Rio de Janeiro ganha Memorial às Vítimas do Holocausto

O Memorial às Vítimas do Holocausto, localizado no Parque Yitzhak Rabin, em Botafogo, no Rio de Janeiro, foi aberto ao público. O monumento integra uma exposição que pretende tornar conhecidas as histórias das vítimas da perseguição e do genocídio cometido pelos nazistas no período da Segunda Guerra Mundial e que atingiu não apenas os judeus, mas também ciganos, negros, pessoas com deficiência física e mental, comunidade LGBTQIA+, testemunhas de Jeová e maçons.

Divulgação IDG

“O Memorial às Vítimas do Holocausto não é dedicado apenas ao povo judeu, é um espaço de reflexão para todos. Além da preservação da memória, que é fundamental, pretendemos transmitir os valores para que a história não se repita.”, destaca Alberto Klein, Presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto.

O monumento a céu aberto de 20 metros de altura está integrado ao Parque Yitzhak Rabin, de onde se avista o Pão de Açúcar, a Enseada de Botafogo e o Cristo Redentor já nasce como um importante ponto turístico da cidade do Rio de Janeiro. A exposição, instalada no subsolo, apresenta memórias de vítimas e relatos de sobreviventes de um dos maiores genocídios da história em forma de imagens, áudios, sons, relatos e conteúdos interativos. São apresentadas histórias como a da princesa Maria Karoline, bisneta de D. Pedro II, morta na câmara de gás por ter deficiência, ou do jovem Mordechai Anielewicz que, com 24 anos, liderou a resistência no gueto de Varsóvia, entre outras. “O público poderá entrar em contato com diversas histórias, aprender e refletir”, explica Ricardo Piquet, Presidente do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), responsável pela concepção curatorial, implantação museográfica e captação de recursos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Exposição com três grandes áreas

A exposição conta a história do Holocausto dividida em três grandes áreas. O primeiro módulo “a vida antes do Holocausto” retrata os diferentes modos de vida na Alemanha, Polônia, Rússia e outros países. São fotos e vídeos colorizados por inteligência artificial para ressaltar a rotina do povo judeu e demais grupos antes das perseguições pelo nazismo. A segunda área “a vida durante o Holocausto”, as imagens perdem a cor e a iluminação do ambiente faz com que os visitantes tenham seus tons de pele e cores das roupas alterados. Ali os visitantes terão a real percepção da luta das pessoas pela sobrevivência. Seguindo o percurso da mostra, a próxima área é “a vida após o Holocausto”, que exibe a fase de libertação dos prisioneiros e a imigração. As fotos expostas vão aos poucos ganhando cor novamente. Além de depoimentos dos sobreviventes, um mapa vai mostrar os fluxos migratórios, e histórias de pessoas conectadas ao Brasil.

Divulgação Memorial às Vítimas do Holocausto_- Foto Albert Andrade

“O Memorial às Vítimas do Holocausto traz um importante legado para o Rio de Janeiro, cidade que recebeu boa parte dos imigrantes refugiados deste trágico período. Importante entender  que o Holocausto como uma forma de alerta sobre preconceitos e discriminações que acontecem ainda hoje. Nós pretendemos fazer o visitante do Memorial refletir sobre o ocorrido a partir das histórias vivenciadas por pessoas”, conta Alfredo Tolmasquim, Coordenador do Comitê Curatorial do Memorial às Vitimas do Holocausto.

Divulgação Memorial às Vítimas do Holocausto_- Foto Albert Andrade

Serviço: Memorial às Vítimas do Holocausto

Endereço:

Alameda Embaixador Sanchez Gavito, s/n – Mirante do Pasmado, Botafogo – Acesso pela Rua General Severiano.

Horário de funcionamento da exposição: De quinta a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h)

Classificação indicativa: 12 anos

Horário de funcionamento do Parque Yitzhak Rabin: Todos os dias, de 8h às 18h