O que fazer em Santiago de Compostela, uma das principais rotas de peregrinação
O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota de peregrinação ancestral, que se estende por toda a Península Ibérica. Na verdade, não há “o caminho”, mas vários deles. Todos, porém, levam a um único destino: a cidade de Santiago de Compostela, no extremo oeste da Espanha, onde a busca pelo que fazer passa necessariamente pela majestosa catedral.
Isso porque ela guarda os restos mortais de São Tiago, discípulo de Jesus que pregou o evangelho na Galícia. Com mais de mil anos e considerado um dos roteiros mais místicos do mundo, o Caminho de Santiago arrebata milhões de pessoas das mais variadas origens.
O que mantém viva esta tradição em pleno século 21? Bom, uns são inspirados pelo espírito religioso-cristão, outros pela busca de autoconhecimento. Há também quem procure apenas a aventura de andar (ou pedalar) por dias a fio.
Sejam quais forem as suas motivações, você encontrará centenas de pessoas na mesma sintonia: quem quer, fica sozinho; a quem abre brechas, não falta companhia. E pode contar com uma bela infraestrutura para peregrinos, com centenas de albergues em todos os pontos de descanso.
Caminho Francês
A mais popular e tradicional das rotas é o Caminho Francês, com mais de 800 km, ideais para percorrer de bicicleta em duas ou três semanas. Nos hotéis e refúgios, dá para guardar as “magrelas”, e o povo europeu respeita os ciclistas. No trajeto, há pequenas cidades – muitas medievais – pontuadas por casinhas floridas, igrejas, pontes e monumentos históricos.
Atravessando fazendas, plantações, pastos, bosques e belas paisagens, o caminho é bem montanhoso, mas quem curte pedalar sabe: quanto mais alta a montanha, melhor a vista! O mesmo vale para quem faz o roteiro a pé – e vale dizer que também dá para fazer de carro e até de trem.
Santiago de Compostela
Após muitas subidas e descidas, chega-se a Santiago de Compostela, onde ruelas em ziguezague levam à Prazo do Obradoiro e sua Catedral de Santiago. Ali, uma multidão de peregrinos se amontoa em profunda emoção.
Qualquer que tenha sido o caminho e o meio de locomoção, o bacana é chegar para assistir à missa de domingo, que há séculos mantém vários rituais, como o dos oito homens que balançam um incensário sobre o altar.
Depois da cerimônia, os fiéis podem beijar o manto de prata que adorna a estátua de São Tiago, do século 13, que fica atrás do altar-mor. Mas é a cripta, debaixo do altar, que guarda o “tesouro” da igreja: o túmulo do santo, cujos restos mortais estão numa urna de prata, e de seus discípulos, Atanásio e São Teodoro.
A catedral, porém, nem sempre foi o ponto de “repouso” do corpo do apóstolo. Antes da construção do templo, no século 11, a ossada ficava no Convento de San Paio de Antealtares, que leva o nome do eremita a quem se atribui a descoberta dos restos mortais de São Tiago. O fato possivelmente se deu entre os anos 820 e 835, dando origem à cidade de Compostela.
Independentemente dos ritos antigos, a catedral, tomada de esculturas, torres e detalhes milimetricamente executados, merece uma visita demorada. Ao passar pela Porta Principal, na Praça do Obradoiro, um primor chamado Pórtico da Glória se impõe: 200 esculturas de profetas e apóstolos.
No arco posicionado acima do arco principal, está a figura de São Tiago, bem aos pés de Cristo, enquanto do outro lado do pilar central é possível reparar que uma imagem (a do mestre Mateo, que comandou a construção do templo no século 12) está isolada por uma estrutura de metal.
É que, por séculos, os visitantes encostavam a própria cabeça na do construtor ali representado para “sugar” sua sapiência. A repetição da brincadeira, porém, deformou o nariz do mestre, que não pode mais ser tocado.
Peça de metal similar também isola uma escultura de Hércules no pórtico, o qual é só o começo do deslumbre e dos sucessivos “ooohhhs” que a grandiosidade da catedral suscita.
O telhado do templo é mais uma joia que pode ser apreciada em tours superconcorridos, já que descortina um inesquecível visual da cidade e das rebuscadas torres do complexo, que espetam o céu a 74 metros de altura. A dica é subir ali ao cair da tarde, seja para curtir a mudança de cores no céu, seja para vislumbrar os efeitos que a iluminação causa na fabulosa catedral conforme a noite avança. Fiel ou não, é difícil não se render aos encantos desse momento.
Cidade universitária
Religiosidade à parte, a capital da Galícia é linda e agitada. Muitos não sabem que o lugar também é uma cidade universitária, com uma vida noturna movimentada. E mesmo para quem não está lá para “cair em tentação”, o passeio pelo centro encanta.
As torres barrocas de 74 metros de altura da catedral despontam majestosas, dominando o ponto de encontro dos viajantes, a Plaza del Obradoiro, que marca o quilômetro zero da peregrinação.
O circuito se completa com as andanças pelo entorno: as elegantes arcadas da Rua Nova, a charmosa Plaza de Platerías, onde fica a Puerta de las Platerías e suas cenas bíblicas em baixo-relevo, e a Plaza de Quintana, que descortina a Torre do Relógio.
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Atualizada em: 02/01/2023