Roteiro em Florianópolis inclui praias e outros encantos

Adobe Stock: Florianópolis, SC – Lucas
A impressão que dá ao traçar um roteiro em Florianópolis é de que não existe um lugar feio na cidade. Além disso, as pessoas ajudam a manter a beleza e a atmosfera de simpatia lá em cima, o que leva o visitante a ter certeza de que escolheu muito bem seu destino de férias no Brasil.
Pronta para satisfazer aos mais exigentes gostos, Florianópolis é o caso raro de uma autêntica cidade “três em um”. Isso porque ela tem o dom de oferecer um delicioso “combo” composto de praias lindas, como Lagoinha do Leste; paisagens típicas de interior, como os bairros Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa; e estrutura completa de uma capital.

Adobe Stock: Praia do Matadeiro, SC – Artifirsov
Esse cenário levou a Organização das Nações Unidas, recentemente, a apontar Floripa como a capital brasileira com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano. Cinco dias é um período bacana para curtir as maravilhas da capital catarinense, desde que você monte um roteiro que o leve para os points mais legais da ilha sem perder tempo. E é isso que você encontra aqui.

Adobe Stock: Praia do Campeche, SC – Heitor
1º dia – Praia Mole, Galhetas, Joaquina e Lagoa da Conceição
Na famosa Praia Mole, o visual é completo: areia branca, mar verde, gaivotas pelo céu, vegetação de Mata Atlântica e muita gente bonita. O point é ideal para surfar e, claro, paquerar. Os surfistas locais não arredam o pé das pranchas parafinadas nem mesmo no inverno. Integram-se ao cenário bares e restaurantes descolados, sempre lotados de mulheres lindas e homens malhados.

Adobe Stock: Praia do Mole, SC – Helissa
No canto esquerdo da Mole há uma pequena trilha que leva a Galhetas, praia onde os frequentadores preferem ficar bem à vontade, sem roupa, vergonha e preconceito, para experimentar um mergulho nu e refrescante. Após o almoço, é hora de visitar a Praia da Joaquina, não muito longe dali. Conhecida mundialmente pelas boas ondas, a Joaca também é point do xaveco solto. Ao lado dela, uma imensa duna de areia branca, excelente para a prática de sandboard, exibe-se com pompa, mostrando o porquê de ser um dos cartões-postais mais marcantes da cidade.

Adobe Stock: Praia de Galhetas, SC -Alexandre
Após se despedir da praia, passeie pela Lagoa da Conceição. Caminhe pela Avenida Rendeiras com os olhos atentos às lojinhas que vendem renda. As rendeiras são moradoras antigas da ilha, que passam a tradição para suas filhas e são ótimas fontes de histórias da cultura local.
Uma boa quantidade de restaurantes também se espalha pela orla da Lagoa. Escolha um deles e aproveite o fim de tarde. Pelas janelas dos estabelecimentos, é possível ver praticantes de kitesurfe e windsurfe se aventurando nas águas da Conceição.

Adobe Stock: Lagoa da Conceição, Florianópolis – Flavio
2º dia – Sul da ilha
Comece o dia na Praia do Campeche. Em frente à entrada principal, restaurantes com vista para a Ilha do Campeche servem porções de isca de peixe e lula, além de pratos típicos, como a sequência de camarão. Uma boa dica é reservar um tempo para dar um pulo na ilha. Barcos que saem de várias praias do sul de Floripa levam os turistas para passar o dia por lá, onde há trilhas, inscrições rupestres, restaurante e um mar de águas cristalinas. Mas só faça o tour no verão, pois no restante do ano a ilha fica desabitada.

Adobe Stock: Praia do Campeche, SC – Lefpic
Uma visita a Morro das Pedras mantém a programação em alta. Com vista panorâmica a partir de um mirante, a praia é mais uma das que atraem surfistas na cidade. Continue o passeio visitando as belíssimas praias da Armação e Matadeiro, que se descortinam em sequência. Seus nomes remetem à pesca de baleias que ocorria por lá no século 18. Na primeira, era construída a armação da pesca. Na outra, os pescadores cercavam o animal.

Adobe Stock: Morro das pedras, SC – MAAD
Hoje, felizmente, o clima sustentável toma conta da região, bem como da cênica Praia da Solidão, mais ao sul, ou da Lagoa do Peri, ali do lado. Com água morna e sem ondas, seu visual é de babar. Além disso, há porções mínimas de areia intercaladas com vegetação, que formam pequenas praias praticamente particulares e asseguram o clima propício para quem viaja em família.
Um jantar no bairro Ribeirão da Ilha completa o dia. Restaurantes construídos em píeres em cima do mar são excelentes para tomar vinho e provar ostras.

Adobe Stock: Praia da solidão, SC – Antonello
3º dia – Lagoinha do Leste e Pântano do Sul
Há quem acredite que o que é bom para valer está reservado para poucos. Se essa máxima for usada para descrever a visita a Lagoinha do Leste, a afirmação faz todo sentido. A praia mais bonita de Floripa é acessível apenas por duas trilhas selvagens, que saem de outras praias do sul da ilha: Matadeiro e Pântano do Sul.

Adobe Stock: Praia do matadeiro, SC -Tony Monti
As trilhas são relativamente extensas, porém, basta ter um pouco de preparo físico, gostar de natureza e perseguir os caminhos demarcados para chegar lá sem grandes sacrifícios. Mas, atenção: é importante, na primeira vez, ir com alguém que conheça o local, para assegurar-se de seguir o rumo correto.

Adobe Stock: Praia da armação, SC – Dion
Inicie o passeio pela Praia do Matadeiro, na trilha que tem início no pé do morro. São cerca de duas horas de um trajeto inesquecível, com a vista de toda a costa do litoral sul acompanhando seus passos. Ao avistar a Lagoinha do Leste, lá em cima do morro, já bem perto do fim da caminhada, uma curva em um dos pontos mais altos da trilha garante a posição ideal para fazer fotos e filmes.

Adobe Stock: Praia do Matadeiro – Rudiernst
Aproveite algumas horas na praia, mas programe-se para voltar antes de escurecer. Essa é a hora de se aventurar pela outra trilha e seguir até Pântano do Sul. O trajeto é mais curto, com uma hora de caminhada. No entanto, é mais íngreme e cerrado pela vegetação. O contato com a natureza é intenso, embora não role vista para o oceano. No fim da trilha, já nas areias de Pântano do Sul, restaurantes e bares tradicionais o aguardam com pratos deliciosos, com destaque para os frutos do mar fresquinhos.

Adobe Stock: Praia do matadeiro, SC – Artifirsov
4º dia – Norte da ilha
A impressão é de estar em um típico bairro norte-americano, com mansões sem muros nem grades, jardins arborizados, ruas largas e planejadas, clima tranquilo e estrutura exemplar. Observar Jurerê Internacional com atenção é tarefa crucial para quem busca referências de como construir a casa própria. Sobretudo no dia em que acertar na loteria…

Adobe Stock: Jurerê, Florianópolis, SC – William
Jurerê Internacional foi a responsável pela fama mundial que Floripa ganhou nos últimos anos. Lá estão os lounges de praia mais badalados, que, no verão, promovem altas festas embaladas por champanhe e música eletrônica. Todos têm decoração bacana, com deques de madeira, boa gastronomia e drinques caros.

Adobe Stock: Jurerê internacional, SC – Fotos GE
Caso você não queira ficar estirado nas chaise-longues das barracas, parta para outras praias do norte de Floripa. A do Santinho, por exemplo, tem boas ondas, dunas e até trilhas. É lá que fica o famoso resort Costão do Santinho.

Adobe Stock: Costao do Santinho, Florianópolis, SC – Bruno
Não longe dali, a Praia dos Ingleses apresenta boa estrutura, com várias opções de hospedagem e alimentação. No verão, vive cheia de argentinos, assim como as praias Brava, Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus. Já no
inverno, a pesca da tainha pode ser observada de perto por toda extensão
dos Ingleses.

Adobe Stock: Praia dos Ingleses, SC – Michele
À noite, é hora de encarar uma das baladas de Floripa, daquelas com gente bonita o suficiente para você nunca mais se esquecer da ilha. Se durante o dia não rolou nenhuma amizade colorida, quando o sol se manda, as chances se multiplicam. Em Jurerê Internacional estão as casas noturnas mais consagradas da região.

Adobe Stock: Balada noturna, Florianópolis – Hennyvanroomen
5º dia – Reduto açoriano e centro histórico
Percorrer as ruas de paralelepípedo dos bairros Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa e Cacupé é essencial para quem quer se gabar de conhecer a nata de Florianópolis. Grande parte das residências e comércios dali pertence aos descendentes de portugueses, que vieram da Ilha dos Açores. Foram eles os primeiros europeus a chegar a Floripa, nos idos de 1750.

Adobe Stock: Santo Antonio, SC – Zigres
Pela manhã, é uma delícia apreciar a arquitetura local. Sob os raios do sol, as lojas de artesanato ganham vida. Na hora do almoço, escolher uma boa mesa à beira-mar não é uma tarefa das mais difíceis. Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa contam com diversos restaurantes para fazer uma refeição com vista panorâmica.

Adobe Stock: Santo Antonio, Florianópolis, SC – Zigres
Se o cenário é de babar, o mesmo pode ser dito da culinária. Uma boa escolha é pedir moquecas de frutos do mar. Servidas em panelas de barro, com fartura, elas alimentam até três pessoas.

Adobe Stock: Moqueca – Lcrribeiro33
Depois do almoço, é hora de passear pelo Centro de Floripa. Caminhe pela orla da Av. Beira–Mar Norte, ilustrada pela Ponte Hercílio Luz, maior cartão-postal da cidade.

Adobe Stock: Ponte Hercílio Luz, SC – MAAD
E não deixe de conhecer o Mercado Municipal, a Catedral Metropolitana e a Praça XV, onde está a famosa Figueira centenária da capital catarinense. A árvore é cercada de lendas e simpatias. Para uma mulher que deseja se casar, por exemplo, dizem que basta dar uma volta em torno dela para que o príncipe encantado apareça

Adobe Stock: Catedral Nossa Senhora Do Desterro, SC – Atilio
Atualizada em: 31/01/2025