Rota do Uísque na Escócia
Os escoceses produzem hectolitros de uísques misturados, os blended, mas preferem para seu consumo os single malt. Para entender a diferença entre os tipos da bebida, pode-se dizer que o blend é como um quadro que o master blender (mestre de composição) pinta.
A tela é o grain whisky, feito de grãos como trigo e milho; um destilado básico. As cores e tintas são obtidas com a mistura de diversos single malts, que têm 100% de malte de cevada. O blend final é a pintura, com luzes próprias.
Não há uma receita pronta. O artesão, o mestre do blend, é que, valendo-se de seus recursos de degustar aromas e sabores (os mais típicos de uísques são baunilha, mel, frutas secas e adamascadas e turfa), prepara a mistura de cada marca ao longo dos anos, padronizando cor, aroma e sabor.
Quando o rótulo indica uma idade, como 12 anos, significa que nenhum dos maltes usados em sua composição tem envelhecimento inferior a esse período.
Assim, dá para ver que uísque é assunto sério na Escócia. O país adota uma rígida lei de pureza na fabricação da bebida, exportada para todo o mundo e responsável por uma fatia generosa da economia nacional. Confira algumas curiosidades para degustar com mais propriedade esse precioso líquido dourado:
Uísque escocês
Para os escoceses, basicamente, existem dois tipos de uísque: single malt e blended. Os primeiros são feitos de um único tipo de malte e por uma única destilaria.
Os outros, mais comuns de serem encontrados no Brasil por serem exportados pelas marcas mais famosas, são misturas de vários grãos e fórmulas preparadas por diversas destilarias, engarrafadas no final do processo por uma delas. São mais fáceis de serem tomados e não dependem tanto da qualidade da safra.
Armazenadas em barril
Segundo as regras do país, todas as bebidas certificadas têm que ser armazenadas em barril por pelo menos três anos. As garrafas que trazem no rótulo marcações como 12, 15, 18, 21 ou mais anos, efetivamente tiveram todos os preparos mantidos no carvalho por, no mínimo, o período informado.
Já o que se convencionou chamar no Brasil de oito anos não tem necessariamente toda a mistura engarrafada com essa idade, mas pelo menos uma das bebidas usadas na fórmula (e as demais, a partir de três anos).
Regiões produtoras
Há cinco grandes regiões produtoras de uísque na Escócia: Highlands (os mais famosos), Lowlands (os mais frutados), Speyside (de onde saem grandes single malt), Campbeltown (fortes e encorpados) e Islay (com sabor defumado e, por isso, venerados). Vale a pena provar uma dose de cada um deles para sentir as diferenças.
Como beber
Os blended vão bem com até uma pedra de gelo, servidos por lá em copos que lembram pequenas tulipas. Os single malt, para os escoceses, têm que ser bebidos puros ou, curiosamente, com algumas gotas de água, para abrir, como um bom vinho.
Aroma
Antes de degustar, recomenda-se sentir o aroma do uísque por três vezes, com pausas de alguns segundos entre elas. Só assim é possível captar a verdadeira essência da bebida.
Experiência
Há pelo menos uma atração obrigatória em Edimburgo, capital da Escócia, para os amantes de uísque, chamada Scotch Whisky Experience. O tour, realizado em carrinhos em formato de barris, no maior estilo Disney World, conta como é feita a produção da bebida símbolo da Escócia, mas o melhor vem em seguida: uma degustação especial com direito a doses de rótulos como Tomatin, Talisker e The Balvenie.
O grand finale se dá em uma adega com a maior coleção de uísques escoceses do mundo, com 3.384 garrafas, que curiosamente foi vendida pelo brasileiro Claive Vidiz. No museu, um quadro traz a mensagem “o bom filho a casa torna”, uma referência de Vidiz ao envio de suas preciosidades de volta ao país em que foram produzidas.
Roteiros
“O uísque é o melhor amigo do homem, o cão engarrafado”, já dizia Vinícius de Moraes. Hoje, seu fiel companheiro – e não se trata de Tom Jobim – pode ser saboreado em um roteiro pelas principais destilarias da Escócia. E são muitas. Estima-se que o país conte com cerca de cem estabelecimentos do gênero, que produzem 30 litros de scotch por segundo, de 1.500 marcas.
Por isso, existem diversos tours dedicados ao uísque na Escócia, sobretudo em Speyside, na região das Highlands. É lá, às margens dos Rios Spey e Dee, que a natureza conspira para que se atinja a excelência in vitro graças à combinação de temperatura ideal nos armazéns e clima favorável ao cultivo da cevada a fontes de água tão limpa que se pode beber da torneira.
Comece a viagem etílica por uma das oito destilarias de fama internacional localizadas na região, como as imperdíveis Glenlivet, na cidade de mesmo nome, e Glenfiddich, em Dufftown, além da Cardhu, em Archiestown. O segredo do puro malte colocado no copo por todas essas marcas está na água, na qualidade do grão de cevada e na quantidade de turfa empregada no fogo.
Já o uísque misturado (blended) pode ser degustado nas destilarias Johnnie Walker. Ali, um funcionário mescla os maltes e prova até que se chegue ao sabor padrão.
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Atualizada em: 02/03/2023