Descubra as atrações de São Vicente, primeira vila fundada no Brasil – Voupranos

Descubra as atrações de São Vicente, primeira vila fundada no Brasil

Adobe Stock: São vicente, São Paulo – Wainer

Primeira vila fundada no Brasil pelos portugueses, em 1532, São Vicente, apenas 72 km distante da capital paulista, tem o privilégio de oferecer atrações e algumas das vistas mais belas da Baixada Santista. E quem percebeu isso como ninguém foi o arquiteto Oscar Niemeyer, idealizador do famoso Mirante da cidade, de onde se tem uma vista panorâmica inigualável desde as praias em torno da Ilha Porchat, pertencente ao município, até a vizinha Santos.

Adobe Stock: Ilha do Porchat, São Paulo – Emanuel

Esse, porém, é apenas um dos pontos de contemplação da região, que conta ainda com o Morro Voturuá, também chamado de Morro da Asa-Delta por abrigar uma base de salto e ser muito procurado por praticantes de voo livre. Por lá, há sempre instrutores dispostos a ensinar quem deseja se aventurar pelos céus de São Vicente.

Adobe Stock: São Vicente, SP – Dririchetto

É com os pés bem firmes nas faixas de areia, entretanto, que a maioria das pessoas costuma se manter grande parte do tempo quando visita a cidade. Isso porque, mais do que tomar sol e relaxar – o que já seria algo bem agradável –, elas encontram nas praias locais a possibilidade de praticar esportes convencionais e moderninhos, entre eles stand-up paddle.

Adobe Stock: São Vicente – Pedro

Itararé

A praia mais frequentada de São Vicente é a do Itararé, já na divisa com Santos. Com uma faixa de areia extensa banhada por um mar nervoso, o local costuma atrair surfistas de toda a região em busca de suas boas ondas.

Adobe Stock: Gonzaguinha, São Vicente – Vinicius Bacarin

Quem passa por lá consegue avistar os praticantes de asa-delta e até se aproximar deles ao acessar o teleférico que liga a praia ao alto do Morro do Voturuá. O percurso de 700 metros demora 11 minutos para ser percorrido. Lá de cima, tem-se uma bela vista da Ilha Porchat.

Depois, uma boa ideia é bater perna pelo longo calçadão de Itararé, que tem 2.400 metros de extensão. Pontuado por muitas áreas verdes, o caminho vai da Ilha Porchat até as proximidades da Ilha Urubuqueçaba, que demarcam os limites da praia.

Adobe Stock: Morro do Voturuá – Vinícius Bacarin

Milionários

Outra praia que costuma agradar aos visitantes em São Vicente é a dos Milionários, situada ao lado das pedras da Ilha Porchat. O local ganhou esse nome quando proprietários de lanchas costumavam parar por lá para tomar banho de mar. Hoje, trata-se de uma faixa de areia bastante tranquila, frequentada principalmente por famílias.

Dela, o visitante pode avistar a Ponte Pênsil, um dos cartões-postais da cidade, e toda a Baía de São Vicente, além de alugar barcos para passeios. Seus rochedos estão sempre tomados por pescadores e alguns turistas que vão até lá para tomar sol.

Adobe Stock: Praia dos Milionários – Vinícius Bacarin

Gonzaguinha

Mais adiante, a Praia do Gonzaguinha tem mais infraestrutura que a vizinha e conta com sete quiosques espalhados pelo calçadão. Com 800 metros de extensão e águas calmas, é ideal para quem viaja crianças e gosta de esportes aquáticos, como canoagem. De seu píer partem escunas que realizam passeios interessantes pela Baía de São Vicente.

É de uma das extremidades da Praia do Gonzaguinha que se tem acesso à Praça 22 de Janeiro. Com 8.170 metros, o local conta com parquinho, banheiro, lanchonete e uma grande área para as crianças andarem de bicicleta e patinete.

Adobe Stock: Praia do Gonzaguinha, São Vicente, SP – Alexandre

No número 469, o visitante encontra a casa de Martim Afonso, onde o navegador português residiu por um ano (de 1532 até 1533). Hoje, restam apenas muros de pedras por lá, que revelam um pouco sobre as técnicas de construção da época, com argamassa de areia, conchas moídas e óleo de baleia.

O que arrasta mais visitantes e moradores à Praça 22 de Janeiro, porém, é a famosa Biquinha de Anchieta, um dos points mais tradicionais do litoral sul de São Paulo. Datado de 1553, época em que os jesuítas chegaram a São Vicente, o local indica o ponto em que José de Anchieta ministrava aulas de catecismo na região.

Adobe Stock: Praia do Gonzaguinha, São Vicente, SP -FBarbuy

Centro histórico

Próximo da Biquinha, é possível avistar o Marco Padrão, outro símbolo de São Vicente. Inaugurado em 1933, o monumento foi feito em comemoração aos 400 anos de fundação da cidade e fica em uma ilhota no mar, conhecida como Pedra do Mato.

Melhor ainda é caminhar pela região central da cidade, onde está a Igreja Matriz, erguida entre 1550 e 1650 e que mantém preservados alguns itens de sua construção original, entre eles madeiras e telhas. A igreja fica na Praça João Pessoa, que também serve de palco para o interessante Parque Cultural Vila de São Vicente, onde é possível passear por uma réplica da Vila de São Vicente no início de sua colonização.

Adobe Stock: Obelisco do início da colonização do Brasil – Alexandre

A cerca de cinco minutos de caminhada dessa área, já de volta à beira-mar, alcança-se a Rua Japão, batizada dessa forma por conta da grande colônia japonesa que ali se instalou. Reduto de pescadores, oferece uma bela vista da Ponte Pênsil. Além disso, quem passa por ali pode dar um pulo na Praça Kotuko Iha, construída pelo povo vicentino em homenagem à cidade irmã de Naha, no Japão.

Destaque para o grande portal projetado por lá em comemoração aos cem anos da imigração nipônica para o Brasil. É na Rua Japão que estão as marinas de São Vicente. Nos arredores delas há bons restaurantes que servem comidas variadas, com destaque para os frutos do mar.

São Vicente – Litoral de São Paulo

Itaquitanduva

Quem viaja com tempo pode aproveitar para conhecer alguns lugares mais escondidos de São Vicente. Entre eles está a Praia Itaquitanduva, frequentada por surfistas.

Para chegar até ela, é preciso encarar uma trilha puxada de cerca de 40 minutos em meio à Mata Atlântica e levar comida e bebida, pois no local não há bares nem ambulantes, apenas uma bica natural de água potável.

Parte do Parque Estadual Xixová-Japuí, administrado pelo Instituto Florestal, Itaquitanduva é quase um segredo entre os nativos e abrange 300 metros dos 900 alqueires do parque. Uma vez nela, é comum avistar botos, tartarugas, cações e outros animais.

Adobe Stock: Area de preservação marinha – São Paulo – Renato

 

Publicado em: 29/01/2025
Atualizada em: 28/01/2025
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