O que fazer em Edimburgo, a terra do Harry Potter
O pomposo castelo de pedra, que repousa no alto da cidade desde o século 7º, e a silhueta dos prédios medievais e enegrecidos de Old Town (Cidade Velha), também debruçados nas encostas de um morro, formam a primeira visão de quem chega de trem a Edimburgo, capital da Escócia. O encantamento é instantâneo e geralmente faz o visitante ter certeza: há muito o que fazer por aqui.
Local que assistiu à fundação de Edimburgo, Old Town é a porção mais atraente da cidade e o melhor ponto de partida para visitá-la. A partir da estação de trem, que de certa forma marca a divisão entre o bairro e New Town (Cidade Nova), basta escolher qualquer viela morro acima para dar início ao passeio que proporciona a sensação de estar entrando em um cenário de filme sobre a Idade Média.
Old Town
Circular pelas principais atrações de Old Town é fácil, já que uma única rua, popularmente chamada de Royal Mile, concentra, de ponta a ponta, a área de maior apelo turístico. Embora mude de nome ao longo do trajeto, a via liga o Castelo de Edimburgo, situado na extremidade oeste, ao Palácio de Holyroodhouse, no extremo leste.
Erguido no século 7º e soberano na paisagem, o castelo que leva o nome da cidade é um marco para seu desenvolvimento, sobretudo a partir do século 12, quando o rei David I levou sua corte para aquelas terras. Conhecer em detalhes a robusta construção, circulando por todas as dependências abertas à visitação – que são muitas –, pode levar um dia inteiro. Priorizar algumas alas e tesouros do castelo, portanto, é o melhor a se fazer.
Entre os destaques estão as relíquias da Honours of Scotland, a mais antiga coroa de joias da Europa; o Great Hall, salão de cerimônias do século 16; e as sombrias celas que, ao longo dos séculos, abrigaram prisioneiros. Também não dá para desperdiçar a bela visão panorâmica da cidade, contemplada do alto dos muros que há mais de mil anos protegem a forte construção.
Ao sair do castelo, a envolvente Old Town, tomada por um intenso fluxo de pedestres, revela-se ainda mais aos visitantes. Ali, a incrível arquitetura dos predinhos de cinco ou seis andares remete o viajante a tempos longínquos.
É fácil se deixar envolver pelas atraentes lojas de suvenires, restaurantes e pubs existentes no térreo das edificações, mas não deixe de conhecer o interior de alguns prédios importantes. Um deles é Gladstone’s House, o mais antigo edifício ainda de pé em Edimburgo, que mostra como era a vida na cidade há cerca de 600 anos.
Perto dali, a Scotch Whisky Experience leva o visitante às raízes da produção da bebida mais famosa da Escócia, explicando sua história, diferenças e métodos de produção. Se por um lado o passeio pode ser enfadonho para quem é avesso à bebida, por outro é impossível deixar de admirar a sala que exibe a maior coleção de uísques escoceses do mundo. São quase 3 mil garrafas expostas como joias raras.
A coleção, vendida em 2008 para o braço local da Diageo, líder mundial no setor de bebidas, pertencia ao paulistano Claive Vidiz. Durante mais de 30 anos, ele juntou “preciosidades” que, em 1993, o colocaram no Guinness Book como o maior colecionador da bebida escocesa no mundo.
Pontuada por altas torres, as igrejas de Old Town se impõem no horizonte. A maior e mais importante delas é St. Giles, símbolo da Reforma protestante na Escócia. Erguida a mando do líder reformista John Knox, entre 1559 e 1572, tem um interior de beleza discreta. O templo serviu de palco para o desenrolar de capítulos importantes da história da região.
Na esquina com a Johnston Terrace, outra igreja se destaca na paisagem. Mas essa há algum tempo abdicou de suas reais funções e foi transformada na sede do Festival de Edimburgo, que ocorre todos os anos no mês de agosto e é considerado o maior festival de arte da Europa.
Palácio de Holyroodhouse
A outra extremidade de Old Town é marcada pelos portões firmes do Palácio de Holyroodhouse, ainda hoje residência oficial da monarquia britânica na Escócia. Justamente por isso, apenas algumas partes do complexo são abertas aos visitantes, como a Throne Room.
Esse espaço expõe os pequeninos tronos do rei George V (1865-1936) e da rainha escocesa Mary Stuart (1542-1587), tão modestos que parecem banquinhos de portaria de condomínio. Dessa forma, o assento real de Mary Stuart em nada lembra a história da soberana retratada em livros, filmes e peças de teatro, que se refugiou e acabou presa na Inglaterra. Lá, ela foi decapitada por trair e conspirar contra a rainha Elizabeth I.
É do período conturbado do reinado de Mary Stuart, entre 1561 e 1567, que data a principal atração no interior do palácio: seu quarto, o qual, mobiliado sem qualquer luxo, permanece impecavelmente conservado. Porém, não são os móveis, ou a falta deles, que chamam a atenção: uma mancha no chão, ao lado do dormitório, marca o local em que o marido de Mary, Lord Darnley, assassinou o fiel secretário da rainha com a conivência dela.
Abadia de Holyroodhouse
As ruínas da Abadia de Holyroodhouse, nos jardins do palácio e absolutamente encantadoras, transmitem uma curiosa sensação de paz e tranquilidade em meio a tantas arcadas e corredores que carregam o peso da história.
Erguida em 1128, a abadia foi, junto ao Castelo de Edimburgo, o símbolo da fundação da capital. E é justamente o percurso entre o templo e o castelo que há séculos tem sido o coração de Old Town, onde se pode acompanhar como a cidade evoluiu.
Harry Potter
Com uma história tão antiga e rica, não chega a surpreender o fato de a capital já ter inspirado importantes obras da literatura britânica. A vocação de servir de fonte de ideias para escritores veio novamente à tona – e com grande sucesso – nos anos 1990, quando foi adotada como residência de Joanne Rowling.
Não ligou o nome à obra? Talvez porque a autora assine como J. K. Rowling, responsável pelo sucesso estrondoso da série de livros que tem o bruxinho Harry Potter como personagem principal. O bar The Elephant House, onde a então desconhecida Joanne costumava ir tomar café para escrever as histórias de Potter e sua turma, enquanto a filha dormia em um carrinho de bebê, é hoje uma atração da cidade, atraindo curiosos e fãs da saga.
O mesmo se dá com o quarto, no luxuoso The Balmoral Hotel, onde J. K. Rowling, já famosa e milionária, escreveu o último livro da série, Harry Potter e As Relíquias da Morte. Na parede do dormitório outrora ocupado pela autora, os proprietários ostentam, orgulhosos, uma placa assinada por ela.
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Atualizada em: 22/02/2023