Praias, Museu do Pelé e muito mais: descubra Santos
Movimento pouco é bobagem em Santos, cidade costeira de São Paulo que, durante o verão e em diversos feriados ao longo do ano, está acostumada a receber milhões de turistas. O que muita gente não sabe, porém, é que ela esconde diversos segredos e atrações surpreendentes que vão muito além da orla.
O jeito leve de viver a vida no litoral com ares de metrópole é a cara de Santos, a 72 km da capital. Repleta de encantos, a cidade traz no DNA os tempos áureos do café, abriga o maior porto da América Latina e tem jardins à beira-mar que se descortinam por 7 km de extensão, número suficiente para entrar no Guinness Book.
Isso sem contar a simpatia do povo que, não raramente, pega pela mão o visitante que precisa de alguma informação e sai guiando-o pelos canais (que vão do um ao sete) que compõem a geografia local.
A malha cicloviária de Santos tem mais de 30 km. E as magrelas são um ótimo meio de acessar uma série de atrações locais, como a Pinacoteca Benedicto Calixto, prédio centenário que homenageia um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século 20.
Museu de Pesca
Vale a pena também dar um pulo no tradicional Museu de Pesca. Uma vez no complexo, que faz a festa de crianças, é possível conferir de perto o esqueleto de baleia-fin, cuja ossada pesa sete toneladas e tem 23 metros de comprimento. É a grande atração local, mas há ainda a Sala dos Tubarões, diversos animais taxidermizados e a Sala dos Ambientes Marinhos, que reproduz ecossistemas característicos da região.
Aquário Municipal
Outro point que agrada bastante quem viaja em família é o Aquário Municipal. Trata-se do local mais visitado de Santos e o segundo do estado, atrás apenas do zoológico da capital.
Com 70 anos de existência, chega a receber 550 mil pessoas por ano, segundo dados da Secretaria de Turismo. O hábitat de pinguins, do leão-marinho Abaré Inti e de milhares de espécies de água doce e salgada estão entre as principais atrações.
De bonde a skate
Um cantinho muito bacana em Santos e que muitos visitantes deixam passar batido é o simpático Deque do Pescador, situado na Ponta da Praia. A passarela erguida sobre o mar é um convite para caminhar
despretensiosamente no fim da tarde, contemplar o pôr do sol ou avistar os navios de cruzeiros que passam pelo canal do estuário.
Vale a pena também separar ao menos um dia para curtir as atrações do bairro de José Menino. É lá que fica o Parque Roberto Mario Santini, conhecido pelos santistas como Emissário Submarino. Nos fins de semana, é comum ver a galera ali aproveitando as pistas de skate, patinação, cooper, ciclovia e área para crianças. Uma escultura da artista plástica Tomie Ohtake desponta como símbolo local.
No mesmo bairro está o Orquidário, passeio ideal para levar os baixinhos, que, ali, encontram mais de 400 espécies de animais. Não se surpreenda se cruzar com um pavão com cauda aberta e colorida dando as boas-vindas especialmente para você.
Centro Histórico
Já no Centro Histórico está a Praça Mauá, onde cinco bondes e um reboque circulam pelas principais ruas e edifícios do pedaço, em um roteiro de 5 km.
Há paradas para embarque e desembarque no Outeiro de Santa Catarina, marco da fundação da Vila de Santos, e no Palácio Saturnino de Brito, onde é possível avistar o Complexo Turístico do Monte Serrat, de cujo topo se tem uma visão 360 graus da cidade. Ao todo, o passeio percorre 40 pontos de interesse histórico, com acompanhamento de guias.
Vila Belmiro
Santos, definitivamente, não é uma cidade chegada a miudezas. Entre seus tesouros, guarda no mais alto patamar uma relação íntima com Pelé, que, apesar de mineiro, fez história dentro e fora do alçapão nos gramados do Estádio Urbano Caldeira, a famosa Vila Belmiro.
Visitar o simpático campo que, nos últimos tempos, viu também as pedaladas de Robinho e os passes de Neymar, é a oportunidade de conhecer o Memorial de Conquistas do Santos Futebol Clube, algo que atrai muitos estrangeiros e também brasileiros, mesmo que torçam para outros times.
Museu Pelé
Em um antigo casarão no bairro do Valongo, Pelé, que já parou uma guerra civil na África, na década de 1960, serve de tema para outro belíssimo museu. Inaugurado em 2014, a casa é dividida em três blocos, que abrigam o acervo do rei do futebol, com direito a uma série de objetos pessoais, bem como troféus, fotos, vídeos, documentos e material impresso.
Isso sem contar as atrações interativas, que são show de bola e marcam a trajetória de sucesso do Rei do Futebol, falecido em 2022.
Atualizada em: 29/10/2024