João Pessoa conquista cada vez mais o coração dos viajantes
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Adobe Stock: Bairro Altiplano, Paraiba – Daniel Soutinho
Uma feliz combinação de fatores faz de João Pessoa uma cidade com atrações perfeitas para quem quer tirar férias no Nordeste. As praias são belíssimas, a cidade é agradável e os preços nos hotéis e restaurantes são bem mais em conta do que nas suas vizinhas Recife e Natal, das quais João Pessoa está separada por apenas 200 km de litoral – aliás, cheio de belezas para ambos os lados. De quebra, João Pessoa é uma das cidades mais antigas do Brasil e tem um centro histórico bem interessante, com casas coloridas, calçamento de pedras e uma lindíssima igreja, dedicada a São Francisco, que é uma das obras-primas do barroco brasileiro.
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Adobe Stock: João Pessoa, Paraiba – Vernaglia
Tem altares entalhados em madeira e folheados a ouro, azulejos portugueses no adro e no pátio interno. Não faz
feio nem para as igrejas de Ouro Preto. É por essas e outras que quase todo mundo que vai à capital paraibana fica com vontade de se mudar para lá. Agradável e sossegada, nem parece uma capital, pois tem ritmo de interior. O urbanismo é exemplar, especialmente na praia de Cabo Branco, onde uma lei local proíbe construções de prédios com mais de quatro andares.
Dessa forma, não há edifícios fazendo sombra na praia, o que garante banho de sol até o fim da tarde. O calçadão é bem cuidado, com quiosques padronizados. Como se não bastasse, João Pessoa é uma das cidades mais arborizadas do mundo, segundo a ONU. Isso se deve à Mata do Buraquinho, grande reserva de
mata atlântica que está em plena área urbana e funciona como um parque de lazer.
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Adobe Stock: João Pessoa – Marcio
Belas praias
João Pessoa tem 24 km de praias urbanas. As melhores são Cabo Branco e Tambaú, ambas limpas, com arrecifes de corais que deixam o mar calmo, calçadão e quiosques gostosos para passar o dia. No litoral sul paraibano, a
poucos quilômetros da capital, há outra sequência de belas praias. É o caso de Barra de Gramame, a 20 minutos de João Pessoa, que tem barracas rústicas de pescadores na foz do rio Gramame. Ou ainda a praia de Coqueirinho, uma enseada de águas mansas e falésias avermelhadas que lembram as praias cearenses. Lá tem resort e bons restaurantes.
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Adobe Stock: Praia do Cabo Branco – Fernando
Em Coqueirinho, você pode alugar um quadriciclo (com guia) e seguir em caminhos sobre o alto das falésias que levam a mirantes de nomes bem poéticos: Dedo de Deus e Castelo da Princesa. O passeio termina na vizinha praia de Garaú, ao lado de um rio que corre ao lado da praia. A praia mais cobiçada de João Pessoa, porém, é Tambaba, uma faixa de areia semivirgem, com falésias e coqueiros, O trecho mais fotogênico é destinado ao naturismo e, portanto, só acessível a quem estiver sem roupa.
A sorte dos pudicos é que Tambaba também oferece um trecho aberto ao público em geral, que é quase tão bonito quanto o dos nudistas, com duas baías minúsculas e um simpático bar na areia, onde os indecisos tomam cerveja e criam coragem para atravessar a trilhazinha e finalmente arrancar a roupa também. Muitos fazem isso pela primeira vez em Tambaba. E gostam! A praia fica no litoral sul, a 40 km de João Pessoa, com acesso fácil de carro.
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Adobe Stock: Praia do Coqueirinho – Luiza
Piscinas naturais
Outra atração ligada ao mar são as piscinas naturais que se formam entre bancadas de corais que acompanham a costa de João Pessoa. Há dois pontos de visitação com acesso por catamarãs: as piscinas naturais do Picãozinho, que fica a 1 km da praia de Tambaú; e as piscinas do Seixas, a 500 metros da orla, na Praia do Seixas. Durante a maré baixa, o mar clarinho desses lugares volta a ficar raso, morno e cheio de peixinhos, tal como acontece em Porto de Galinhas.
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Adobe Stock: Picãozinho, João Pessoa – Magno
Não deixe de fazer também o passeio de barco até a Ilha da Areia Vermelha, um banco de areia que fica a 2 km da costa, mas que só aparece durante 20 dias por mês e no horário da maré baixa. O refúgio funciona como uma praia de verdade, com direito a mesas para se acomodar e petiscar, já que algumas embarcações são também bares-flutuantes.
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Adobe Stock: Areia Vermelha , Paraíba – Tiago
Pôr do sol musical
Se o dia começa de maneira espetacular na capital paraibana, o mesmo pode-se dizer do momento em que ele acaba. No fim da tarde, alguns minutos antes de o sol se pôr, vale a pena ir até a praia fluvial do Jacaré para ver um sujeito de longos cabelos grisalhos, vestido de branco e com um saxofone nas mãos, embarcar em uma pequena lancha às margens do rio Sanhauá. O barqueiro aciona os motores, começa a navegar bem devagar e o homem, de pé na lancha, começa a tocar no saxofone o célebre Bolero de Ravel. O sujeito é o Jurandy do Sax, que se tornou a maior celebridade da capital paraibana, justamente por repetir todos os dias esse mesmo ritual.
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Adobe Stock: Fim da tarde em João Pessoa – Tiago
Uma multidão de turistas se junta para assistir ao espetáculo na margem do rio, onde construíram um calçadão, cheio de lojinhas de artesanato, e espalharam caixas de som em diversos pontos para ecoar a música. O sincronismo é absurdo. Os últimos acordes do bolero sempre coincidem com o momento em que o sol se esconde no horizonte. O pessoal ouve em respeitoso silêncio, com os celulares nas mãos para filmar a cena. Não se paga nada para assistir, a menos que você queira embarcar nos catamarãs que ficam mais pertinho da lancha do Jurandy. O pôr do sol na Praia do Jacaré é a maior tradição de João Pessoa.
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Adobe Stock: Ponta de Seixas – Luiza
Atualizada em: 17/12/2024