Relógio, torre, sino… você sabe o que é o Big Ben?
Muita gente pensa que Big Ben é o famoso relógio que enfeita o campanário do Parlamento Britânico, em Londres. Outros acreditam tratar-se da torre. Mas o nome refere-se, na verdade, ao sino da construção, de 13 toneladas, instalado em 1859, no Palácio de Westminster durante a gestão de Benjamin Hall, então ministro de obras públicas da Inglaterra.
Por Hall ser um homem alto e encorpado, muitos o chamavam de Big Ben (na tradução, o Grande Ben). A origem do nome, no entanto, é controversa, já que há quem o aponta como uma homenagem a Benjamin Caunt, famoso boxeador britânico que morreu em 1861.
Tower Clock
O relógio que estampa a maioria dos cartões-postais ingleses chama-se Tower Clock ou Clock Tower (Torre do Relógio), muito conhecido por seu tamanho e pela precisão fiel ao horário do observatório de Greenwich. Desde a instalação, anuncia com pontualidade britânica as horas cheias – embora uma família de pássaros já tenha conseguido a proeza de pousar em um dos ponteiros e desregulá-lo em cinco minutos.
Fica no alto dos 98 metros da Torre de St. Stephen. Os ponteiros dos quatro mostradores medem 2,7 metros e 4,7 metros.
Badaladas do sino
Todos os dias, a rádio BBC transmite as badaladas do sino. Do lado oposto, a Victoria Tower enfeita o palácio, que pode ser melhor fotografada a partir da margem sul do Rio Tâmisa, entre as pontes de Lambeth e Westminster.
Parlamento Britânico
Visitar o Parlamento Britânico, onde fica o monumento, é um programa interessante. Além de ser um dos edifícios mais belos do mundo, ícone da arquitetura vitoriana, o local é precursor dos parlamentos mundo afora, sem os quais a democracia moderna não existiria. Seu regimento tem origem nos conselhos consultados pelos monarcas ingleses durante a Idade Média – mais para reafirmar a autoridade da decisão real do que para aconselhá-los efetivamente.
Formado por nobres e pelo alto clero, o órgão só deixou de exercer papel meramente figurativo durante o reinado de João I de Inglaterra (1166-1216), que entrou para a história como João Sem Terra, vilão da fábula de Robin Hood e usurpador do trono na ausência do irmão, Ricardo Coração de Leão (1157-1199), que havia deixado o palácio para lutar nas Cruzadas.
As arbitrariedades do monarca resultaram na promulgação da Magna Carta em 1215, primeiro documento em que um rei admite a existência de limites em seus poderes, até então absolutos.
Hoje, quem visita o Parlamento pode conferir o que sobrou do palácio original; apreciar as decorações rebuscadas que levaram seu criador, Pugin, ao hospício; e acompanhar sessões de debates na Casa dos Lordes (equivalente ao Senado) e na Casa dos Comuns (Câmara dos Deputados).
Quem domina o idioma também pode tentar assistir ao Question Time (quartas-feiras, ao meio-dia), ocasião em que o primeiro-ministro comparece ao palácio para ser sabatinado pelos parlamentares.
Atualizada em: 07/06/2023