Descubra as “1.001 atrações” de Dubai
Há luas e luas um mistério paira sobre as atrações de Dubai. Homens e mulheres vão até lá para tentar desvendá-lo: por que tanta gente que busca lazer e sofisticação viaja até essa cidade no deserto, onde a população reza a Alá cinco vezes por dia e não bebe álcool. Um lugar onde é fashion os homens árabes vestirem unicamente túnicas brancas e suas mulheres estarem sempre de preto, escondendo todo o corpo. Ainda assim, quem visita essa cidade-emirado no Oriente Médio sai de lá encantado, dizendo que tirou férias magníficas e se divertiu como nunca.
Talvez o Sol nem tenha chegado ao Zênite quando o aventureiro em seu primeiro dia em Dubai fica em dúvida sobre o que fazer. Pode partir para uma jornada no deserto, num 4×4 que zigue-zagueia pelas dunas, antes de degustar um jantar num acampamento tuareg; subir ao Burj Khalifa (em português, burj significa torre), maior edifício do mundo; ou ir ao Dubai Mall, shopping com 1.200 lojas, que tem até táxi elétrico para não cansar as pernas de quem o visita. Isso só para começar.
Mesmo se você ficar lá por muito tempo, no raiar da 1001a noite, ainda terá o que fazer. Sherazade, no Livro das Mil e Uma Noites, sempre tinha uma nova história a revelar ao sultão Chariar. Assim também é Dubai, que nunca se mostra por inteiro. Cada pedacinho é repleto de mistério e encantamento.
Uma cidade cheia de ícones
Havia uma vila de pescadores às margens do Golfo Pérsico que por milênios ficou esquecida. Até que, em 1966, foi descoberto petróleo no campo de Fateh. Surgiu ali, próximo a Dubai, uma oportunidade que a família real, então comandada pelo xeique Rashid al-Maktoum (1912-1990), resolveu aproveitar. Porém, ao contrário de outros reinos das redondezas, o petróleo não era muito.
O xeique Mohammed bin Rashid al-Maktoum, filho daquele visionário governante e atual líder do emirado, sabe que o petróleo dura mais 20 anos. Apesar de ainda jorrar, o precioso bem atualmente significa uma parte menor da riqueza nacional. Inteligente e audacioso, Maktoum apostou em outras searas. Um “plano perfeito” fez de Dubai um polo de grandes negócios, o melhor destino turístico do mundo árabe e um mercado imobiliário fantástico.
Pontos turísticos
Os mais famosos arquitetos foram chamados para criar uma cidade magnífica, cheia de ícones. De tal forma que ao deitar os olhos numa imagem do hotel Burj al Arab, em formato de vela, qualquer pessoa sabe que ele fica em Dubai.
Assim também ocorre com o Burj Khalifa, a gigantesca agulha que espeta o céu a 828 metros – o maior prédio do mundo, para ninguém se esquecer.
Ícones para o mundo saber que Dubai existe e reconhecê-los só de bater os olhos. Aos que chegam é dito que ali não há crimes. Podem andar à vontade com seus ouros e riquezas porque a segurança é total. Todos falam: como é bela essa cidade. E, como Sherazade, Dubai orgulhosamente diria: “o resto da história é ainda mais admirável e espantoso”.
Burj Khalifa
Uma das melhores formas de começar a conhecer Dubai é ir ao Burj Khalifa. Não, você não vai até o topo. O tíquete dá direito a ir ao mirante de 360 graus no 124º andar (são 160 no total), de onde se vê a cidade a “apenas” 442 metros do nível do chão. Ali, você estará perto do meio do edifício de 828 metros.
Como o número de pessoas é limitado, dá para se movimentar à vontade, fazer fotos e ver de cima o esplendor da cidade, assim como o incansável vaivém dos navios que transportam de tudo à cidade que nada produz, nem uma simples hortelã para o quibe cru, e que também não abriga nenhuma indústria. Os turistas fazem pose, sentem-se no topo do mundo, vivem um momento único. Mas, assim que voltam à “terra firme”, descobrirão um mundo ainda mais surpreendente e fantástico, como se isso fosse possível.
Tubarão no shopping
Omaior shopping do planeta, o The Dubai Mall, é alcançado tão logo se desça do Burj Khalifa. Só como comparação, o Shopping Iguatemi, em São Paulo (SP), um dos que oferecem a maior variedade de opções de compra de luxo no Brasil, tem 330 lojas. The Dubai Mall ostenta “apenas” quase quatro vezes mais do que isso: 1.200 lojas.
É tão grande que dispõe até de um serviço de táxi interno. Isso mesmo. Carrinhos elétricos circulam pelos corredores do shopping. Cansou de bater perna? É só chamar um para poder descansar, carregar as compras e não perder nada do que há por lá. Uma “estação de esqui” chamada Snow Park, com neve e tudo, fica em outro shopping, o Mall of Emirates.
O lugar também é palco do Dubai Aquarium and Discovery Center, uma enormidade para ninguém botar defeito: 33 mil animais marinhos, que ficam num super aquário distribuído por vários andares. Outro lugar que vale a visita é o luxuoso Dubai Mall. Numa área de 20 mil m2, espalham-se de roupas a peças de design de interiores para enlouquecer qualquer mulher.
Edifícios faraônicos
O skyline de Dubai é marcado por superlativos. Além do maior arranha-céu do mundo, o Burj Khalifa, o emirado abriga a maior construção torcida do globo, o residencial Cayan Tower, com 307 metros. Alguns hotéis também são recordistas em altura, caso do Marriott Marquis, a 335 metros, e do Burj Al Arab, que, em formato de vela, alcança 321 metros.
Souk
É uma delícia passear por entre os tantos aromas do souk de Dubai. Como em todo mercado, há uma profusão de gente de todos os cantos do mundo, e no de Dubai, em específico, muitos indianos e paquistaneses. Mas é no Dubai Gold Souk que você provavelmente irá se encantar para valer. Todo tipo de brincos, colares e pulseiras expostos por mais de 300 lojas super iluminadas para que o ouro não pare de brilhar.
Numa das vitrines, fica o mais pesado anel feito com o metal no mundo. Duvida? Um certificado do Guinness Book afirma que ele tem um peso total de 63,8 quilos, sendo 58,6 quilos de ouro de 21 quilates e 5,1 quilos de pedras preciosas.
Aventura no deserto
Qualquer que seja seu estilo de viagem, não se pode deixar de sentir o espírito do grande deserto que rodeia Dubai. Trata-se do Deserto de Margham. Toyotas 4×4 novinhas, com ar-condicionado em força máxima, em poucos minutos estão sobre as dunas. Uma primeira parada para murchar os pneus (melhora a tração na areia) e logo o comboio estaciona para que os turistas desçam as dunas “esquiando” em pranchas.
A caravana parte. Em tendas num oásis artificial, é hora do show dos falcões, que realizam números sob o comando de seus “mestres”. Os supertreinados pássaros não decepcionam, os turistas aplaudem. É chegado, então, o grande momento: vai começar o off-road no deserto. Os veículos zigue-zagueiam pelas dunas em velocidade, derrapam, saltam, o corpo balança para todos os lados. Depois, os grupos vão para um acampamento tuareg (só no estilo mesmo, já que tudo é recém-feito). Comida típica, churrasco, vinho e cerveja à vontade completam o cardápio.
Atualizada em: 12/07/2024