Ponte do Rio Kwai se destaca nos arredores de Bangkok – Voupranos

Ponte do Rio Kwai se destaca nos arredores de Bangkok

Adobe Stock: Ponte sobre o rio Kwai – Sirastock

Depois de bem explorar as cercanias da capital da Tailândia, Bangkok é difícil escolher para que lado seguir nos arredores. Para o norte, dono de traços culturais bem peculiares por conta do antigo reino Lana, influenciado pelos invasores birmaneses, os passeios estão mais ligados à natureza e aos animais.

A região também guarda a cidade de Chiang Mai, um dos principais centros budistas do país. Já a parte ao sul do país é famosa pelas praias literalmente cinematográficas. Ou seja, ambas contam com atividades para lá de especiais, não? O negócio, então, é deixar Bangkok e começar a serpentear pelo mapa tailandês, alcançando a cidade de Kanchanaburi, na província homônima, a 160 km a noroeste da capital.

Adobe Stock: Wat thumsaue kanchanaburi – Stockphoto Mania

A grande atração por lá é o Rio Kwai, famoso por sediar alguns episódios da Segunda Guerra Mundial, os quais foram parar, em versão bastante romanceada, no oscarizado filme A Ponte do Rio Kwai (1957), com Alec Guiness no papel do coronel britânico Kol Nicholson.

Para quem não viu o filme e não tem a menor ideia do que um rio no país tem a ver com a guerra, é o seguinte: em 1942, a Tailândia declarou guerra à Inglaterra e aos Estados Unidos e permitiu que tropas do Japão ocupassem seu território. Aproveitando a autorização, os japoneses construíram uma ferrovia ligando a Tailândia à então Birmânia, incluindo uma ponte, com trilhos, no Rio Kwai Yai (na região há também o Rio Kwai Noi).

Adobe Stock: Ponte River Kwai – Nopporn

A obra foi concluída em menos de três anos, mas não sem cobrar um preço alto. Por conta de doenças e maus-tratos, estima-se que, durante as obras, tenham morrido 16 mil prisioneiros de guerra, mais 90 mil trabalhadores asiáticos, fazendo o caminho também ser chamado de “ferrovia da morte”.  Para piorar, os ingleses tentaram explodir a ponte várias vezes, a qual foi refeita pelos japoneses após o conflito, conservando uma parte original.

Hoje, fora do horário da passagem de trens, a estrutura fica aberta para quem quiser caminhar sobre ela, embora nem todo turista, mesmo que curioso, atravesse-a inteiramente, já que não há muito o que ver do outro lado.

Adobe Stock: Ferrovia da Morte – Banjongseal324

O bacana é que Kanchanaburi não depende apenas dessa curiosidade histórica para entreter visitantes. A região é abraçada por uma área montanhosa declarada parque nacional, o que se traduz em florestas e muitos rios serpenteando pela mata, aproveitados pelos turistas que se hospedam nos hotéis erguidos à beira d’água. Tudo é muito simples, mas confortável; não há luz elétrica, só lamparinas, e as refeições são feitas à luz de velas. O silêncio é impressionante, principalmente à noite, quando só se escuta o som dos insetos e da água correndo no rio. Para completar o relax, as famosas massagistas tailandesas oferecem seus serviços em muitos desses empreendimentos.

A experiência mais típica é ficar nesses hotéis flutuantes, no entanto, quem não abre mão de ar-condicionado e de estrutura e conforto maiores encontrará por ali muitos resorts de alto padrão, que nada devem a qualquer resort do Caribe. E o melhor: os preços são bem bons.

Adobe Stock: Rio Kwai Noi – Parichart

Norte da Tailândia

No norte do país, já um pouco mais afastado da capital, está Chiang Mai, onde encontram-se diversos templos e um surpreendente mercado de artesanato. É de Chiang Mai que saem voos para a região montanhosa de Mae Hong Son, quase na fronteira com Mianmar.

Esse local é habitado pelas karens, mulheres conhecidas como “long necks” ou pescoços compridos. A partir dos quatro anos de idade, elas passam a usar argolas de metal no pescoço. A cada ano, um novo anel é acrescentado. Esse procedimento faz com que o pescoço aumente exageradamente, sendo sustentado apenas por cartilagens, e não mais por vértebras.

Adobe Stock: Templo Branco ou Wat Rong Khun – Kobozaa

Fuja das gafes

Confira algumas dicas para se dar bem na Tailândia: – Os tailandeses, em especial os do interior, se assustam diante de pessoas estressadas, impacientes e mal-humoradas. Eles só vão atendê-lo se você estiver na mesma vibe em que eles estão. E a mudança de comportamento não deve ocorrer nem na hora das compras, mesmo que o vendedor seja insistente e inconveniente.

– Um dos passeios mais recorrentes numa viagem à Tailândia é visitar templos budistas. Além de pontos de oração e meditação, eles servem de morada para os monges, que, por meio da privação de todos os desejos carnais e materiais, esperam alcançar a plenitude espiritual e a felicidade total. Para evitar que o desejo corrompa seus ideais, os religiosos não costumam se dirigir diretamente às mulheres, o que deve ser respeitado mesmo pelas turistas. Certo recato também deve ser mantido na visita aos templos: roupas discretas e não muito curtas são boas escolhas. E lembre – se: como esses locais são considerados sagrados, você só circulará por ali com os pés descalços.

Adobe Stock: Doi Suthep, Chiang Mai – GISTEL

– Seja seu interlocutor um monge ou não, você não deve cumprimentá-lo com um aperto de mão, muito menos com um beijo. Para saudar um nativo, use o wai, gesto de juntar as palmas das mãos diante do peito, que pode ser acompanhado de uma leve inclinação do corpo para frente. Tocar a cabeça de alguém também é considerado falta de respeito.

– Não cai bem dar manifestações públicas de afeto, como beijos e abraços.

– Os nativos não gostam de ser fotografados, especialmente se estiverem fazendo oferendas a Buda, o que ocorre todas as manhãs.

Adobe Stock: Templo e caverna de Wat Ban Tham – Pierrick

 

Publicado em: 13/01/2025
Atualizada em: 08/01/2025
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