Hong Kong abre as portas do oriente com um toque britânico – Voupranos

Hong Kong abre as portas do oriente com um toque britânico

Adobe Stock: Sergii Figurnyi

De uma vila de pescadores sem grandes atrações, Hong Kong passou a abrigar mercadores britânicos em 1821, que, instalados na vizinha Cantão por conta de uma feitoria montada pela Inglaterra, adoraram a localização privilegiada de seu porto. Na época, a terra da rainha importava chá da China e exportava ópio da Índia.

Adobe Stock: Mirante em Hong Kong – Tawatchai1990

Quando os chineses proibiram o comércio da substância tóxica, a Grã- Bretanha declarou guerra e venceu. Em 1842, foi assinado o Tratado de Nanquim, que emprestou Hong Kong aos ingleses. Em 1997, o país foi transferido mais uma vez para a China, mas o que importa é que, ao longo do tempo, Hong Kong prosperou com um perfil internacional, que todo mundo tem vontade de conhecer.

Adobe Stock: Porto de Hong Kong – Kamonrat

Se esse é o seu desejo, reserve tempo: são 236 ilhas e uma península. Em um lado da baía, na qual está a Ilha de Hong Kong, fica o bairro Central, que reúne um punhado de arranha-céus. Outro tanto deles fica do outro lado, na Península de Kowloon, de onde se avista o belo skyline de Central.

De Tsim Tcha Tsui, ponto extremo da península, é possível curtir diariamente a Simphony of Lights, em que uma porção de prédios da Baía Victoria, por terem criado um sistema especial de iluminação, oferecem espetáculo de luzes que rasga o céu toda noite, às 20h. É inevitável que esse brilho remeta a Nova York ou Toronto – o que deixa Hong Kong muito ocidental.

Adobe Stock: Convento de Chi Lin em Diamond Hill – Orpheus26

Estar na China é uma sensação que se percebe aos poucos, ou aos muitos. Tente caminhar pelas ruas. Dá para sentir no passo curto a quantidade de gente. Para não tropeçar, faça como os locais e, no moderninho bairro do Soho, siga pela maior escada rolante do mundo, com 800 metros de comprimento.

Como o caminho é íngreme, a escada dá um empurrãozinho. Para ajudar na circulação do enorme fluxo de pessoas que passa por ali, a estrutura ligou as áreas de escritórios ao Soho, bairro que adquiriu uma vida agitada em razão dessa passarela.

Adobe Stock: Kowloon, Hong Kong – Richie Chan

Tradição e modernidade

Coloque Victoria Peak, também conhecido como Monte Austin, como a primeira atração da lista. A subida de 552 metros é feita a bordo de um funicular. Inevitavelmente, o embarque terá fila, mas, como o trenzinho leva 120 passageiros e faz 90 viagens por dia, chega-se rapidamente. Mesmo que alguns moradores passem à sua frente – lá, ninguém respeita fila.

Adobe Stock: Vista do bonde Victoria Peak em Hong Kong – Tawatchai1990

Do alto, a vista do mirante Sky Terrace 428 é sensacional. Se quiser outro ângulo igualmente belo, desça e faça o passeio de barco pela baía. Se não fizer o tour completo, cruze ao menos, pelo mar, de Hong Kong a Kowloon, ou vice-versa, para ver das águas a bela Clock Tower. Essa é a torre remanescente da estação ferroviária, que marca as chegadas e saídas do barco da península.

Adobe Stock: Vista do arranha-céu de Hong Kong do pico – Chanchai

É também na água que se dá outro curioso passeio. Sampan é um barco tradicional conduzido por pescadores e que faz um tour em Aberdeen, ao sul de Hong Kong. O ápice é ficar cara a cara com o Jumbo Kingdom, restaurante flutuante tido como o maior do gênero pela capacidade de atender mil pessoas ao mesmo tempo. No caminho, vê-se que Hong Kong também é natureza. Cerca de 40% da região é área verde. A Praia de Repulse Bay é um dos mais belos exemplos.

Adobe Stock: Porto de Hong Kong – Leungchopan

Lantau

Outra dica é Lantau, a maior ilha, antes residência de pescadores e hoje endereço do aeroporto, da Hong Kong Disneyland e do Ngong Ping 360. Esse complexo inclui um teleférico, que percorre cerca de 5 km para chegar à vila de Ngong Ping. Ali ficam o Mosteiro de Po Lin e o Tian Than Buddha, uma das maiores estátuas de Buda ao ar livre do mundo.

Adobe Stock: Estátua de Buda de Tian Tan – Sompao

O turista escolhe o teleférico com a gôndola normal ou a de chão transparente. Ao final do percurso, chega-se frente a frente com o Buda Tian Than, de 34 metros de altura e 250 toneladas, todo de bronze e em posição de lótus. É possível galgar os 272 degraus até ele e, em dia de tempo aberto, avistar Macau e o Mar da China. Da base, o visual já é esplêndido. O Mosteiro de Po Lin, ao lado, ocupa 6.547 m2 e o espaço de orações permite visitação.

Adobe Stock: Teleférico Ngong Ping – Jo Panuwat D

As lojinhas da vila são repletas de suvenires e réplicas do Buda. No mesmo espírito religioso, vá ao Man Mo Temple, de 1847, um dos mais antigos de Hong Kong. Ele fica escondido em meio a edifícios enormes, e as orações são dirigidas a deuses que aparentemente nada têm em comum: o da literatura e o da guerra.

Centenas de incensos são alimento para os espíritos e beleza aos olhos ocidentais. Quando uma nesga de sol rasga o interior do templo, a fumaça se desenha na luz e um cenário místico se contrapõe ao árido distrito financeiro ali ao lado. É mais uma das sensações de mundo paralelo que Hong Kong proporciona.

Adobe Stock: Estátua de Buda Tian Tan Mosteiro Po Lin – Sompao

Compras

Na região, existem lojas de antiguidades nas quais não faltam estátuas, relógios e braceletes com a figura do polêmico líder político Mao Tsé-tung (1893-1976). Seguindo por ali, chega-se à Queen’s Street, a mais antiga da cidade e que, em seus 6 km, muda de nome quatro vezes. Quando é apenas Queen Victoria, as lojas de moda lembram que Hong Kong é lugar de compras. Ainda na região é fácil o acesso à vida noturna.

Adobe Stock: Mong Kok é uma das principais áreas comerciais de Hong Kong – Kittiphan

Os bares se concentram em Lan Kwai Fon. Mas, se a vontade de comprar persistir, rume a Kowloon: ali está Nathan Street, a Quinta Avenida chinesa, repleta de vitrines bem boladas das principais grifes internacionais. Se o seu bolso é mais popular, vá aos mercados noturnos.

Adobe Stock: Mong Kok – Richie Chan

O Ladies Market, apesar do nome – que significa Mercado das Mulheres, em inglês – também tem produtos que agradam a homens e crianças, enquanto o Temple Street Night Market (Mercado Noturno da Temple Street) é local de pechinchas e funciona até meia-noite. E não saia de Hong Kong sem uma caminhada pela Avenida das Estrelas, também em Kowloon. À noite, esse passeio iluminado traz uma calçada da fama como em Hollywood e estátuas dos principais artistas chineses. Não poderia faltar Bruce Lee, idolatrado e imitado na pose de muitas fotografias.

Adobe Stock: Estátua do Bruce Lee – Bingjhen

Publicado em: 30/01/2025
Atualizada em: 28/01/2025
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