O que fazer nos arredores de Madri
Depois de descobrir as delícias da capital espanhola, a sugestão é apostar num passeio bucólico pelos arredores de Madri, que, sem se distanciar muito da metrópole, revela uma Espanha com clima interiorano.
Afinal, do ponto de vista geográfico, Madri oferece essa grande vantagem aos viajantes. Fica praticamente no centro do país e, em um raio de 200 km, está próxima de diversas cidades históricas tombadas como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, entre as quais se destacam Toledo, Segóvia, Salamanca e Alcalá de Henares – que são as mais belas e famosas.
Veja detalhes de cada uma delas.
Segóvia
Patrimônio da Unesco, Segóvia é uma cidade encantadora, um daqueles lugares em que o tempo passa num ritmo diferente. Nas ruas e bares, há uma interessante mistura de velhinhos simpáticos e jovens de várias partes do mundo, reflexo da intensa vida universitária da vizinhança.
O passeio pode começar por seu principal cartão-postal: um imenso e preservado aqueduto romano. Depois, siga pela Calle Real, rua comercial onde, entre uma loja e outra, você depara com mirantes e barraquinhas de churros e castanhas. No fim da via, surge a Plaza Mayor, onde estão a prefeitura, os restaurantes charmosos e a imponente catedral.
Se a essa altura do tour você se pegar sentindo fome, avance até a Calle de los Bares (Rua dos Bares). Ali, você descobre uma peculiaridade de Segóvia: as tapas são sempre cortesia. Sempre que um cliente pede uma bebida, ganha um petisco da casa.
Com o estômago acalmado, é hora de seguir para o Alcázar. O palácio, cujos primeiros registros em que é citado datam do século 12, parece saído de um conto de fadas. Nada mais justo, então, que tenha inspirado Walt Disney a erguer o Castelo da Bela Adormecida na Disneylândia da Califórnia.
Além de sua imponência e beleza, a visita vale pelo panorama que dali se revela. Dos jardins e do topo da torre mais alta, avistam-se as montanhas (quase sempre nevadas) que cercam a cidade, além dos campos que parecem não ter fim.
O dia em Segóvia deve terminar com um passeio pela Alameda, caminho que contorna a parte inferior do Alcázar. Depois, a rota acompanha o curso do Rio Eresma, tendo como ponto principal um amplo gramado aos pés do castelo. Nos dias quentes, todos que vão até lá querem a mesma coisa: passar a tarde esparramados na grama.
Toledo
Além de Segóvia, outra cidade que merece uma visita de ao menos um dia é Toledo, antiga capital espanhola e que fica a uma hora de distância de Madri. Ostentando desde tempos imemoriais a alcunha de “cidade da tolerância”, por lá se encontram registros dos três principais povos que construíram sua história: cristãos, judeus e muçulmanos.
Uma vez na região, todo mundo fica de queixo caído diante das muralhas medievais que cercavam o lugar, boa parte delas intactas, e também do labirinto de vielas estreitas que faz lembrar cenário de filme de capa e espada.
Por razões de segurança, Toledo foi erguida no alto de uma montanha, que, por sua vez, é circundada pelas águas do Rio Tejo, o mesmo rio que, centenas de quilômetros adiante, vai desaguar no Atlântico ao lado de Lisboa, em Portugal.
Fundada no século 6º antes de Cristo pelos primeiros povoadores da Península Ibérica, a cidade passou pelas mãos de romanos, visigodos e mouros, até finalmente ser conquistada no século 15 pelos reis católicos da Espanha.
Cada dominador deixou seu legado, fez castelos, muralhas e pontes e deu forma a uma mistura arquitetônica fabulosa para essa cidade granítica e monocromática. O símbolo dessa fusão de culturas é o Alcázar, castelo fincado na parte mais alta da montanha, que abriga atualmente um museu do Exército. Vale a visita apenas para quem é aficionado por armas antigas e histórias de guerra.
O melhor negócio ali é arrumar um mapa no primeiro posto de informação turística que encontrar e sair caminhando pelas ruas estreitas da cidade, dando voltas e mais voltas até sair no mesmo lugar.
As principais visitas incluem a imensa Catedral (a igreja primaz da Espanha, de 1226, que é maravilhosa por dentro), o Mosteiro de San Juan de los Reyes e a Igreja de Santo Tomé, onde está a pintura mais famosa de El Greco, El Enterro del Conde Orgaz. Diante dela, você ficará impressionado, mas acostume-se: isso acontece o tempo todo na Espanha.
Alcalá de Henares
Foi em Alcalá de Henares, a 45 minutos de Madri que, em 1547, nasceu o maior nome da literatura espanhola: Miguel de Cervantes. Uma vez lá, é possível visitar a casa em que viveu o autor de Dom Quixote de La Mancha nos primeiros anos de vida (em frente a ela, há um monumento que retrata el ingenioso hidalgo interagindo com seu fiel escudeiro, Sancho Pança) e bater perna na antiga Plaza del Mercado, que ostenta uma estátua do filho ilustre da cidade.
Durante o passeio, você irá se deparar com igrejas, conventos, palácios, teatros históricos, museus e também com a majestosa universidade, que tem um conjunto histórico belíssimo e, todos os anos, serve de palco para o conceituado prêmio literário Miguel de Cervantes.
Salamanca
Mais distante entre as cidades-patrimônios que cercam Madri, Salamanca fica a 200 km da capital espanhola (ou 2 horas e 45 minutos de trem), já na comunidade de Castela e Leão. É longe o bastante para desencorajar passeios bate e volta. Apesar da distância, vale muito a pena ir até lá, pois Salamanca é uma das mais belas cidades da Europa.
O passeio ali começa na Plaza Mayor, que consegue ser ainda mais bacana que a de Madri, especialmente à noite quando ganha uma mágica iluminação que torna aquele grande quadrado circundado por arcos de pedras e cafés com mesas ao ar livre uma das praças mais deslumbrantes do mundo. No século 19, era usada para touradas. Atualmente, é o ponto de encontro dos salamantinos nos finais de tarde e palco das procissões e cerimônias católicas em feriados religiosos.
Na Plaza Mayor começa o labirinto de ruas do centro histórico que conectam edifícios imponentes. Entre eles estão a Catedral Vieja, a Universidade de Salamanca, fundada em 1285 (uma das mais antigas da Europa), e a Casa de las Conchas – que abriga a biblioteca pública.
Todas as casas e templos do núcleo antigo foram construídos em pedra de Villamayor, típica da região, com tom ocre e grande concentração de ferro. Por conta disso, Salamanca recebeu o apelido de La Ciudad Dorada (a cidade dourada).
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Atualizada em: 02/01/2023