O que fazer em Coimbra e arredores
Quando uma pessoa quer se referir a algo que não tem como consertar ou não tem mais jeito, é comum dizer “agora Inês é morta”, sem ter a menor ideia de que, por trás dessa expressão, existe uma linda e trágica história de amor que se desenrolou em Coimbra, onde há muito o que fazer. Foi o romance, no século XIV do príncipe herdeiro Pedro com Inês de Castro, que estão enterrados em Alcobaça.
Pedro era casado e se apaixonou por Inês, dama de companhia de sua mulher. Embora fosse um amor proibido, eles não o negaram. Mesmo depois de Pedro ter ficado viúvo, o relacionamento dos dois continuou sendo malvisto pela corte e por seu pai, o rei D. Afonso IV, que mandou assassinar Inês durante uma viagem do filho. Pedro entrou em confronto com o pai e foi apaziguado pela mãe, a rainha Beatriz, mas jurou vingança.
Assim, quando se tornou rei, além de “caçar” os assassinos, mandou que desenterrassem o corpo da amada e vestissem-na com trajes reais, para que fosse coroada rainha de Portugal. O rei ainda obrigou a corte a beijar a mão do cadáver, numa extremada história de amor imortalizada por Camões: “[…] A mísera e mesquinha, que depois de morta foi rainha”.
Diz a lenda que Inês morreu perto de um laguinho, chamado Fonte das Lágrimas. Ele fica na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, palacete hoje transformado em hotel de luxo.
Os nativos, com todo o tom dramático peculiar aos portugueses, contam que a alma de Inês ainda percorre os jardins à procura de Pedro; alguns também gostam de mostrar uns fungos vermelhos no fundo do casarão, garantindo que é o sangue da rainha morta que ali permaneceu. Lendas à parte, o fato é que os benditos fungos já foram bastante estudados e descobriu-se que existem apenas nessa pequena parte do lago.
Por conta de tudo isso, os parentes do sofrido príncipe Pedro dominam a história de Coimbra. No altar do Convento de Santa Clara Nova, está o caixão de prata da rainha Isabel, sua avó, considerada santa, cujo corpo encontra-se naturalmente intacto, mesmo passados mais de 650 anos de sua morte.
E é dessa vizinhança que se garante uma foto de cartão-postal, com a universidade – uma das mais antigas do mundo e de grande prestígio na Europa – e o casario à sua volta refletidos no Rio Mondego.
Universidade de Coimbra
Grande atração de Coimbra, a universidade foi fundada por D. Dinis, marido da rainha santa e avô de Pedro. Cruzar o Arco da Almedina e perambular pelas ladeiras que levam até ela rende um belo passeio e, uma vez no grande pátio do centro acadêmico, visite a Biblioteca Joanina, a Sala dos Capelos e a Capela de São Miguel.
Não se assuste se, durante a visita, a cabra, como é chamado o sino da faculdade, tocar. Ela e a torre do relógio são os marcos da cidade e regem os horários dos capas negras, estudantes que vivem ali alguns dos melhores anos de suas vidas.
Depois, tome o caminho da Baixa, o centrinho medieval, e perca-se por seus labirintos. É lá que está a Igreja de Santa Cruz, onde Santo Antônio foi ordenado padre no século XIII e onde estão enterrados o primeiro e o segundo reis de Portugal.
Ali pertinho há uma pequena, porém famosa, pastelaria chamada Palmeira, que tem um dos melhores pastéis de nata de todo o país. Na porta ao lado, está a farmácia Central, a mais antiga da cidade, onde os turistas costumam entrar para dar uma espiada.
A cidade dos canais
De Coimbra, vale a pena rodar 68 km até Aveiro, cidade carinhosamente batizada de “Veneza portuguesa”, por causa de seus canais, pontes e das pequenas embarcações que circulam por lá, os moliceiros (barcos usados para coletar algas, chamados moliço, e que agora têm função turística). Na realidade, os tais canais são uma ria, configuração geográfica formada pela foz de um rio, chamada Ria de Aveiro.
A cidade mescla muito bem uma atmosfera jovial com um toque tradicional, exibindo lindos edifícios art nouveau. A Casa Major Pessoa, a qual abriga o Museu da Arte Nova, é a mais emblemática dessas construções.
Um passeio ainda mais gostoso começa na Praça Humberto Delgado, em cima do Canal Central e a curtas distâncias a pé de quase todos os lugares a se visitar. É de lá, por exemplo, que partem os tours dos moliceiros, que percorrem alguns braços da ria.
Na volta, explore os arredores do Canal Central, passe pelo Mercado de Peixe e pelo antigo bairro dos pescadores, visite o Museu de Aveiro e, claro, prove um doce típico: os ovos moles.
Já na Praia da Costa Nova, a alguns quilômetros do centro, você verá as antigas casas de pescadores. Chamadas palheiros, são todas coloridas, listradas e tombadas como Patrimônio Municipal da Câmara de Ílhavo, vila cuja história está ligada à pesca de bacalhau.
Por isso, ostenta uma atração curiosa: o Aquário dos Bacalhaus, na última parte do Museu Marítimo e único do gênero no mundo. Quem diz que nunca viu cabeça de bacalhau vai conseguir observar esses peixes inteiros, nadando bem vivinhos.
Condeixa-a-Velha
Se você vai de Lisboa para Coimbra, experimente também parar em
Condeixa-a-Velha, , já nos arredores da última. Ali se exibem as maiores ruínas de uma cidade romana em Portugal e uma das mais importantes da Península Ibérica: Conimbriga.
Embora a origem seja celta, foi sob domínio romano que a cidade teve seu auge, durante o século 1º da era cristã, quando era um importante ponto estratégico entre as cidades de Lisboa e Braga, na época conhecida como Olisipo e Bracara Augusta.
A visita pode ser iniciada pelo pequeno Museu Monográfico de Conimbriga e então prosseguir até as ruínas em si. Ainda é possível observar as muralhas que serviam de proteção, bem como um projeto urbanístico sofisticado com aqueduto, fórum, habitações e termas.
Há também uma área com ruínas de casas senhoriais, onde o chão, todo de mosaico, traz desenhos geométricos e mostra uma rica composição policromática.
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Atualizada em: 28/12/2022