Linda e fascinante, Copenhagen surpreende os viajantes.
A melhor maneira de conhecer Copenhagen, a capital dinamarquesa, é caminhando pelo centro, com destaque para as ruas de pedestres Købmagergade e Østergade. Amplas, ambas concentram diversas atrações, como vitrines de grifes como Hermès, Gucci, Louis Vuitton, Gucci e Armani, que dividem espaço com papelarias, lojas de bebidas, cafés sofisticados e barraquinhas de cachorro-quente orgânico.
Pelas ruelas transversais despontam perfumadas casas de chá e algumas chocolaterias, entre elas a mais famosa da região, chamada Summerbird (Kronprinsensgade, 11). Vá até lá e compre as amêndoas vermelhas. Acredite, você não irá se arrepender. Se quiser, pode solicitar que a atendente sirva algumas para você provar. A boa notícia é que se falar dinamarquês é quase impossível, quase todo mundo em Copenhagen domina o inglês. Da Summerbird alcança-se facilmente a Strøget, que seria uma rua de pedestres qualquer se não fosse uma das primeiras do gênero no mundo, criada em 1962.
O lugar é emblemático porque não foi projetado em cima de uma ruela medieval sem importância, mas sim em uma das avenidas comerciais mais importantes da cidade. Considerado à época como louco por muitos críticos, que o acusaaram de impedir o progresso e dificultar o trânsito, o urbanista Jan Gehl, responsável pelo projeto, tinha a visão de que a administração pública devia ter como foco as pessoas, e não os carros. O resultado é que o comércio local apresentou números cada vez mais crescentes e a Strøget, para a alegria dos cidadãos de Copenhagen, se transformou em um símbolo de planejamento urbano do mundo moderno.
Passeio de barco
Ao caminhar ou pedalar (há bikes para alugar em todas as esquinas) pelo centro da capital dinamarquesa você se depara a todo o tempo com pontes, torres enfeitadas, parques, teatros e palácios. Mas a melhor maneira de curtir esse visual é a partir dos passeios de barco realizados diariamente nos canais que cortam a cidade. A experiência permite observar, em detalhes, alguns dos principais cartões- postais locais, desde os mais modernos, como o Black Diamond, um prédio futurista que abriga a biblioteca real, e a Opera House, que tem uma das melhores acústicas do mundo, até os mais antigos, como a Bolsa de Valores, um dos prédios mais velhos de Copenhagen, e o Palácio de
Christiansborg, sede do parlamento dinamarquês.
Nada arranca mais “ooohs” dos visitantes durante o passeio, porém, do que o monumento da Pequena Sereia, erguido em um dos canais da cidade em homenagem a Christian Andersen. Pequena como o nome não nega, mais bonitinha que só vendo, a estátua tem mais de cem anos.
Nyhavn
Os flashes que despontam sobre a Pequena Sereia só encontram concorrência à altura quando o barco aporta no descolado Nyhavn, onde uma série de predinhos coloridos abrigam pubs, restaurantes e lojinhas que vivem lotadas, especialmente aos fins de semana e durante o happy hour. Símbolo máximo de Copenhagen (cuja palavra significa Porto de Compras), o point passou por diversas fases históricas. De centro de escoamento de mercadorias e bairro aristocrático no século 17, enfrentou um período de decadência no século 19, quando se transformou em reduto de prostituição frequentado por marinheiros – curiosamente foi nessa fase que Christian Andersen morou por lá e escreveu seus contos mais famosos –, antes de ser revitalizado na segunda metade do século 20.
Quem passa por lá hoje se depara com uma série de barcos aportados (inclusive algumas casas-barcos), que enfeitam o cenário cheio de cores, totalmente revitalizado, e dão toques lúdicos ao clima da área.
Tivoli Gardens
Já em terra firme, o clima de contos de fada pode ser vivenciado em outro ponto imperdível de Copenhagen, o Tivoli Gardens. Inspirado na cultura oriental e também nas obras de Christian Andersen – que, por sua vez, teriam inspirado Walt Disney a erguer a Disneylândia –, esse parque temático, fundado em 1843, é uma joia que merece uma visita demorada.
Uma boa dica é conhecê-lo ao anoitecer, quando o complexo é iluminado e fica ainda mais bonito. Entre abril e setembro, outubro e novembro e dezembro, época em que o parque temático está aberto, as portas só se fecham às 23h. Apesar de contar com uma montanha-russa de mais de 100 anos e outras atrações radicais, o Tivoli atrai mais quem pretende fazer piqueniques nos jardins floridos, caminhar às margens de lagos cênicos e avistar réplicas de pagodes chineses, palácios mouros e outras maravilhas.
Castelo de Rosenborg
Para ver edificações mais realistas, porém, é preciso ir à outra região de Copenhagen, onde está o Castelo de Rosenborg. Construída em 1606 para ser a residência da família real, a fortaleza é pequena, mas extremamente charmosa. De estilo renascentista nórdico, traz os inconfundíveis tijolos à vista que marcam as principais fortalezas dinamarquesas.
Dá para visitar a capela situada dentro do castelo e algumas de suas dependências, que hoje funcionam como museu histórico. Mas o melhor mesmo é passear pelos belíssimos jardins de Rosenborg e ver como o local hoje é bem aproveitado pela população, que vai até lá aos fins de tarde para fazer piqueniques ou apenas relaxar em família, pintar quadros ou ler um livro cercado de muito verde.
Atualizada em: 03/09/2024