O que fazer em Cartagena das Índias
Cartagena das Índias é o destino número um da Colômbia e brilha soberana na costa caribenha do país. Nas últimas décadas, os turistas invadiram a cidade à procura de o que fazer, com o mesmo ímpeto dos antigos piratas que, no passado, tentavam roubar o ouro dos espanhóis que lá desaportavam.
Hoje, quem chega à região encontra uma das cidades históricas mais impressionantes da América do Sul, com toda a parte antiga cercada por uma espessa muralha de 20 metros de altura, construída entre os séculos XVII e XVIII, o que dá a Cartagena o aspecto de cidade medieval, ainda que esteja fincada em pleno trópico caribenho.
Fundada em 1533, a cidade foi a mais importante da América colonial espanhola. Para lá seguia todo o ouro que os espanhóis conseguiram pilhar dos incas, bem como a prata retirada das minas de Potosi, na Bolívia.
Tamanha riqueza explica a cobiça dos piratas e a construção da muralha para defendê-la dos ataques.
Gabo
No centro antigo envolto pelas muralhas e tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, monastérios, palácios e igrejas coloniais espalham-se por um emaranhado de ruas estreitas. Passar pelo arco amarelo da torre do relógio, a principal entrada para a região, é como entrar em um túnel do tempo e rebobinar alguns séculos de história.
Muito emblemáticos são os antigos casarões pintados com cores alegres e que ostentam simpáticas varandas de madeira, das quais despencam flores sobre as ruelas. Elas são a cara da cidade. Muitas dessas casas abrigam restaurantes e hotéis. E todas têm uma história para contar.
É caso, por exemplo, do Monastério de Santa Clara, hoje sede do hotel mais luxuoso da cidade. Quando o edifício foi reformado para ser transformado em um cinco estrelas, foram descobertas por lá as criptas onde as monjas eram enterradas.
Na retirada dos restos mortais, havia um misterioso crânio de uma menina com uma vasta cabeleira intacta. O episódio aguçou a imaginação de certo escritor colombiano, Gabriel García Marquez, prêmio Nobel de Literatura, que contou a história na obra Do Amor e Outros Demônios.
Gabriel García Marquez, ou Gabo, como foi carinhosamente apelidado, morou em Cartagena e dela tirou inspirações para outra obra famosa, Amor em Tempos de Cólera, no qual o personagem Florentino Ariza espera por 51 anos, nove meses e quatro dias por sua paixão da juventude.
A Praça Simón Bolívar também serviu de inspiração para o romance escrito por Márquez. Nesse local, na arcada repleta de colunas, Florentino foi dramaticamente rejeitado por Fermina.
O astral por lá, entretanto, não é de tristeza, muito pelo contrário. A qualquer hora do dia, artistas fazem performances, cantam, dançam e dão piruetas para chamar a atenção dos turistas que se protegem do calor à sombra das frondosas árvores.
É nesta mesma praça que está o Palácio da Inquisição, onde eram julgados os crimes contra a fé. Trata-se de uma das edificações típicas mais bonitas da cidade, mesmo tendo um passado sombrio.
A Inquisição em Cartagena foi bastante ativa durante mais de dois séculos, tempo em que realizou 12 autos de fé (as execuções coletivas), nos quais os condenados eram queimados vivos em praça pública.
Transformado no Museu Histórico de Cartagena das Índias, o Palácio da Inquisição dedica seu primeiro andar à história da “caça às bruxas”, com instrumentos de tortura e fotos horripilantes. Já o segundo andar exibe a história da cidade e conta com uma bela coleção de objetos de arte pré-colombiana.
De noite
Cartagena tem uma vida noturna agitada, a cidade só costuma dormir depois de uma boa salsa. Muitos bares colocam mesas nas praças, sob a luz romântica dos velhos lampiões. A atmosfera da cidade à noite é ainda mais bárbara.
A fiação elétrica é toda subterrânea, o que livrou o centro antigo de postes que pudessem descaracterizá-la. Ao anoitecer, a atmosfera de antigo burgo medieval de Cartagena é ainda mais evidente.
Castillo de San Felipe de Barajás
Fora do centro histórico, o passeio mais conhecido é o que leva ao Castillo de San Felipe de Barajás, uma baita fortaleza construída pelos espanhóis em 1657, sobre o morro de São Lazaro. Parte do sistema de defesa da cidade, a edificação conta com uma gigantesca estrutura de pedras que impressiona o visitante.
Vá preparado para o calor, no entanto, pois ele é potencializado pela umidade que transforma Cartagena numa sauna, sobretudo nos meses mais quentes, o que dificulta bastante a subida até o Castillo. O alívio é caminhar pelos túneis e galerias internas do castelo, onde há bastante sombra.
O bairro de Getsemaní, por sua vez, atrai visitantes por conta de suas ruas com grafites multicoloridos. Já em Bocagrande estão os condomínios residenciais de luxo e os hotéis à beira-mar. Por essas bandas, o programa é mesmo curtir a água, caminhar na orla e aproveitar os serviços de bar, shoppings e restaurantes.
Esmeralda colombiana
Não é preciso sair de Cartagena das Índias, porém, para conhecer um de seus maiores tesouros: as lojas de luxo e joalherias que vendem a valiosa esmeralda colombiana.
Cobiçada no mundo inteiro, a pedra apresenta características marcantes no que se refere a tamanho, cor, pureza e brilho. Os maiores shoppings ficam no caminho das atrações turísticas e abrigam desde butiques de famosos estilistas colombianos até perfumarias e grandes marcas internacionais, como Benetton, Versace e Lacoste.
Destaque para os centros comerciais de Bocagrande, do Paseo de la Castellana, de Ronda Real e do bairro de Getsemaní. Nos destinos dos arredores de Cartagena, também é comum encontrar a famosa esmeralda à venda.
Gastronomia
Seja em Cartagena das Índias, seja nos arredores, prepare-se para comer bem durante a viagem para a Colômbia. Algumas especialidades típicas da cozinha local fazem o brasileiro se sentir em casa. Tem goiabada (que eles chamam de bocadillo), romeu-e-julieta (quesadillo) e até um quitute que lembra muito o nosso pão de queijo.
A moda das cevicherias também está em alta por lá. Nelas, você sempre poderá saborear os tais cubos de peixe marinado próprios da culinária peruana. A semelhança com a gastronomia de países vizinhos, no entanto, acaba aí.
Os pratos típicos locais mais famosos são a arepa, espécie de panqueca crocante feita com massa de farinha de milho e tostada na manteiga com uma pitada de sal, e a bandeja paisa, uma mistura de arroz, feijão, carne moída, abacate, bacon, banana-da-terra madura, ovos fritos, arepa, morcilla (embutido de sangue de boi ou de porco com arroz e milho dentro da linguiça) e hogao (molho de tomate apimentado).
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Atualizada em: 29/12/2022