O que fazer na Serra da Estrela, Cordilheira em Portugal
Há muito o que fazer na Serra da Estrela, uma das regiões mais curiosas de Portugal. É formada por uma cadeia de montanhas em pleno coração do país. No inverno, tem até neve. Em meio aos vales, 16 pequenas cidades vivem, basicamente, do pastoreio de ovelhas e da produção do famoso queijo da Serra da Estrela, uma iguaria cremosa, preparada há séculos de forma artesanal, e cobiçada por chefs de cozinha do mundo todo. Quem já provou sabe o quanto é gostoso.
Foi justamente esse queijinho dos deuses que fez a fama internacional da Serra da Estrela. Entre os portugueses, porém, a região já é bastante conhecida por outros encantos, como as belas paisagens da maior reserva ambiental do país – o Parque Natural da Serra da Estrela – e por suas adoráveis cidades históricas, como Seia, Manteigas, Belmonte, Sortelha e Monsanto.
O turismo nessas regiões é marcado pelo contato com a natureza. Há quem viaje para lá simplesmente para fazer caminhadas em meio à mata, subir nas fragas (grandes rochas) e admirar a paisagem em cada mirante. Outros, por sua vez, preferem circular entre as cidades e provar a boa gastronomia local, que se vale não só dos queijos, mas também dos assados de borrego (carneiro), trutas e enchidos (linguiça) de porco.
Manteigas
Existem vários roteiros possíveis para conhecer a Serra da Estrela, mas nenhuma cidade oferece uma posição tão estratégica quanto Manteigas, a 313 km de Lisboa. O pequeno vilarejo fica bem no coração do parque natural e, justamente por isso, é a base perfeita para explorar a região.
A partir dela, com um carro alugado, é bem simples ir a diversas outras cidades, passar o dia e voltar. As distâncias são curtas. Belmonte fica a meros 26 km. Seia está a 30 km. É só meia hora de carro, seguindo por uma estreita e sinuosa estrada, a N232, que corta a serra ao meio e exibe altos visuais a cada curva.
Belmonte
Belmonte tem uma singularidade extra: está ligada aos primórdios da história do Brasil. Foi lá que nasceu Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil. Filho de uma família nobre e uma das mais ricas da região, Cabral veio ao mundo e cresceu dentro do Castelo de Belmonte, que pode ser visitado.
Uma parte da estrutura original não resistiu ao tempo, mas a muralha e a torre principal continuam em pé. E é no ponto mais alto do castelo que tremula a bandeira do Brasil, ao lado da portuguesa.
Em uma das salas está exposta a réplica da carta de Pero Vaz de Caminha, o escrivão da armada de Cabral, que foi encaminhada ao rei D. Manuel I à época do descobrimento, com os relatos das primeiras impressões sobre o Brasil. O documento original fica na Torre do Tombo, em Lisboa.
Além disso, a poucos metros do castelo fica a sepultura de Cabral. É o chamado Panteão dos Cabrais, onde também estão os restos mortais da família do navegador, seus pais, avós e tios.
Para conhecer a visão dos portugueses a respeito do descobrimento do Brasil, não há nada melhor do que visitar o Museu dos Descobrimentos. A exposição interativa narra desde os preparativos da frota, passando pela travessia do Atlântico, a chegada ao Brasil e os primeiros contatos com os índios.
Aldeias históricas
Belmonte é uma das 12 aldeias históricas de Portugal, um conjunto de pequenas vilas medievais erguidas no alto das montanhas da região e que serviam de fortaleza para conter invasores ao longo dos séculos, de mouros ou espanhóis.
Todas foram construídas com pedras locais, especialmente granito e xisto, e resistiram quase intactas ao passar dos séculos, assim como Belmonte. O excelente estado de conservação dessas vilas deve-se também a um minucioso trabalho de restauração promovido pelo governo do Centro de Portugal, num projeto conhecido como Rede das Aldeias Históricas.
Uma delas é Sortelha, a 20 km de Belmonte, inteiramente erguida com rochas de granito. Quem cruza a porta gótica de entrada da aldeia costuma ficar estarrecido com a beleza do lugar.
O local é cercado por uma muralha oval, com um castelo do século 13 construído no ponto mais alto da colina. É um grande prazer caminhar lentamente em Sortelha, perdendo-se entre as vielas, e admirar os mínimos detalhes dessa bela obra medieval.
Já Monsanto foi eleita em 1938 a “mais portuguesa” das Aldeias Históricas e também surpreende por conta das enormes rochas de granitos naturais aproveitadas como estruturas das casas, sendo utilizadas como paredes ou mesmo teto das construções. Para muitos – e com razão –, esta é a mais bela cidade da Serra da Estrela.
Seia
Outro passeio bate e volta interessante que se pode fazer a partir de Manteigas é o que segue rumo à pequena Seia, a 30 km de distância. Trata-se de uma cidade de vida pacata, onde boa parte dos moradores são pastores de ovelha.
É comum encontrá-los pelas redondezas de Seia, guiando seus rebanhos de ovelhas até em plena estrada. Talvez esse seja o único momento em que você pode enfrentar algum trânsito na Serra da Estrela. Mas ninguém liga, afinal, é do leite desses rebanhos que se produz a grande maravilha da região: o queijo da Serra da Estrela.
De textura amanteigada, o queijo foi eleito em 2011 uma das sete maravilhas da gastronomia portuguesa. Apesar da fama cada vez maior, sua produção segue de forma artesanal. Em algumas quintas, é possível acompanhar, e provar, todo o preparo. Depois de coagular o leite com a flor de cardo e acrescentar uma pitada de sal, o soro é retirado. O queijo então é colocado em um recipiente (redondo ou triangular) para ganhar forma e deixado em uma câmara de cura por cerca de 50 dias. Depois, está pronto para ser consumido.
Torre
Rumo ao sul do Parque Natural da Serra da Estrela, o asfalto da N338 leva ao melhor ponto para admirar a beleza da paisagem: Torre (a 21 km de distância de Manteigas), a montanha mais alta de Portugal, com 1.993 metros, cujo topo pode ser alcançado de carro, sem precisar caminhar.
Entre dezembro e fevereiro, suas encostas estão cobertas de neve e há até uma pequena estação de esqui, com pistas de declives suaves, perfeitas para iniciantes. O nome do local faz referência a uma pequena torre de pedra que, diz a lenda, teria sido construída a pedido do rei D. João VI.
Mas o que impressiona mesmo é a paisagem. No alto dessa bela cadeia montanhosa, o visual é arrebatador, com todo o cenário da Serra da Estrela aos seus pés. Quem vai até lá por volta das 6h da manhã, aos primeiros raios de sol, está diante de um dos mais belos cenários de Portugal.
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Atualizada em: 02/01/2023