Diversão e belas paisagens em Auckland, capital da Noruega
Auckland é a principal cidade da Nova Zelândia, país que fica lá no cantinho sudeste da Oceania, no rodapé do mapa, e oferece uma série de atrações para quem o visita. Chegar lá, é verdade, não é fácil. Quem embarca de São Paulo, por exemplo, precisar voar 4h30 até Santiago, no Chile, seguido de algumas horas de espera e mais 13 horas de voo até a cidade porta de entrada neozelandesa. Soma-se a isso a diferença de 15 horas de fuso a mais em relação a Brasília.
A sorte é que, como uma verdadeira lady, essa filhote britânica dividida em duas ilhas principais, chamadas de Norte e Sul, recebe muito bem quem chega de fora. Basta dar uma volta em Auckland para que o jet lag (fenômeno que faz o corpo ruir com mudanças repentinas de horários, clássico em viagens longas) escorra pelo ralo. A cidade, que tem 1,5 milhão de habitantes (cerca de um terço da população neozelandesa), é moderna, organizada e vibrante.
É a maior do país, mas não se confunda: a capital é Wellington. Auckland fica na Ilha Norte, a mais populosa, porém menos turística da Nova Zelândia. Isso porque é na Ilha Sul que estão a desejada Queenstown, conhecida como a capital mundial dos esportes radicais, e um bocado de lugares cênicos que serviram de cenário para a “Terra Média” exibida nas sagas O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
Maoris e kiwis
Antes de sair à caça de Frodo, Gandalf e companhia, no entanto, vale a pena pernoitar por duas ou três noites em Auckland. Mais do que descansar da viagem, ali você encontra uma noite divertida, sobretudo na região revitalizada do porto, o Viaduct Harbour District, onde há bons bares e restaurantes. Aqui, fica um parênteses: a Nova Zelândia é cara. Curtir o país significa gastar bastante para comer, comprar, passear… É o preço que esse jovem país, com pouco mais de 370 anos, cobra pela infraestrutura de primeira oferecida ao visitante, que parece estar um salto à frente do resto do mundo.
Assim, é preciso tirar o escorpião do bolso na hora de bater perna pela Queen St., rua que concentra as principais vitrines da cidade. Lá tem shopping, supermercado e lojas de grife e suvenires. Camisas dos All Blacks – a melhor seleção de rúgbi do planeta e orgulho nacional –, cosméticos feitos a base de um mel chamado Manuka e máscaras maoris, o povo originário dos polinésios que primeiro habitou a região, fazem a festa dos turistas.
E ainda tem os kiwis. Não a fruta, que dizem ser chinesa, mas um pássaro endêmico que passou a denominar o povo neozelandês. Assim, é de um vendedor “kiwi”que você pode comprar um kiwi de pelúcia que canta o Haka, a dança típica dos maoris – que, ao contrário de outras tribos indígenas do planeta, são extremamente respeitados na Nova Zelândia.
Vale a pena levar um passarinho de brinquedo para casa, mesmo porque dificilmente você fará foto de um deles de verdade. O kiwi têm hábitos noturnos e vive nas regiões mais remotas do país. Por outro lado, você verá muitas vezes a folha prateada (silver fern), outro ícone neozelandês. Trata-se de uma espécie de samambaia gigante com folhas que têm um tom prateado na face posterior e podem ser observadas no brasão dos All Blacks, no logo da principal companhia aérea do país, a Air New Zealand, e nos belos jardins espalhados por todas as partes do arquipélago.
Mar à vista
Não é de se surpreender que, rodeada de mar por todos os lados e dona de muitos lagos, a Nova Zelândia tenha a maior frota de barcos per capta do mundo. E se você não é dono de um iate nem sabe navegar, não se preocupe.
Na marina de Auckland, partem tours que seguem pelas águas que banham a região. Destacam-se os passeios de barco à vela, no qual o grande barato é comandar a embarcação por alguns instantes – sim, todo mundo tem essa oportunidade – enquanto se aprecia o famoso skyline da cidade.
Essa, por sinal, é uma das duas melhores maneiras de observar a Sky Tower, estrutura futurista com 328 metros de altura que aparece em nove de cada dez cartões-postais de Auckland (a outra é a partir do Mount Eden, onde há uma cratera de um vulcão extinto da qual se tem uma vista de 360º da região). É nesse passeio que se costuma ter o primeiro contato com a doideira mais típica de quem busca aventura no país. Isso porque o barco passa sob a Auckland Bridge, ponte da qual a galera salta de bungee jump a 47 metros de altura.
Waiheke
Para quem busca passeios mais calmos, a dica é seguir de ferry para a ilha de Waiheke, a cerca de meia hora de Auckland. Ali é possível passar um dia agradável em meio a praias quase sempre desertas banhadas por águas cristalinas. Além disso, dá para visitar jardins lindos com esculturas, como o Dead Dog Bay, ir a oliveiras premiadas e fazer uma imersão em outra joia neozelandesa: os vinhos.
Com condições climáticas semelhantes às da França,o país produz ótimos rótulos, principalmente de pinot noir e sauvignon blanc. Em Waiheke, a vinícola Stonyridge promove degustações e serve almoços em um restaurante com terraços que se debruçam sobre as vinhas. A vista é sensacional. A comida, melhor ainda. Os vinhos, nem se fala.
Atualizada em: 08/01/2025