Mar azul, areias brancas e muitos mimos: bem-vindo às Maldivas
Avistar do alto as primeiras ilhas de coral em meio à imensidão do Oceano Índico, que oscila entre tons de verde-turquesa e azul-piscina, depois de um longo voo, é a melhor introdução possível às atrações do arquipélago das Maldivas, sinônimo de luxo e exclusividade.
Só de olhar essa paisagem do avião, ainda que de longe, é fácil entender por que o país é um dos destinos top no mundo para casais em lua de mel, adeptos do mergulho e turistas em busca de mordomias. A ideia de ir para lá também pode ser a de se desligar do dia a dia e viver, nem que for por uma semana, com duas únicas preocupações: passar protetor solar e relaxar em um cenário idílico.
Malé
A porta de entrada é o aeroporto internacional de Malé, capital do país, uma ilhota apinhada de prédios baixos e coloridos, que vive em meio a uma profusão caótica de motos, carros e gente. O ambiente destoa da calmaria e exuberância natural encontradas nas ilhas ao redor, mas não chega a assustar. A não ser na hora da aterrissagem, já que o aeroporto conta com uma ilha própria e a pista fica bem próxima ao mar. Dali, partem os hidroaviões e as lanchas que levam os visitantes aos resorts da região.
A escolha do meio de transporte até o hotel fica a critério do hóspede, mas, se tiver uma queda pela aventura, vá de hidroavião. Os voos são relativamente curtos, geralmente de 15 a 30 minutos, dependendo da distância, e a experiência de sobrevoar os recifes é inesquecível.
Ao todo, o arquipélago conta com cerca de 1.190 ilhas com corais imaculados, mas a população se divide em apenas cerca de 200. Dessas, quase metade é ocupada por hotéis, cada qual na sua própria ilha, verdadeiros refúgios que garantem privacidade, conforto e muitos mimos.
Paraíso ameaçado
O nível do mar tem subido alguns centímetros todo ano e, segundo ambientalistas, o arquipélago corre o risco de submergir por completo. A causa apontada é o degelo polar, fenômeno que se acentuou nas últimas décadas.
Com 90% do seu território de 90 mil km² de extensão formado por água, as Maldivas estão entre os países mais baixos do mundo – o seu ponto mais elevado tem apenas pouco mais de dois metros de altura acima do nível do mar.
Há alguns anos, o governo local fez uma reunião de gabinete no fundo do mar, com todos os ministros metidos em roupas de mergulho, para chamar a atenção do mundo para a situação dramática. Outra medida que repercutiu mundo afora foi o plano do governo de comprar terrenos em outros países, entre eles a Austrália, para transferir a população quando o mar inviabilizar o país.
Todos esses pensamentos, entretanto, logo se dissipam diante de um coquetel de frutas geladinho que é oferecido ao descer do avião no deque de madeira que leva à recepção dos hotéis locais. É neles que a vida boa se materializa para valer, já que o grande barato em Maldivas é passar o dia curtindo as águas azuis e praias de areias brancas que tomam conta dos empreendimentos, muitos deles fincados em ilhas-particulares.
Oceano infinito
Quem fica rodeado de todo conforto e tecnologia de ponta nos espaçosos bangalôs dos hotéis locais costuma até se esquecer de que está em uma ilha isolada no meio do nada. Mas é só se aproximar da porta de vidro que se abre para um deque de madeira para perceber que aquele sonho é real: o oceano, infinito, se mostra imponente e preenche todo o campo de visão.
É difícil não ser tomado por uma euforia de criança e correr até a escada que dá acesso direto à água transparente, onde se revelam corais vibrantes e uma infinidade de peixes de todas as cores e espécies, ideal para explorar de snorkel. Tudo ali, aos seus pés.
Atrações das Maldivas
Além das praias de areia branca finíssima e água na temperatura certa, as piscinas “infinitas” dos hotéis são as grandes vedetes das Maldivas por conta do seu design em que a água cobre as bordas da piscina, confundindo a linha da água com a do horizonte. O snorkel é outra atividade bastante popular entre todas as idades.
O pedalinho e o caiaque também são bem divertidos, embora exijam um pouco mais de esforço. Para mergulhar no arquipélago, é preciso fazer algumas aulas e treinos, fartamente recompensados pela vista de um navio naufragado no local.
Em busca dos tubarões
Ao contrário de destinos como a Europa, onde fervilham opções de passeios culturais, as Maldivas se destacam por terem outro ritmo. Ficar de papo para o ar (sem peso na consciência de que deveria estar batendo perna, explorando museus e tirando fotos) é geralmente o que atrai os turistas para esse arquipélago.
No entanto, para aqueles que quiserem variar um pouco, uma ótima alternativa é fazer passeios de barco em busca de tubarões-baleia em alto mar e observá-los de perto no seu habitat. Apesar das dimensões assustadoras, com até 12 metros de comprimento e pesando mais de 13 toneladas, essa espécie é completamente inofensiva ao homem, pois é vegetariana: a refeição do tubarão-baleia é o plâncton.
Com sorte, o turista ainda encontra uma família de golfinhos pelo caminho. Nada mal para fechar a viagem com chave de ouro.
Atualizada em: 02/06/2023