventando modas e se reinventando para manter a fama de cidade que sempre cria e nunca para, nunca dorme, nunca se esquece. Nem as canções de Adoniran Barbosa, nem as de Rita Lee ou Caetano Veloso, bradando a célebre esquina da São João com a Ipiranga, encontram a mais completa tradução para uma megalópole tão plural.
Não é à toa que a capital paulista atrai tantos holofotes globais para inúmeros eventos, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a Parada do Orgulho LGBT+ e os desfiles de moda da São Paulo Fashion Week. Cosmopolita no mais fiel sentido da palavra, Sampa, como é chamada pelos que vêm de fora, mas nunca pelos locais, é a terra da garoa e também de todas as nacionalidades, raças e credos.
Av. Paulista Para entrar no ritmo paulistano, vale caminhar pelo centro ou pela avenida- símbolo da cidade, a Paulista. O movimento intenso de carros, pedestres e até helicópteros dá à cidade esse clima de corre-corre constante. Tanto na região central como nos arredores da Paulista desfilam tipos excêntricos, iguais ao que perambulam em outras megalópoles, como Nova York ou Londres.
Homens maquiados, mulheres de gravata, tribos de punks, góticos, entre outras figuras, caminham lado a lado em frente a arranha-céus e construções históricas, como a Casa das Rosas.
Centro
O ritmo intenso não é muito diferente no Pateo do Collegio, local onde a cidade foi fundada e que, hoje, abriga um modesto museu e um simpático café. Dali, é fácil alcançar a Catedral da Sé, projetada em 1913 em estilo neogótico. Em vez de ostentar gárgulas e demônios, como as catedrais europeias, o marco zero de São Paulo é ilustrado com elementos da fauna e flora brasileira: tucanos, tatus e frutas tropicais.
Outra parada obrigatória é o Theatro Municipal, que impressiona com seus detalhes rebuscados, como o lustre de cristal belga no hall de entrada, os parapeitos revestidos com folhas de ouro e a aplicação de cristais de Murano. De lá, ainda dá tempo de seguir para a Estação da Luz, construção que a cidade herdou do período de glória da produção cafeeira no Estado.
O local fica próximo da famosa Basílica Nossa Senhora da Assunção e do Mosteiro de São Bento, onde é possível comprar doces deliciosos preparados pelos monges da abadia. É no centro também que fica a Sala São Paulo, mais precisamente dentro do Complexo Cultural Júlio Prestes. Depois de um período de abandono, o complexo teve as instalações restauradas e ficou lindo. O mesmo pode ser dito do Mercado Municipal, onde se vende de tudo e com muita qualidade. Não há quem não pare por lá para provar duas iguarias paulistanas: sanduíche de mortadela e pastel de bacalhau.
Parque
Um pouco mais longe do centro está o Parque do Ibirapuera, a praia dos paulistanos. Sua enorme área verde, que foi projetada nos moldes do Bois de Bologne, em Paris, e do Central Park, de Nova York, abriga três lagos, mais de cem espécies de aves, ciclovia, pista de caminhada, restaurantes, quadras e jardins projetados por Burle Marx. Além disso, o parque conta com museus e espaços para eventos, como o Pavilhão da Bienal de Artes, projetado por Oscar Niemeyer.
Museus
O Museu do Ipiranga é outro marco de São Paulo. Ele fica em um palácio neorrenascentista projetado em 1890 para homenagear o local onde foi proclamada a Independência do Brasil. Há ainda outros museus igualmente importantes na cidade, como o MASP, que está na Paulista e tem em seu acervo obras de Rafael, Bellini, Goya, Velázquez, Reynolds, Rembrandt, Cézanne, Monet, Van Gogh e Gauguin, só para citar alguns nomes.
Outras boas pedidas são a Pinacoteca do Estado e o popular Museu do Futebol, no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.
Bairros
São Paulo é recheada de bairros que valem a visita, com destaque para Pinheiros. Ali, dá para conferir as exposições do Instituto Tomie Ohtake, ir ao Parque Villa-Lobos, um dos mais bonitos da cidade, ou garimpar antiguidades na Rua Cardeal Arcoverde. É na região também que está a boêmia Vila Madalena, com inúmeros bares descolados que costumam ferver durante a noite. O local ainda serve de palco para o Beco do Batman, tomado por grafites e que se tornou queridinho de instragramers.
O roteiro pela capital paulista também pode incluir passeios nos bairros de imigrantes, como a Liberdade, reduto de japoneses, e o Bexiga, refúgio dos italianos. Ambos ficam na região central. Já na Zona Leste, a dica é jantar na região do Brás e da Mooca, mais um recanto de italianos. De lá, se tiver pique, siga para os bares e casas noturnas do bairro do Tatuapé. Qualquer que seja a escolha, você fechará com chave de ouro o roteiro pela cidade mais efervescente do Brasil.
Atualizada em: 10/12/2024