Divirta-se em um roteiro de três dias em Foz do Iguaçu
Para desfrutar de Foz do Iguaçu são necessários, no mínimo, um roteiro de três dias muito bem planejado. Afinal, a cidade paranaense tem o privilégio de ocupar uma das margens do Rio Iguaçu no trecho em que ele despenca espetacularmente em um cânion para formar as famosas cataratas.
Ver essa beleza de perto já vale qualquer viagem. O fato é que precisar não precisava, mas Foz oferece ainda outras atrações irresistíveis a quem a visita. Basta cruzar uma ponte sobre o Iguaçu para se chegar aos cassinos e ótimos restaurantes da cidade argentina de Puerto Iguazú, que proporciona vistas diferentes – mas igualmente deslumbrantes – das quedas-d’água eleitas como uma das sete maravilhas naturais do planeta.
E ainda tem o Paraguai ali do lado e a usina Itaipu, que vale a visita. Confira como organizar tudo isso em três dias:
1º dia – Cataratas do lado brasileiro
Chegue cedo ao Parque Nacional do Iguaçu para aproveitar bem o dia (ele fica aberto das 9h às 17h). As cataratas vão se revelando aos poucos, à medida que se avança pela trilha até o ponto de observação mais privilegiado, numa plataforma bem em frente à Garganta do Diabo.
Esta é a queda de maior fluxo entre as 275 que formam essa impressionante cortina d’água disposta em forma de ferradura. Nos dias de sol, um persistente arco-íris deixa as imagens da região ainda mais especiais.
Ver a Garganta do Diabo é uma experiência para se guardar na memória para sempre. Mas ela não encerra o passeio – ao contrário, aguça ainda mais o interesse dos visitantes em conhecer as cataratas por outros ângulos. Por isso, inscreva-se em uma excursão do Macuco Safári, que sobe o rio de bote inflável ao encontro das quedas. Mas coloque a capa de chuva que lhe será oferecida, porque você vai se molhar.
Dentro do parque há quiosques para lanches rápidos e duas opções para almoçar: o restaurante Porto Canoas, a poucos metros antes do ponto em que o Iguaçu desaba no cânion, e o Ipê, que fica no Belmond Hotel das Cataratas.
No caminho de volta para a cidade, vale a pena passar no Parque das Aves, que fica bem em frente à entrada do parque das cataratas e reúne mais de 130 espécies aladas. Esta é uma das agradáveis atrações extras de Foz do Iguaçu, sobretudo para quem viaja com crianças.
Para fechar esse primeiro dia de grandes emoções, não faltam bons restaurantes no centro da cidade. Alguns deles combinam o jantar a shows de músicas e danças típicas da tríplice fronteira.
2º dia – Cataratas do lado argentino
Depois de passar o dia no Parque Nacional do Iguaçu, muitos podem achar dispensável conhecer as cataratas pelo lado argentino. É um equívoco, pois as experiências que se têm em cada margem do Rio Iguaçu não se repetem, e sim se complementa.
Se no parque brasileiro é possível ter a melhor vista das quedas, no lado argentino dá para encarar a Garganta do Diabo bem de perto, com direito a respingos e um barulho ensurdecedor.
Além disso, as trilhas portenhas são mais numerosas e variadas, permitindo admirar várias quedas em passarelas fincadas acima delas. Vale lembrar que dois terços das cachoeiras, assim como a ilha San Martín, que fica logo depois do turbilhão, pertencem ao território dos hermanos.
As passarelas são tantas no Parque Nacional Iguazú que estão divididas em dois circuitos, o superior e o inferior, e há um trenzinho que leva do centro de visitantes até o início delas. Mesmo que você espere pelo transporte (que pode demorar), vá preparado para caminhar bastante.
Os passeios na água são semelhantes aos oferecidos no Brasil, com a vantagem de ser um pouco mais baratos. A Gran Aventura, por exemplo, segue a mesma receita do Macuco Safári, embora seja mais radical.
Reserve a tarde e a noite para explorar a cidade de Puerto Iguazú, que tem os melhores restaurantes da tríplice fronteira, além de lojas interessantes (roupas, vinhos e artesanato) e cassinos.
Antes de pegar a ponte Tancredo Neves para voltar a Foz, duas atrações bem próximas do posto de controle aduaneiro merecem atenção: o Duty Free Shop, com boas ofertas de bebidas e perfumes, e a noite animada do Iguazú Grand Hotel, que reúne cassino, restaurantes e balada.
3º dia – Itaipu e Paraguai
Dia de visitar a Usina de Itaipu e de encher sacolas com os produtos livres de impostos de Ciudad del Este. Em Itaipu, são três as opções de passeio: um que leva a um mirante com vista para a barragem de 2,5 km de extensão; um que passa por áreas internas da hidrelétrica; e um show de luz e som nas noites de sexta e sábado.
Antes de tomar o ônibus para o passeio escolhido, todos assistem a um filme para ter uma ideia geral da usina que detém o recorde mundial de geração de energia.
Com o tempo que sobrar, aproveite para dar um pulo em Ciudad del Este, já no Paraguai. Prepare-se apenas para encarar o movimento intenso e o trânsito caótico. Mesmo que você esteja viajando de carro, é mais prático cruzar a ponte de táxi ou ônibus, para não se preocupar com vaga para estacionar ou com a própria segurança do veículo.
Prefira fazer as compras nas maiores lojas, como a Monalisa (que tem uma excelente adega no piso inferior), a China e o Shopping Del Este, onde os produtos são mais confiáveis. Evite as bugigangas oferecidas pelos camelôs, geralmente de baixa qualidade.
O ideal é fazer as compras em dólares, já que o câmbio para a troca de reais nem sempre é favorável e as lojas cobram taxas de até 17% nos pagamentos com cartão de crédito.
Atualizada em: 18/10/2024