Como se divertir em família no Beto Carrero World
A cidadezinha de Penha, no litoral de Santa Catarina, tem só 15 mil habitantes, uma rua que vai, outra que vem, algumas transversais e um único semáforo. Mas recebe dois milhões de pessoas por ano, quase todas elas ansiosas para se divertir no maior parque de diversões do Brasil e um dos maiores do mundo: o Beto Carrero World.
O castelo que abriga a bilheteria do complexo marca a passagem para o mundo do velho oeste. E, ainda que esse seja o tema principal do centro de lazer, as atrações são tão variadas que divertem a família inteira. Há desde brinquedos radicais, como o agitado Rebuliço, até shows de velocidade apresentados em uma área dedicada as carrinhos Hot Wheels.
Isso sem contar as atrações tradicionais para a criançada, como carrossel, pedalinho, roda-gigante, xícara-maluca e teleférico, além de zoológico, shows e interações com os personagens da Dreamworks, produtora com a qual o parque tem parceria.
O monstrengo Shrek, a princesa Fiona, o panda Po e os bichinhos de Madagascar têm horário marcado para darem o ar da graça no parque e, quando eles aparecem, as filas já estão formadas há meia hora pelas crianças ansiosas para ganhar um abraço dos fofos personagens.
Enquanto isso, a fila é grande também na montanha-russa FireWhip, um dos brinquedos mais desafiadores do parque. É a única montanha-russa do Brasil que não usa carrinhos sobre os trilhos. A pessoa vai sentada em uma cadeira com os pés soltos, A FireWhip está na área de atrações radicais, bem representada pela Big Tower (espécie de elevador que despenca), pelo barco viking, pela montanha-russa com dois loopings Star Mountain, e pela Tchibum, que dá um banho na galera.
Ainda assim, são as crianças que mais festejam. Correm de um lado para o outro. Batem no chão o chicotinho do Beto Carrero, comprado na loja do parque. Atormentam os pais para não perder o horário dos shows. Querem saber onde fica o estábulo dos cavalos, área em que podem acariciar os bichos e passear em pôneis. E curtem o zoológico, onde ficam cara a cara com elefantes, girafas, hipopótamos, tigres, leões e gorilas.
Trenzinho
Pela quantidade de atrações, pelas filas e pelo tamanho do parque, o ideal é separar dois dias para conseguir aproveitá-lo sem pressa. O complexo está construído em meio a uma área verde gigantesca, do tamanho de 1.400
campos de futebol, comprada pelo empresário Beto Carrero só para preservá-la da invasão de construtoras.
É por essa mata que um simpático trenzinho serpenteia e leva as crianças e os pais para ver ilhas habitadas por chimpanzés e viver aventuras com assaltantes a cavalos – ou ainda em túneis com dinossauros. É lá também que está um aviário, onde dá para chegar perto de exibidos tucanos, papagaios e arapongas, e por onde passa o Madagascar Crazy River Adventure, rio com correnteza para descer de bote que deixa alguns felizardos encharcados e sem poderem reclamar mais do calor.
Espetáculos de primeira
Tão legais quanto os brinquedos são os excelentes shows que rolam no parque. São vários, e só passando mais tempo em Penha é possível pulverizá-los entre uma atração e outra. Tanto faz qual é a apresentação escolhida: a iluminação, o figurino, o cenário, os efeitos sonoros e as acrobacias são de primeira e dignos de circos famosos mundo afora.
No Acqua, inspirado no estilo Cirque du Soleil, os artistas fazem números circenses incríveis com malabares, argolas e tecidos. Mas o espetáculo mais concorrido é o Hot Wheels Epic Show, em que pilotos fazem loucas acrobacias com carros e motos.
É o maior do mundo em sincronismo automobilístico, e a fama é tanta que a mesma arquibancada já foi ocupada por gente como Felipe Massa e Fernando Alonso. A fumaceira gerada nas arrancadas e freadas é tanta que se gasta um jogo de pneus em cada carro por show.
Outras apresentações legais são a Madagascar Circus, com os personagens adorados pelas crianças, e o Excalibur, mais uma superprodução. Nelas, as mesas, identificadas por diferentes cores, formam times convidados a torcer por cavaleiros medievais que arrancam aplausos, gritos e vaias durante a disputa entre belos e ágeis cavalos.
Sonho do Cowboy
E a diversão não acaba quando a noite cai. Assim que os brinquedos deixam de funcionar, todos seguem para mais um espetáculo: o musical O Sonho do Cowboy, com músicas do produtor Tim Rescala. Para contar a história de amor, sobem ao palco 33 atores, 100 figurinos e cavalos adestrados.
Apenas depois de tudo isso é que crianças e adultos saem do parque, gargalhando, lembrando-se do medo que enfrentaram na FireWhip, do tigre dorminhoco ou da foto inesquecível com Shrek.
Atualizada em: 21/11/2024