De Dubrovnik a Zagreb, apaixone-se pela Croácia – Voupranos

De Dubrovnik a Zagreb, apaixone-se pela Croácia

Adobe Stock: Dubrovnik com cidade velha e mar Adriático, Dalmácia, Croácia – Gatsi

Esqueça a guerra que pôs fim ao comunismo e a perseguição étnica na Província de Kosovo. Hoje, as pequenas repúblicas que formavam a antiga Iugoslávia têm histórias muito mais interessantes para contar – e paisagens dos sonhos a serem visitadas. Banhada pelo Mar Adriático, a Croácia, por exemplo, reúne baías, penínsulas e nada menos que mil ilhas, num litoral todo recortado e que em muitas atrações que lembram a costa da Grécia.

A viagem pode ter como ponto de partida perfeito Dubrovnik, cidade para a qual o escritor inglês Lord Byron cunhou o título de “pérola do Adriático” e cuja parte antiga, envolta por uma muralha, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A caminhada entre a parte murada e área nova oferece os ângulos mais belos do pedaço. Do alto da rua, veem-se as charmosas villas, tipo mansões, debruçadas no penhasco sobre o Mar Adriático.

Adobe Stock: Dubrovnik, Croácia. Linda e romântica cidade velha de Dubrovnik – Rudi1976

A atmosfera contagiante só ganha contornos um pouco mais caóticos no verão europeu, quando navios chegam aos portos de Gruz e Lokrum. Deles sai todo mundo e, nesse caso, todo mundo é mais do que comporta a região. Por isso, prefira ir para lá na baixa temporada, para ter Dubrovnik quase que só para você. Ok, sem o verão as praias ficam mais sem graça e diminuem os passeios de barco. Mas a Croácia é destino para ir e repetir.

Experimente ver de perto o panorama medieval da cidade murada de Dubrovnik. Na entrada, a grande Fonte de Onófrio, do século 13, convida a beber sua história. Um violinista contribui com a trilha sonora. As muralhas locais chegam a ter 25 metros de altura, algo como um prédio de oito andares. O passeio é incrível, já que se anda dois quilômetros no entorno do muro, que, em algumas áreas, espicha para seis metros de largura. É como uma avenida elevada: lá do alto vê-se a bela Dubrovnik, cercada por um mar esplendoroso.

Adobe Stock: Cidade velha de Dubrovnik com muralhas no Mar Adriático, no sul da Croácia, Europa – Viliam

Adobe Stock: Cidade velha de Dubrovnik – Dario Bajurin

Palácios de Dubrovnik

Ao caminhar pelas ruelas de Dubrovnik você se depara com inúmeras construções imponentes. O Palácio do Reitor é um exemplar da arquitetura do século 15. Era o local que abrigava a maior autoridade eleita da república, que morava ali por um mês, sem poder sair ou receber qualquer pessoa.

Bem próximo está o Palácio Sponza, de estilos gótico e renascentista, erguido no século 16 e que abriga os arquivos nacionais. Há, ainda, a venerada Igreja de São Brás (Sveti Flaho), que homenageia o padroeiro local.

Adobe Stock: O Palácio de Diocleciano em Split, Croácia – Summit Art Creations

Adobe Stock: Vista do palácio Sponza em Dubrovnik, Croácia – Dudlajzov

Zagreb

Depois de ficar de queixo caído em Dubrovnik, dá para seguir para a capital croata, Zagreb. A cidade é dividida entre a Donji Grad, parte baixa e cosmopolita onde eu estava, e a Gornji Grad, a parte alta que inclui os distritos de Gradec e Kaptol.

A Praça Ban Josip Jelacic é a união dos dois lados da cidade. À sua volta, belas construções do século 19. No meio dela, uma curiosidade. A estátua equestre do governador Jelacic, que deu nome à praça, andou dando uma voltinha. Desaparecida durante o comunismo, só voltou ao seu “posto” em 1990.

Seguindo rumo ao Kaptol está a Catedral de Santo Estevão (Katedrala Sv.Stjepana), consagrada à Virgem da Assunção e aos santos Estevão e Ladislao. É a construção mais importante e uma das mais belas da cidade. Destruída parcialmente no terremoto de 1880, passou por transformações que a deixaram mais atraente, sem perder a linha medieval que lhe era natural, com afrescos do século 13 e altares de mármore.

Adobe Stock: Catedral de Zagreb, Croácia – Cone88

Adobe Stock: Estátua de Ban Jelacic – Deymos.HR

Ao lado está o complexo do Palácio Arcebispal. Na frente, uma fonte traz a Coluna da Virgem Maria e quatro anjos, obra do austríaco Fernkorn, que posam para fotos dos turistas a caminho de outras igrejas da região, como a de São Francisco e a de Santa Maria.

Zagreb também é sinônimo de arte: conta com 350 bibliotecas, 16 teatros, 14 galerias e 21 museus. O Mimara, o mais famoso deles, é conhecido como “Pequeno Prado”, referência ao museu de Madri, e abriga obras de Renoir, Velásquez, Murillo, Goya e muitos outros.

Adobe Stock: Zagreb, Pavilhão de Arte – Kruno Kartus

Adobe Stock: Zagreb – Teatro Nacional Croata – TTstudio

Gradec

É pela Rua Tekalciceva que se chega a Gradec, lado mais antigo da cidade e cuja Igreja de São Marcos, de estilo gótico e famosa pelos brasões no telhado, é referência da parte alta da capital. Acessa-se essa área também por um funicular que parte da Rua Ilica.

Era lá em cima que ocorria o julgamento das “bruxas” que, até o século 18, morriam na fogueira, quando a imperatriz Maria Thereza deu fim à perseguição. Baseado nesses fatos históricos, a escritora croata Marija Juric Zagorka, nascida em 1873, ficou famosa pelo livro A Bruxa de Gric e mereceu até uma estátua, que fica na Rua Tekalciceva.
Depois da instalação de vários cafés e restaurantes, a Ilica tornou-se a rua mais movimentada do pedaço e passou a ser carinhosamente chamada de Tkalca.

Adobe Stock: Igreja De St Marek, Zagreb -Jaceka

Adobe Stock: St.-Markus-Kirche Zagreb, Croácia – Gehkah

Publicado em: 05/04/2024
Atualizada em: 15/04/2024
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