O que fazer em Sevilha, cidade espanhola famosa pelo flamenco

Adobe Stock: Plaza de España, Seville – Wilhelm

Sevilha, na Espanha, reúne muitas atrações. A cidade é uma síntese de Andaluzia, região no sul da Espanha onde há muito o que fazer. Ali, em dias de festa, mulheres colocam seus melhores trajes típicos, com estampa de bolas e babados, complementados com flores nos cabelos e imensos e coloridos brincos. É lindo de ver.

É claro que no corrido dia a dia esses folclóricos vestidos, assim como as coloridas e ornamentadas roupas usadas pelos toureiros, não desfilam pelas ruas. Ainda assim, nesse cantinho mágico da Espanha, que, por sete séculos, entre 711 e 1492, esteve sob domínio árabe, diversos adoráveis clichês espanhóis costumam dar o ar da graça. E um dos mais apaixonantes, e dramáticos, é o flamenco.

Em Sevilha, não faltam lugares para escutar e ver o autêntico ritmo ser executado. O bairro de Triana, às margens do Rio Guadalquivir e onde o flamenco teria nascido, concentra casas em que artistas interpretam canções cheias de dramas e agudos. Já nos inúmeros tablados de dança, dançarinos se exibem em pátios de casarões tipicamente andaluz, sempre para um número limitadíssimo de espectadores. É um espetáculo de arrepiar.

Giralda

Em Sevilha, o passeio pode começar por um de seus pontos altos, literalmente: a catedral, que abriga o monumental túmulo do navegador Cristóvão Colombo, e a altíssima torre que a acompanha, a Giralda, cujo topo é alcançado por rampas feitas para que, nos tempos medievais, os guardas subissem a torre a cavalo.

Além de descortinar um senhor panorama, a estrutura, com 104 metros de altura e tonalidade que muda de acordo com a luz, evidencia a influência árabe na região. A Giralda, antes de virar um anexo da catedral, era o rebuscado minarete de uma mesquita, erguida entre 1184 e 1198, no auge da dominação moura naquelas bandas.

Adobe Stock: panoramic views of seville old town with giralda tower bell at background – Jon_chica

Real Alcázar de Sevilha

Outra construção suntuosa que remonta ao tempo dos árabes é o Real Alcázar de Sevilha, erguido originalmente como um forte no século 10º. Ao longo do tempo, principalmente quando os reis católicos já haviam reconquistado o pedaço, o Alcázar, tombado como Patrimônio da Unesco, recebeu anexos e virou o grande e belíssimo Palácio de Dom Pedro, cercado por jardins e prédios que mesclam vários estilos.

Preste atenção nas diversas fontes e espelhos d’água espalhados pelo complexo, uma linda solução para aplacar o calor durante as altas temperaturas do verão andaluz.

Adobe Stock: Moorish architecture of beautiful castle called Real Alcazar in Seville, Spain – Malajscy

Iguarias

Se as construções portentosas são uma especialidade de Sevilha, a boa culinária também é. O gazpacho (sopa fria de tomate e condimentos) é típico da região. Outra delícia recorrente nos cardápios é o salmorejo cordobés, versão do gazpacho que leva pão, presunto cru e ovos. Ainda são servidas fartas porções de frutos do mar e de peixe-espada frito.

Andar pelos mercados sevilhanos também é uma excelente ideia. Um dos mais disputados está na Calle Feria, no bairro de Macarena, que abriga os últimos vestígios da muralha que cercava o município.

É bom ir preparado para disputar uma mesa. Quando conseguir uma, relaxe e aposte na porção de frito  (lulas, camarões e peixes). Para um drinque típico, peça o rebujito, mistura de vinho fino (feito ali, é branco e extremamente seco), soda limonada e hortelã.

Adobe Stock: Fresh gazpacho on the table – Pilipphoto

Adobe Stock: Receta típica española de salmorejo cordobés en un plato cuadrado y con algunos ingredientes al rededor. – Manuel Barrena

Adobe Stock: Traditional Spanish alcoholic drink, Rebujito cocktail – white wine, carbonated water (soda), mint, lemon juice. On a black slate board copy space – Ricka_kinamoto

Passeio de bike

Depois da comilança, nada de siesta (soneca pós-almoço). O dia será mais bem aproveitado se você alugar uma bicicleta e fazer um tour por pontos turísticos de Sevilha.

A ciclovia, com 120 km de extensão, é quase sempre ladeada por laranjeiras – quando há frutas, elas podem ser apanhadas, mas não são lá muito gostosas –, num caminho que passa por atrações como a Torre del Oro, mirante em estilo mourisco às margens do rio; a Plaza de Toros de la Maestranza, onde fica a arena de touradas; e o estádio do time de futebol que leva o nome da cidade.

Adobe Stock: Panorama of the Spain Square Plaza de Espana in Seville, with bridges over the canal, lake, fountain, towers and main entrance to the building. Example of Moorish and Renaissance revival. – Catherinelprod

Adobe Stock: Seville aerial view – Rabbit75_fot

Judería e El Arenal

Caminhando, dá para visitar os tradicionais bairros Judería e El Arenal, dominados por sobrados brancos com sacadas floridas e azulejos em estilo árabe. Se algum desses casarões estiver com a porta da frente aberta, entre como quem está ali procurando alguém para pedir alguma informação e dê uma espiada nos lindos pátios. Vale a pena.

Adobe Stock: Jewish Quarter. Guadalupe, Cáceres, Extremadura, Spain, Europe – MRMPhoto

Adobe Stock: Beach and sea landscape in El Arenal, Majorca – Diego Blanco

Plazas

Na vizinhança, outros pit stops bacanas são a vistosa Plaza de España, onde se impõe uma longa e majestosa construção de tijolos e ladrilhos que relembram a arte sevilhana da azulejaria, e a Plaza de la Encarnación, tomada por uma estrutura de madeira enorme e muito diferente. É o Metropol Parasol, construção no meio de um dos centros de compras mais tradicionais da cidade.

Dono de um teto ondulado com aspecto de uma colmeia, o espaço abriga o mercado – que, até a inauguração do Metropol, em 2011, acontecia na praça –, um restaurante e uma casa de shows.

Independentemente de você já ter “escalado” a Giralda, a torre que acompanha a Catedral de Sevilha, vá ao segundo andar desse “waffle flutuante” e, ao caminhar pela passarela panorâmica, experimente novas vistas incríveis da marcante capital andaluza.

Adobe Stock: Amazing Plaza de Espana in Seville, Spain. – Catherinelprod

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