Santa Catarina além de Florianópolis: conheça outras joias do estado – Voupranos

Santa Catarina além de Florianópolis: conheça outras joias do estado

Adobe Stock: Balneário Camboriú – Brastock Umages

Santa Catarina tem em sua capital, Florianópolis, o principal destino turístico. Isso não significa, porém, que uma viagem para lá deve ser resumir à Ilha da Magia. Em seus arredores, ou até um pouco mais afastado, há muito o que aproveitar na região.

Quem gosta de praia, por exemplo, pode se jogar na cada vez mais moderna Camboriú ou, então, esticar para a linda Praia do Rosa, sempre repleta de jovens. Isso sem contar Penha, onde fica o Beto Carrero World.

No interior, há cidades com “sotaque” alemão, como Pomerode, a incrível região serrana de Urubici, a cultural Joinville e a surpreendente Nova Veneza.

Veja boas dicas de destinos para explorar Santa Catarina.

Adobe Stock: Santa Catarina – Michele

Praia do Rosa

Durante o verão, a Praia do Rosa, a 92 km da capital catarinense, é um point de agito, com muita gente jovem e bonita, bares lotados e baladas disputadas. Mas é fora da temporada que o lugar vira um convite à contemplação.

A água gelada espanta os turistas, mas atrai as baleias francas, que migram do pólo sul para procriar nas baías da região entre os meses de julho e setembro. O contato com os mamíferos é uma experiência única, cuja energia alimenta a alma de quem se liga na natureza. De quebra, a beleza das praias locais é emoldurada com a formação de muitas lagoas ao longo do litoral.

Adobe Stock: Praia do Rosa, SC -Cassio Nunes

Entre elas destaca-se a de Ibiraquera, que, durante o verão, se liga ao mar dividindo as praias da Luz e de Ibiraquera e se transformando em um imenso criadouro de peixes e camarões. O local é muito procurado por fãs de esportes aquáticos, como esqui, vela, windsurfe e kitesurfe.

Adobe Stock: Praia de Ibiraquera, SC – Jair

Camboriú

Não se deixe enganar pelo clima sossegado que parece imperar nos períodos de baixa temporada. Balneário Camboriú (SC), a 85 km de Florianópolis, é cosmopolita e animada e garante diversão para todas as idades, 24 horas por dia, em qualquer época do ano.

Um dos epicentros do agito é a Avenida Atlântica, que concentra barzinhos com música ao vivo e casas noturnas abarrotadas de gente bonita em frente à Ilha das Cabras, além de excelentes hotéis e restaurantes especializados em frutos do mar. Não à toa, até meados de 2013, a estrela hollywoodiana Sharon Stone baixava constantemente por ali acompanhada do então namorado argentino Martin Mica, que tem casa na região.

Adobe Stock: Balneário Camboriú, SC – Brastock Images

As baladas da Barra Sul são outro point madrugada adentro. Já quem prefere curtir o dia deve acordar cedo. Principalmente se o destino for a badalada Praia Central, onde edifícios erguidos à beira-mar começam a fazer sombra sobre a faixa de areia a partir das 14h.

Azar dos que gostam de lagartear no sol e sorte de quem cultiva o hábito de se exercitar na areia: futebol, frescobol, cooper, ginástica, futevôlei e vários pontos de bocha movimentam a tarde até o cair da noite, quando a estátua do Cristo de braços abertos se ilumina no topo do Morro da Cruz, a 154 metros de altitude. Com 33 metros, o monumento traz na mão esquerda um canhão de luz que gira 180º, espalhando sobre a cidade um feixe luminoso
com 86 combinações de cores.

Adobe Stock: Maria, Barra Sul – George

Outro ponto turístico que vale a visita é o Parque Unipraias, que abriga um teleférico interligando a Praia Central e à Praia de Laranjeiras. O complexo tem estações com passarelas ecológicas, arvorismo, restaurantes, anfiteatro e mirantes.

Mas se sua ideia é desfrutar o lado mais selvagem de Balneário, a melhor pedida é seguir rumo ao sul pela rodovia Interpraias, que liga as águas agitadas de Taquarinhas e Taquaras às luxuosas praias do Estaleiro e do Estaleirinho, tomadas por beach clubs. Ainda hoje, vislumbram-se recantos desertos nesse trecho do litoral, perfeitos para praticar mergulho ou caminhar por trilhas em meio à Mata Atlântica.

Nenhum lugar, no entanto, permite um contato tão íntimo com a natureza quanto a Praia do Pinho, onde a regra é ficar nu. Além de ostentar o título de primeira reserva oficial de naturismo do Brasil, a praia dispõe de regras estabelecidas para deixar o visitante à vontade também em espírito, livre não só das vestimentas como de olhares tendenciosos.

Adobe Stock: Balneário Camboriú – Vitria

Penha

Apesar de ser referência em pratos da culinária típica açoriana e de abrigar algumas das mais belas praias do litoral catarinense, como as semidesertas Vermelha e do Lucas, quase tudo na cidade de Penha, a 114 km de Florianópolis, gira em torno do Beto Carrero World.

Maior parque temático da América Latina, o empreendimento conta com zoológico, shows e brinquedos para todas as idades, desde um inocente carrossel e uma vila que imita o Velho Oeste até atrações radicais, como montanhas-russas.

Adobe Stock: Beto Carrero World, SC – Bruno Martins

Nova Veneza

Pouca gente ouviu falar de Nova Veneza, cidade colonizada por imigrantes italianos. Pequena e aconchegante, ela fica em Santa Catarina, a apenas 8 km de Criciúma e cerca de 150 km de Florianópolis.

Italianíssima, a região recebeu da homônima italiana uma série de presentes, como uma réplica da Pietá de Michelangelo e a famosa gôndola que enfeita a paisagem da Praça Humberto Bortoluzzi, original e única na América do Sul. No Carnaval local, também não faltam as famosas máscaras que marcam a festa do momo na Sereníssima.

Adobe Stock: Igreja São Pedro – Jair

Uma vez na cidade, prepare-se para ouvir muitas vezes a frase mangia che te fa bene. Dezenas de bons restaurantes servem a farta mesa colonial composta de polenta, risoto, galeto, carne, pasta ao ragu, pasta à carbonara, nhoque, salame, queijo e muito, muito vinho colonial.

Créditos: Casa Italiana restaurante.

Joinville

A cidade mais populosa de Santa Catarina respira cultura e diversão. Além de abrigar sítios, cachoeiras e o Museu da Bicicleta – o mais importante do gênero no Brasil –, Joinville, a 186 km de Florianópolis, gaba-se de ter a
única escola do Bolshoi fora da Rússia.

Não à toa, o município vira palco do maior festival de dança do mundo em número de participantes no mês de julho, quando mais de 6.500 bailarinos se apresentam em teatros, shoppings e praças. Outro evento tradicional é a Festa das Flores, em novembro, que reúne cerca de 180 mil pessoas e 4.500 orquídeas em novembro.

Adobe Stock: Museu histórico em Joinville – Artisanistock

No resto do ano, os orquidófilos de plantão ainda têm a possibilidade de fazer o roteiro rural do Vale do Quiriri para visitar a Neitzel, que produz plantas ornamentais. Mas nenhum passeio é tão famoso quanto o de barco pela Baía de Babitonga, que passa por 14 ilhas e para no centro histórico de São Francisco do Sul.

Adobe Stock: Florianopolis, SC – Zigres

Pomerode

Pomerode, a 30 km de Blumenau, é um pedaço da Alemanha no Brasil. Basta olhar em volta e ver um monte de crianças loirinhas de olhos azuis brincando nas ruas, ou então puxar papo com alguém, para ver que até hoje
eles ainda não perderam o sotaque.

Na realidade, o português ali é mais usado para conversar com quem vem de fora, pois todo mundo fala em alemão – ou melhor, em platt, um dialeto originário da Pomerânea, extinto na Alemanha, mas que naquela cidadezinha de Santa Catarina é o idioma corrente.

Adobe Stock: Casas em enxaimel alemãs, Pomerode – Jair

Acredita-se que quase 90% dos habitantes sejam descendentes dos imigrantes que chegaram por volta de 1850. Nas escolas de Pomerode (pronuncia-se Pomerôde, por favor), as crianças aprendem português, inglês, alemão tradicional e platt (será que sobra tempo para brincar?).

A principal atração da cidade, além das lojinhas de artesanato (os ovos pintados à mão da loja Wundervelt são as peças mais desejadas), é a chamada Rota do Enxaimel, uma estrada de terra de 6 km com várias casas centenárias com arquitetura típica alemã pelo caminho. Há placas indicando como chegar até lá.

Adobe Stock: Arvores decoradas com Ovos, Gigias

Urubici

Como é o ponto mais alto habitado no Sul do Brasil, não é de se estranhar que Urubici (SC) registre sempre as temperaturas mais baixas do país, geralmente no topo do Morro da Igreja. Também não é por acaso que o município, localizado a 174 km da capital Florianópolis, atraia levas de turistas esperançosos de ver neve no inverno brasileiro. E eles não costumam sair de lá frustrados.

Adobe Stock: Geada nos Campos da Serra Catarinense – Fom Conradi

Além dos flocos de gelo, a cidade é farta em cachoeiras, grutas, trilhas e morros que servem de cenário para a prática de várias atividades de aventura, como o rapel na bela Cachoeira do Avencal, com 100 metros de altura; a tirolesa na Véu de Noiva; o trekking até a cascata do Rio dos Bugres, de 120 metros; e os pontos de parapente, voo livre, motocross, cavalgada e off-road.

Adobe Stock: Urubici, Santa Catarina – Luciano Queiroz

 

Publicado em: 15/01/2025
Atualizada em: 14/01/2025
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