O que fazer nos arredores de Cardiff, no País de Gales
A partir de Cardiff há acesso rápido para qualquer lugar. Há uma boa malha ferroviária para circular de trem pelos arredores da cidade, forma bem conveniente e econômica de transporte, mas que não leva a todos os cantos do país.
Cardiff fica a 40 km de Newport e 60 km de Swansea. Essas são as três maiores cidades do país, todas no extremo sul de Gales, região que concentra dois terços de toda a população. Entre elas, há dezenas de pequenos e encantadores vilarejos, todos muito próximos uns dos outros.
Museum of Welsh Life
Nas proximidades de Cardiff há diversos pontos interessantes para esticar passeios. A apenas 6 km, no caminho para St. Fagan’s, está o inusitado Museum of Welsh Life (Museu da Vida Galesa), que não tem nada a ver com o convencional conceito de espaço destinado para a exposição de obras de arte, no qual todas as peças ficam em galerias e ambientes internos climatizados.
Não há pinturas ou esculturas para admirar. Quem passa pelo portão do museu logo se depara com uma enorme área aberta e arborizada com casas, ruas, igrejas, mercadinho, padaria, posto de correio, escola e até fazenda. Seria uma pequena vila galesa mesmo se não fosse um detalhe: todas as construções ali são centenárias, foram retiradas pedra por pedra do local de origem e remontadas lá dentro para simular os moldes da vida de antigamente de uma legítima vila celta.
Assim, a tal fazenda tem vacas e todos os utensílios da época dos bisavós dos bisavós de qualquer morador de Cardiff. As funcionárias da padaria batem a massa e fazem um pãozinho quentinho da mesma forma que era confeccionado há muitas gerações. Tudo para que os visitantes conheçam ao vivo como era feito um pãozinho no século 19.
Já no mercadinho não há nada à venda, mas as prateleiras estão cheias de produtos, com prazos de validade vencidos há algumas décadas. Há, inclusive, uma rua com meia dúzia de casas mobiliadas, que mostram a evolução da tecnologia doméstica ao longo de todo o século 20. Ao todo, são 58 construções remontadas que traçam a história do cotidiano do país desde 1530.
Caerphilly
Rumo ao norte, o castelo de Caerphilly, a 10 km de Cardiff, é uma das atrações mais visitadas. É o segundo maior de toda a Grã-Bretanha, atrás apenas do Castelo de Windsor. Foi construído em 1268 bem no meio de um lago. Não é habitado há quase 500 anos, mas preserva as altas muralhas e o orgulho galês no dragão vermelho estampado na bandeira nacional, ali hasteada.
Nos finais de semana, os moradores fazem dos gramados ao redor um verdadeiro parque destinado ao namoro, ao piquenique e bate-bola com os filhos. Já durante a semana, se transforma em sala de aula ao ar livre, usada pelas professoras de História da escola municipal.
Além do museu e do castelo de Caerphilly, ainda há tempo para visitar, no mesmo dia, a destilaria Penderyn, em Aberdare, que tem fama de produzir um uísque de tão boa qualidade quanto o dos vizinhos escoceses. É a única destilaria de uísque que restou na terra de Jack Daniel – sim, ele era galês e não americano como o mundo supõe a partir do rótulo de uma garrafa de bourbon do Tennessee.
Brecon
Atravessar a antiga ponte sobre o Rio Usk é sinal de que você chegou a Brecon, uma vila medieval, fundada em 1093, a uma hora de Cardiff. Tem apenas oito mil habitantes, um castelo em ruínas, ruas estreitas, casas de pedras e muita paz. Montanhas verdes fazem a moldura natural do burgo e de qualquer ponto é fácil ver os rebanhos de cordeiro pastando nas encostas.
São quase todas assim as cidades pelo interior de Gales. É verdade que não há muito que fazer por ali. Em poucos minutos, dá para andar por todas as ruas e decorar os caminhos. Logo você se vê sentado novamente à mesa de um café para provar mais uma welsh cake, a “torta galesa” que, na realidade, se parece mais com um biscoito, macio e recheado com geleia ou doce de leite.
Para os moradores, o principal programa de lazer é pescar no Usk, ou alugar um barco e passear pelo canal que começa na cidade e percorre 40 km, passando por uma dezena de outras vilas. Não é necessário licença e nem experiência alguma em navegação. Qualquer pessoa pode alugar um barco – alguns têm até dormitórios – e sair navegando, parando em cada povoado no caminho.
Outra forma de explorar a região é embarcar no Breacon Montain Rail, uma nostálgica maria-fumaça, com vagões de madeira, que era usada nos tempos da mineração de ferro no século 19. O trenzinho segue um percurso de 40 minutos que passa diante de algumas das mais belas paisagens do Parque Nacional de Brecon Beacons.
Abergavenny
Na Idade Média, Abergavenny era conhecida como cidade-mercado. E mantém a fama até hoje. Às terças-feiras, a cidade ferve e rola até um certo trânsito na rua principal por causa das feirinhas que acontecem lá. Fazendeiros de toda a região chegam para vender seus produtos e aproveitar para rever os amigos.
Há verduras, frutas, doces em compotas, queijos, vinhos coloniais, carne, roupa, brinquedos, livros, antiguidades… Existe até um senhor que vende medalhas militares. É um grande barato.
O ponto alto é o leilão de cordeiros que acontece ali mesmo, ao ar livre, em um curral especialmente montado em uma área nobre bem no centro da cidade. Nos outros dias, a vida segue tranquilíssima em Abergavenny, e o melhor a fazer é caminhar pelo calçadão de comércio.
Castelo de Coch
Entre os diversos castelos nos arredores de Cardiff destaca-se o de Coch, que está na lista de construções históricas da Grã-Bretanha. É como se fosse tombado e, na sua estrutura, ninguém pode mexer. E quem vai querer? Ele tem cara de Castelo da Cinderela. Situado no alto de uma colina, já foi cenário de filmes.
Castelo de Caerphilly
Caerphilly é um castelo diferente porque é concêntrico e está em terreno baixo. Usava água à sua volta para se proteger. Na Era Medieval, usava mais que água: detritos, animais mortos e resíduos dos “banheiros”. E o castelo tem uma torre que rivaliza e supera a de Pisa, na Itália, por sua grande inclinação. Virou marca registrada.
Shrewsbury
Quem puder visitar o norte de Gales, onde 60% do povo fala welsh, conhecerá cidades inesquecíveis, como Shrewsbury. A partir de Cardiff, vá de trem para poder parar na estação de 1848, que tem uma arquitetura no estilo Tudor. Ao deixá-la, chega-se a um burgo medieval com 600 construções originais no centro histórico.
Duas se destacam: a Abadia, de 1083, e um Castelo. Não deixe de visitar também a estátua de Charles Darwin, filho mais célebre da terra, cientista e explorador que deu ao mundo a teoria da seleção natural das espécies.
Conwy
No norte de Gales fica Conwy, vila que Eduardo I mandou construir em nove anos ao custo de £ 15 mil. Dizem que estourou o orçamento, mas deu aos quatro mil habitantes de hoje um cenário com marina, pontes e castelo que dá vontade de morar.
É lá que fica, segundo o Guinness Book, a menor casa da Grã-Bretanha, com 1,8 por 3 metros. Foi habitada até o século 16. Hoje é ponto turístico.
Llanfairpwllg… o quê?
Muitos galeses falam welsh, um dos idiomas mais antigos da Europa e o mais popular entre aqueles de origem celta falados atualmente. A pronúncia lembra vagamente o alemão, com sons guturais e muitas consoantes emendadas.
A palavra mais complicada para se dizer em welsh, com toda certeza, é o nome de uma pequena cidade no extremo norte do país. Aliás, nem muitos de seus moradores conseguem falar o nome do lugar onde vivem: Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch. Não é erro de digitação. É assim mesmo. Difícil até para quem fala o welsh, já que são nada menos do que 58 letras.
É o maior nome de cidade do mundo, está no Guinness. Llanfair PG, como é comumente chamada (ufa!), recebe muitos turistas justamente por causa dessa curiosidade, que na tradução em português significa “Igreja de Santa Maria do Pau Branco perto do desvio da Igreja de São Tisílio da gruta vermelha”.
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Atualizada em: 13/02/2023