O que fazer na Toscana, romântica região da Itália
Florença é a principal base, mas a verdade é que há muito mais o que fazer na Toscana. De Siena, uma cidade cheia de charme, a vilas medievais e regiões vinícolas memoráveis, confira o que não pode ficar de fora do roteiro desta linda região da Itália.
Siena
Em Siena você pode se esbaldar com os verdadeiros sabores do interior toscano. Pratos clássicos da região são o pici al sugo, espécie de espaguete grosso servido com molho de tomate e bastante alho, e o nhoque ao pesto, feito com manjericão fresquíssimo, castanha pinoli e muito azeite.
Para a turma carnívora, a culinária típica oferece carnes de lebre e de javali, muito usadas para acompanhar molhos, e o enorme bife da costata alla fiorentina. Para arrematar esse banquete, peça um sublime vinho doce, nesse caso acompanhado de biscoito seco de amêndoas.
Uma das lendas mais antigas da região é a do gallo nero (galo preto), repassada há 700 anos e uma das histórias que explicam a persistente rixa entre Siena e Florença.
Como as duas cidades estavam sempre em guerra, os governantes decidiram estabelecer as fronteiras com uma disputa inusitada: dois cavaleiros, um florentino e outro senês, deveriam partir de suas cidades assim que o galo cantasse pela manhã e, no ponto em que se encontrassem, seria definida a fronteira de cada uma.
Os moradores de Siena escolheram um animal branco e bem alimentado, o qual julgavam que iria cantar alto assim que o dia raiasse. Já os espertalhões de Florença optaram por um galo preto que foi mantido em jejum e que, de fome, começou a cantar e se remexer antes do amanhecer.
Assim, o florentino partiu muito mais cedo e encontrou o inimigo ainda perto de Siena. Desde então, toda a zona do Chianti atravessada a galopes apressados pelo cavaleiro de Florença é representada por um galo preto, símbolo do vinho Chianti clássico.
É por isso que, em Siena, tão comum quanto as irresistíveis lojinhas de peças de porcelana são as casas de vinho com a placa do gallo nero, sinal de vinho bom – incluindo os refinados brunello e sassicaia, também toscanos.
Antes, porém, de encher sacolas com porcelanas pintadas à mão, passeie pela cidade. Assim você evita subir as íngremes ladeiras com pacotes pesados. Tão exigente de disposição quanto as ruas de Siena é a Torre del Mangia: a subida dos mais de 400 degraus é feita a pé. Os primeiros 25 degraus são bem estreitos, e o teto não passa de 1,60 metro. Apesar do desconforto inicial, a vista lá de cima é fantástica.
Do topo da estrutura de 102 metros, o que faz dela a segunda torre medieval mais alta da Itália, você percebe que a Piazza del Campo tem forma de leque.
Lá de cima, também dá para notar que a torre é ainda mais alta do que o Duomo. É que a cidade não apoiava a Igreja entre os séculos XII e XIV, e por isso não tinha obrigação de fazer suas construções mais baixas do que o principal templo católico local.
Construída em 1325, a Torre del Mangia tem esse nome (algo como “torre de quem come”) porque o homem que tocava os sinos do primeiro campanário era um tipo comilão e gastador, o qual, mesmo depois da instalação de um relógio mecânico em 1360, continuou a nomear a estrutura. A curiosa mania de dar apelido a tudo é mesmo um hábito local. Até os jóqueis que disputam o Palio, corrida de cavalos realizada todo ano em 2 de julho e 16 de agosto, na Piazza del Campo, nunca são chamados pelo nome, mas por apelidos engraçados inventados pelos torcedores, como Confusão e Trançadinho.
Como quase tudo de interessante fica no entorno da Piazza del Campo, vá intercalando a visitação desses pontos com pit stops em cafés e lojinhas, que estão por toda a vizinhança.
Assim, você verá tudo – o inacabado Duomo de Santa Maria Assunta, que mescla mármore branco, vermelho e verde, cores que estão na bandeira italiana; os museus arqueológicos Santa Maria della Scala; e o Batistério de San Giovanni, que reforça a estrutura da catedral.
Rota do Chianti
Se tem uma coisa que fica na memória de quem faz a rota do vinho chianti é o perfume de suas terras. Mesmo que a estrada seja circundada de videiras, oliveiras e ciprestes, é marcante o cheiro de alfazema.
Ela cobre campos, enfeita os íngremes caminhos até as pequenas cidades de San Gimignano e Monteriggioni e forma uma manta lilás em torno de castelos, como o imponente Brolio, casa do vinho Barone Ricasoli, que merece a visita.
San Gusmè e Volpaia
A dica mais importante ao fazer a rota do Chianti é começar o passeio cedo. Assim, dá para parar em cada pequena cidade do caminho, como as bucólicas San Gusmè e Volpaia.
Nelas, você se dará conta de que está mesmo na Itália por causa da presença constante de velhinhos sentados à frente de casas de pedra, vestidos à moda antiga e olhando o “movimento” – Volpaia e San Gusmè são tão pequenas que, em dez minutos, dá para ver tudo, ainda que sempre haja um motivo para se demorar mais um pouco.
San Gimignano e Monteriggioni
Nesse caminho etílico, reserve um tempo maior a San Gimignano e Monteriggioni, mais dois exemplos da grandeza da Toscana medieval. Assim como Siena, ambas estão localizadas no alto de colinas, que se erguem a mais de 300 metros, e ficam dentro de muralhas de pedra.
Mas não é apenas a herança histórica e arquitetônica que chama a atenção nessas gracinhas de cidades, principalmente em San Gimignano. Antes mesmo de cruzar os portões – cada ponto da muralha tem o seu, permitindo que se entre na cidade por diferentes locais –, percebe-se que seu perfil é marcado por várias torres. Hoje são 13, mas na Idade Média elas chegavam a 70, simbolizando a riqueza das famílias locais.
Menor e mais tranquila é Monteriggioni. A cidade foi construída por Siena entre 1214 e 1219, para que dali os senhores seneses controlassem a estrada Francigena, por onde passavam exércitos inimigos, comerciantes e peregrinos que seguiam da França em direção a Roma.
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Atualizada em: 28/12/2022