Arredores de Paris: Palácio de Versalhes
O esplêndido e monumental Palácio de Versalhes, a pouco mais de 20 km de Paris, é o símbolo máximo da glória e da ostentação da monarquia francesa nos séculos XVII e XVIII.
Ainda que o extravagante Luís XIV, o mítico Rei Sol, quase tenha falido os cofres do país para pôr em prática esse mirabolante projeto, não há dúvida de que ele conseguiu seu intento: por conta do gigantesco e soberbo palácio, bem como dos estupendos jardins e parque do complexo, que somam 800 hectares, mais a espécie de vila campestre que era o refúgio predileto da rainha Maria Antonieta, Versalhes segue como o mais grandioso palácio da França.
Para não se perder em meio a tantos aposentos e salões opulentos, você pode encarar o tour sob a ótica dos outrora poderosos moradores dali – apesar do luxo, no palácio as pessoas tinham uma rotina comum, que incluía comer, dormir, passear, fofocar, se divertir e, vá lá, trabalhar.
Assim, baseado no protocolo diário da realeza, bem rígido e pontual, dá para circular pelos ambientes imaginando Luís XIV em sua sala ordenando o aumento de impostos para bancar a construção do palácio, ou os grandiosos bailes e banquetes que ocorriam em ambientes um mais exuberante do que o outro.
Nessa toada e nessa construção superlativa – cerca de 30 mil homens trabalharam na obra, incluindo profissionais que marcaram seu tempo, como o paisagista André Le Nôtre e o pintor e decorador Le Brun –, as andanças partem dos quartos do rei e da rainha, que dormiam separados e em cômodos cuja decoração inclui de tudo: afrescos, detalhes dourados e outros de mármore, esculturas, peças talhadas em madeira, símbolos mitológicos…
Ainda que cada um ficasse no seu quarto, o monarca tinha pouca privacidade. Atividades íntimas como a hora de acordar e de dormir podiam ser acompanhadas por uma comitiva de até 150 pessoas. A dedicação desses súditos também se dava no primeiro compromisso oficial do dia, a missa, na Capela Real. Para chegar à área religiosa, passa-se pelo Salão dos Espelhos, endereço dos nababescos bailes da realeza.
Bailes da realeza
Nos bailes da realeza, os convidados se dividiam entre desfrutar as festas de arromba dadas pelos Bourbon (dinastia de Luís XIV e dos reis que, até a Revolução Francesa, o sucederam) e se deslumbrar com a magnitude daquele espaço repleto de afrescos, lustres de cristal e candelabros enormes, sem contar os 17 espelhos gigantescos, isso sim um verdadeiro luxo para a época, já que custavam uma fábula naqueles tempos.
Os espelhos ficam de frente para o mesmo número de janelas, que dão vista para o jardim e o Grande Canal, lago concebido para refletir completamente a luz do pôr do sol.
Para demonstrar que a vida ali não era só diversão, o rei contava com uma série de aposentos de trabalho. A Câmara do Conselho era um deles, para onde o rei se dirigia depois da missa, a fim de se reunir com seus ministros – as audiências também tinham lugar no Salão de Apolo, que por vezes servia como sala do trono.
Apesar da labuta do monarca para decidir os rumos da França, a visita escancara os muitos prazeres que o rei e seus convivas mais próximos tinham à disposição: sala de bilhar e para degustar bebidas e biblioteca (o livro As Viagens de James Cook, na versão inglesa, que pertenceu a Luís XVI, fica na estante), entre outras. Sem contar atividades como caçadas e cavalgadas.
Jardins de Versalhes
O interior do palácio é puro deslumbre, mas os jardins de Versalhes fazem concorrência à altura. A área verde mais próxima da construção, a qual segue o estilo formal francês de paisagismo, com canteiros e outras estruturas geometricamente alinhadas, é uma sucessão de campos de flores, alamedas, lagos e fontes, enfeitados por 400 estátuas.
Algumas das mais soberbas decoram as fontes de Netuno e de Apolo. Não é à toa que o conjunto estrela dois eventos. No Grandes Águas Musicais (que rola em datas específicas entre abril e outubro), as águas das fontes e espelhos d’água “dançam” ao som de uma sequência de músicas. Já no Jardins Musicais (também em datas especiais em abril e maio e de julho a outubro), os visitantes fazem uma caminhada musical pelo jardim.
Apesar da magnitude dar o tom do complexo, uma área mais afastada tem um quê diferente. Pelo menos do lado de fora das construções, que são bem menos suntuosas, sem abrir mão do requinte e da elegância. Conhecido como Domínios de Maria Antonieta, por ser o refúgio preferido da rainha – mulher de Luís XVI, rei que estava no trono na época da Revolução Francesa –, o pedaço foi pensado como vila de campo e retiro do burburinho da corte.
Nessa vizinhança tranquila, a controversa Maria Antonieta, possivelmente a única soberana da França que sobreviveu no imaginário coletivo, parecia viver num universo paralelo. Ali, ela reinava absoluta e encontrava a paz de espírito que a vida na corte, longe de sua terra natal, a Áustria, insistia em lhe tirar.
Relativamente longe do palácio, os Domínios de Maria Antonieta são acessados com o trem que circula por toda a propriedade ou, para quem não se importa de bater perna, depois de uma boa caminhada pelo parque do Grande e do Pequeno Trianon. Foi nessa última construção que a rainha viveu boa parte do tempo que passou em Versalhes – e onde ela virava uma “fazendeira”.
O Pequeno Trianon foi um presente de Luís XVI a Maria Antonieta, e, além de abrigar o quarto da rainha, que pode ser visitado, o palacete tem um encantador jardim francês e um pequeno teatro, no qual a soberana costumava interpretar a si mesma em produções organizadas por ela, que também animava o pedaço com bailes.
O Grande Trianon, por sua vez, é mais antigo do que o Pequeno Trianon. Erguido no reinado de Luís XIV, o Rei Sol, também como recanto relaxante, a construção, nos anos seguintes à Revolução Francesa, foi deixada de lado por estar distante do palácio, mas Napoleão Bonaparte se ocupou de sua restauração. É nesse local que a visita termina, e é possível sair do pedaço simplesmente fazendo o tour no sentido inverso ou voltando pelo parque.
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Atualizada em: 20/12/2022