O que fazer em Punta del Este
Adobe Stock: Sunrise at Playa Brava beach in Punta del Este, Uruguay – RicardoO primeiro passo na hora de planejar o que fazer em Punta del Este é saber que o melhor jeito de chegar lá é desde Montevidéu, pela estrada. Seja de carro, ônibus ou transfer, você estará na Ruta Interbalnearia, que, como o nome diz, conecta todos os pequenos balneários nos arredores da capital uruguaia.
Se pelo ar você conseguiria enxergar como o Rio da Prata começa a se abrir para o Oceano Atlântico, algo realmente lindo de ver (dizem que até do espaço dá para perceber a mudança de tonalidade das águas mais amarronzadas rumo às mais azuladas), pela janela você ainda não enxerga nenhum azul, apenas as entradinhas pacatas dos povoados.
Assim a viagem segue até que, uma hora, passando o aeroporto de Laguna del Sauce, na altura do km 113 da IB (como se abrevia o nome da estrada), se você abrir as janelas, vai perceber o aroma salgado, com a brisa do mar tocando seu rosto.
Eis então que uma pequena elevação na ruta já antecipa: a imensidão à sua direita, na forma do contorno do lombo de uma baleia, é Punta Ballena, que anuncia a entrada ao balneário mais famoso do Uruguai – e, talvez, da América do Sul. Como são poucas as elevações em um país tão plano, vai ser fácil de perceber.
Casapueblo
Quem chega a Punta del Este vindo desde a capital dificilmente percebe os 50 quilômetros da viagem passarem, de tão rápido que é o trajeto, mas já sente uma atmosfera bem diferente.
Uma boa ideia é aceitar o convite da placa que diz: “Ruta Panorámica”, indicando uma entrada à direita. Trata-se de um pequeno trecho de estrada que acompanha um braço de terra que invade o mar, terminando em forma de penhasco. Um mirante perfeito para se sentir dentro do oceano.
Não é à toa que, nesse mesmo braço de terra, esteja localizado um dos cartões-postais mais famosos do pedaço: a Casapueblo. O hotel icônico de casinhas brancas dependuradas é o fundo perfeito para uma selfie – mas quem se hospeda pode se sentir dentro de uma obra de arte.
A Casapueblo foi criada por um artista plástico muito querido pelos uruguaios, chamado Carlos Páez Vilaró (1923-2014), que começou a construir sua obra mais famosa nos anos 1950 – primeiramente, era apenas uma casinha, mas logo ela foi unindo outra residência, e mais outra, e virou o que ele mesmo chamava de uma “escultura habitável”.
De tão diferente, a obra levou Vinicius de Moraes, amigo de Vilaró, a compor a música A Casa, aquela muito engraçada, que não tinha teto, não tinha nada.
Praias
A Praia Mansa de um lado e Praia Brava, do outro, são as faixas de areia mais centrais de Punta del Este. A Mansa é boa para crianças e para assistir ao pôr do sol, que cai bem ali. Ela é sempre acompanhada pela Rambla, a avenida beira-mar, sinalizada por placas com os números da “parada”.
A cada quarteirão (às vezes dois) esse número muda, em ordem decrescente em direção ao centro, onde ficam tanto a Parada 1 da Mansa quanto da Brava, que também “sai” de lá.
Ela começa justamente em outro ponto implacável para fotografias: a escultura de dedos gigantes feita pelo artista plástico chileno Mario Irarrázabal no verão de 1982 durante um festival de artes, chamada “A Mão”. Tal como a Torre Eiffel, a obra foi feita para ser provisória e acabou se tornando um ícone do lugar.
Muito inusitada, a mão emergindo da areia logo recebeu um apelido: “monumento aos afogados”. O nome, obviamente, não condiz com a intenção do criador, mesmo que as praias que ali se anunciam sejam, de fato, de mar mais agitado.
Assim mesmo é a Brava, com mais ondas e menos estrutura. Seguindo pela orla, chega-se a essa faixa de areia de Punta depois de atravessar o rio por uma ponte com estrutura ondulada, como se fosse formada por duas corcovas.
A Barra tem um astral mais hippie, com barzinhos pé na areia e pequenos núcleos de comércio mais despojado. As praias que surgem a partir dali são menores, mais escondidas.
Muitas delas são palco de agito, com um detalhe importante: a cada verão, a praia do momento muda. Se em um ano Montoya atrai mais gente para curtir DJs, desfiles e outras baladas promovidas por marcas de sucesso, no outro é a vez de Bikini, Solanas, Portezuelo…
E praia tranquilinha, tem? Tem também – e quanto mais você se afastar do centro, mais chances tem de encontrar, até chegar à pacata José Ignacio, um antigo povoado de pescadores que hoje é refúgio (não tão secreto) de celebridades do mundo todo.
Prepare-se também para ser surpreendido por modismos inusitados. Tudo pode ser moda por lá, como ponchos como saídas de banho. As areias puntaesteñas também já viram passar moças de biquíni com meia até os joelhos, plataformas cada vez mais altas e já celebrou a chegada do colaless (expressão local para o fio dental).
Passeios de barco
O mar – sempre gelado, vale lembrar – é protagonista de outras atrações de Punta del Este, tais como o porto (onde ancoram iates milionários e veleiros que participam de regatas ou estão dando a volta ao mundo) e as ilhas. Há barquinhos e lanchas que levam às duas mais famosas: a Isla de Lobos, que mantém uma grande população de leões-marinhos, e a Gorriti, que já foi locação da revista Caras argentina.
Também há o Museo del Mar, que exibe desde uma coleção imensa de conchas e caracóis até ossadas de baleia, passando por relíquias de naufrágios e de piratas. E, como esquecer deles, os mexilhões! Abundantes nas rochas presentes em toda a costa, são uma delícia e podem ser adquiridos no porto ou nas pescaderías.
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Atualizada em: 05/01/2023