O que fazer em Fátima e arredores
Portugal é um país tão especial e tão repleto de atrações que tem suas próprias sete maravilhas. São elas: Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém, Palácio da Pena, Castelo de Óbidos, Mosteiro de Alcobaça, Castelo de Guimarães e Mosteiro da Batalha.
Este último está a menos de duas horas de Lisboa para quem segue pela estrada Nacional 1, pontuada por belas paisagens e povoados que parecem ter parado no tempo. A rodovia passa bem em frente ao mosteiro, o que torna impossível ignorá-lo.
Inaugurada em 1517, a edificação é uma das maiores obras-primas do estilo gótico português, e há uma interessante história sobre a construção da grande abóbada da Sala do Capítulo. Diz-se que o arquiteto responsável, Afonso Domingues, era cego, e poucos acreditavam que, ao se retirar os escoramentos, a construção se manteria de pé.
Para provar que seus cálculos estavam corretos, o arquiteto teria ficado sozinho sob a abóbada e ordenado que a deixassem sem os materiais de apoio, pois se a “casa caísse” ele seria o único morto. Como a sala está de pé há cinco séculos, Domingues provou ser mesmo bom em matemática.
A única parte gratuita da visita é a nave central. Mas não fique só nesse pedaço, pois grandes belezas se espalham por todos os cantos do mosteiro.
O monumento é todo grandioso, mas preste atenção a um lugar que, por vezes, passa despercebido por ficar na parte traseira do conjunto: as capelas imperfeitas. Procure por elas. Trata-se de um mausoléu com sete capelas a céu aberto, pois a construção não foi concluída – talvez por isso mesmo elas sejam tão especiais.
As paredes parecem rendas aplicadas sobre as pedras e, lá dentro, estão os restos mortais de um casal de nobres, num ambiente solitário e enigmático.
Santuário de Fátima
A mesma estrada Nacional 1 que liga Lisboa a Batalha alcança Fátima, 20 km depois do mosteiro. A cidade dedicada à santa é um dos maiores centros de peregrinação católica do mundo e atrai, em média, 6 milhões de pessoas por ano.
O santuário, que começou com uma capelinha onde, em 1917, as crianças Lúcia, Jacinta e Francisco teriam tido uma visão de Nossa Senhora, hoje ocupa uma área com o dobro do tamanho da Praça de São Pedro, no Vaticano.
O lugar mais procurado – e onde se observa as maiores demonstrações de fé – é a Capela das Aparições. Era ali que ficava a azinheira junto à qual a mãe de Jesus teria surgido para as crianças. A árvore acabou destruída pelos peregrinos, que arrancavam galhos e folhas para levar de lembrança; hoje, em seu lugar, foi posta uma imagem de Nossa Senhora.
Ali ocorrem missas várias vezes ao dia, em diferentes idiomas; ao lado, está uma área onde ficam acesas centenas de velas. É impossível não ser tocado pelo sussurro das orações, que se junta à marcante imagem das velas ardendo.
Também integra o santuário a gigantesca Basílica da Santíssima Trindade, inaugurada em 2007 e que recebe cerca de 8 mil fiéis de uma só vez – o que é mais que prudente, já que a basílica original, de 1953 e onde estão enterrados os três pastorinhos que tiveram a visão da santa, não comportava mais tantos visitantes.
Como tudo em Fátima tem relação com o milagre e seus protagonistas, outros pontos que são chamarizes católicos são a Casa dos Pastorinhos, na vila de Aljustrel, onde é possível encontrar, intacto, o ambiente que cercava a vida das crianças que tiveram a visão.
Há ainda o Museu de Cera e a Via Sacra, com 14 capelas que representam as estações da Paixão de Cristo.
Como ponto de peregrinação e de grande devoção de fiéis do mundo inteiro, Fátima é, dia sim e no outro também, um lugar cheio. Para evitar uma multidão ainda maior do que a habitual, evite fazer o passeio em qualquer dia 13, em especial 13 de maio, data que marca a primeira aparição da Virgem Maria. A quantidade de pessoas nesses dias pode ser assustadora.
Óbidos
No caminho entre Lisboa e Fátima, você ainda pode passar por Óbidos, a 80 km da capital. Tomada por casinhas brancas com faixas azuis ou amarelas na fachada, quase todas adornadas com vasos de flores coloridas nas sacadas, a cidade é uma graça.
Muito desse esmero se explica pelo fato de que, por 600 anos, Óbidos foi gerida por mulheres. É que, em 1228, o lugar já era tão especial que o rei Dinis fez dele o presente de casamento à mulher Isabel. A partir daí, o comando da vila pelas senhoras virou tradição monárquica e durou até o século XIX.
O zigue-zague pelas escadarias e ruas de pedras leva ao castelo, o qual remonta ao século XIII. Se altura não for problema, dá até para andar sobre as muralhas desprotegidas e ser presenteado com uma paisagem de campos e mais campos a perder de vista.
Outra atração que não dá para ignorar ao andar pela região é a Igreja de Santa Maria, cujo teto é forrado de pinturas.
Nazaré
Como Óbidos é pequenina e pode ser visitada em poucas horas, quem vai até lá tem a chance de dar uma esticada, no mesmo dia, até Nazaré, uma pacata cidade à beira-mar. Ela ganhou fama por abrigar as maiores ondas do mundo, com quase 30 metros.
Um dos pontos mais históricos da região é o Sítio de Nazaré, no topo de uma falésia, que guarda o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, o Forte de São Miguel Arcanjo e a Capela da Memória. Esse templo é pequeno, mas dono de uma bela lenda.
Em 1183, dom Fuas Roupinho, espécie de prefeito local, estava a cavalo perseguindo um veado que fugiu em direção ao precipício. Aí um forte nevoeiro se formou, e só muito perto do penhasco Roupinho percebeu o despenhadeiro.
Crente de que cairia, o homem, então, suplicou à Virgem Maria que o salvasse. Foi quando o animal fincou as patas no rochedo, evitando a queda do cavaleiro. Ainda hoje, é possível ver uma marca cravada nas pedras, que seria das patas do cavalo. Em agradecimento ao milagre, foi ali erguida a capelinha.
Ao lado de Nazaré está uma parada imperdível para os que gostam de apreciar detalhes arquitetônicos e histórias de amor: o Mosteiro de Alcobaça, erguido em 1178. Ele abriga os restos mortais do casal tido como Romeu e Julieta portugueses: D. Pedro (que ocupou o trono português, mas, como nasceu em 1320 e morreu em 1367, é bem diferente do d. Pedro que governou o Brasil no século XIX) e Inês de Castro.
Os túmulos estão um em frente ao outro para que, segundo escreveu-se em Portugal, “possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do Juízo Final”.
Além dos lindos jazigos do casal, merecem visita no mosteiro o Claustro do Silêncio; a Sala dos Reis, com estátuas de quase todos os monarcas portugueses; e a curiosa cozinha, cortada por um córrego, onde os monges pescavam.
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Atualizada em: 02/01/2023