Praias, compras e muitas outras atrações em St. Martin e St. Maarten – Voupranos

Praias, compras e muitas outras atrações em St. Martin e St. Maarten

Adobe Stock: Fort Louis, Marigot, St. Martin – Nicola

De longe, o pontinho branco cresce rapidamente à medida que se mistura com a vista das águas azul-turquesa e da praia de areia branca e fina que compõem o belíssimo cenário local. Aos poucos, o pontinho transforma-se em um enorme avião barulhento que passa muito perto da praia antes de aterrissar ali mesmo, a menos de 10 metros da areia. E esta é uma das grandes atrações de St. Maarten/St Martin, ilha caribenha famosa, entre diversos outros motivos, pelo seu pitoresco aeroporto à beira-mar.

Localizado em Maho Beach, o peculiar e ao mesmo tempo moderníssimo aeroporto internacional Princess Juliana reflete com exatidão o que é St. Maarten/St. Martin: uma ilha absolutamente única. Trata-se do menor território do mundo dividido entre dois países. Em apenas 60 km² (Vitória/ES, a menor capital do Brasil, tem 93 km²), ficam Saint Maarten (pronuncia-se San Martin) e Saint Martin (pronuncia-se San Martã).

Adobe Stock: Aeroporto Princess Juliana, Maho Beach, St. Maarten – Mariakray

Adobe Stock: Aeroporto Princess Juliana, St. Maarten – Markus Mainka

O primeiro país é menor, tem cerca de 27 km² e é independente desde 2010, mas foi colonizado pelo Reino dos Países Baixos. Lá, fala-se inglês e usa-se dólar (embora a língua e a moeda oficiais sejam o holandês e o florin antilhano). O segundo é um departamento ultramarinho de 33 km² que responde à prefeitura de Guadalupe e faz parte da França. Por isso, seus habitantes falam francês e usam o euro como moeda corrente.

Em termos regionais, essa divisão política é quase irrelevante. Graças ao Tratado de Concórdia, assinado em 1684, ambos os lados da ilha convivem em absoluta paz. Não há barreiras de fronteira e nem indicações de que ela existe – a não ser uma placa em uma das avenidas do lado leste da ilha.

Percebe-se que se está do outro lado apenas quando a língua muda, embora todos os habitantes, tanto de St. Maarten quanto de St. Martin, falem inglês, holandês e francês (muitos deles ainda arranham o espanhol e o papiamento, língua típica do Caribe que tem como influência o português).

Os preços também são diferentes, já que o euro do lado francês encarece os produtos locais, enquanto o dólar faz da zona livre de impostos do lado holandês uma ode ao consumo desenfreado.

Adobe Stock: Philipsburg, St. Maarten – Maridav

Praias

Localizada ao lado do aeroporto – ou praticamente dentro dele –, a praia de Maho Beach é um excelente ponto de partida para quem deseja conhecer a ilha (e suas 37 praias). Para os brasileiros, o local é estratégico, já que reúne hotel, lojas, restaurantes e supermercados. Isso sem falar no maior dos cassinos da ilha, que aceita apostas de baixo valor até mesmo em jogos como pôquer.

O maior atrativo de Maho Beach, no entanto, é a chance de registrar a foto do avião passando bem pertinho da areia, o maior clichê de St. Maarten. Tão clichê que o principal bar da praia, o Sunset Bar, informa em um quadro os horários em que os aviões vão pousar. Mais do que vê-los aterrissar, vale a pena observá-los partir.

Adobe Stock: Cupecoy, St.Maarten – Multiverse

Adobe Stock: Simpson Bay, St. Maarten – Anish

Essa é a hora em que alguns turistas se agarram à grade que separa a praia da pista para não serem lançados em direção ao mar pelo vento gerado pelas turbinas das aeronaves. Diversas placas de “Perigo” tentam limitar a prática. Mas quem liga para elas?

A maioria das pessoas também não se importa com o barulho dos aviões e aproveita para relaxar um pouco em Maho Beach. É mais recomendável, porém, andar cerca de 5 minutos para tomar sol na praia vizinha de Mullet Bay. As águas calmas que banham essa faixa de areia, a mais interessante do lado colonizado pelos Países Baixos, são quentíssimas e de uma beleza descomunal.

Outra praia que vale a visita em St. Maarten é Cupecoy. Supervalorizado, o local, cercado por belas falésias, é palco de um dos hotéis cinco estrelas mais badalados do pedaço.

Adobe Stock: Mullet Bay, St. Maarten – Elvirkin

St. Martin

Ninguém percebe, mas assim que Cupecoy acaba, começa o lado francês da ilha. Sem placas, fronteiras, guaritas, nada. Você simplesmente segue pela estrada e, pronto, está na França. Ou em um lugar bem parecido com ela, já que a região tem o mesmo charme do país europeu e ainda com a vantagem de ser banhada pelo Mar do Caribe.

Praias atraentes não faltam por lá. Em uma delas, chamada Baie Longue, fica o badalado hotel La Samanna, onde já se hospedaram Mariah Carey, Snoop Doggy Dog, Eddie Murphy e Denzel Washington, entre outros famosos. A melhor e mais disputada faixa de areia atende pelo nome de Orient Beach – nem os franceses a chamam pelo nome francês Baie Orientale, o que comprova a interessante miscigenação de St. Maarten/St. Martin.

Adobe Stock: Cupecoy, St.Maarten – Multiverse

Até pouco tempo atrás, não havia nada por lá, sequer uma boa via de acesso, o que encorajou alguns naturalistas a fazerem do local uma reservada praia de nudismo. Hoje, casinhas coloridas dividem a encosta com uma estrada que chega à beira da faixa de areia, fato que fez os nudistas se mandarem de lá, certo?

Que nada. Na metade direita de Orient Beach todo mundo toma sol, nada e passeia de mãos dadas nu até hoje. A outra metade é reservada para os turistas convencionais.

Independentemente do lado escolhido, você fica sempre de frente para um mar cristalino e repleto de tons de azul. É, sem dúvida, um dos cenários mais belos do mundo. Melhor para os esportistas, que praticam diversas atividades náuticas por lá.

Adobe Stock: Baie Rouge, St. Martin – Philphriday/Wirestock

Depois de se divertir na região, é hora de conhecer o crème de la crème do lado francês da ilha: Marigot, a capital. O calçadão à beira-mar, as lojas de grife (com preços salgados em euro, mas com lançamentos da moda simultâneos aos realizados em Paris) e os cafés com mesinhas ao ar livre fazem com que qualquer semelhança com as cidadezinhas da Riviera Francesa não seja mera coincidência. Há ainda um enorme shopping por lá e uma feirinha de roupas e artesanatos ao ar livre montada todas as quartas e sábados.

Adobe Stock: Mercado a céu aberto, Marigot, St. Martin – Sara

Adobe Stock: Orient Bay, St. Martin – Multiverse

Compras

Se a capital de St. Martin encanta pelo charme, Philipsburg, a capital de St. Maarten, agrada em cheio os turistas ávidos por compras e diversão. O passeio de uma capital para outra, por si só, já vale uma visita à ilha, pois as belíssimas Orient Beach e Dawn Beach ficam entre elas – próxima a Dawn Beach está a quase imperceptível placa que indica a divisão entre os países.

Philipsburg tem uma simpática praia, de onde sai um enorme deque que dá acesso a um calçadão repleto de lojas e restaurantes. De lá até a Front Street, rua do comércio local, é um pulo. Estreitinha e repleta de paralelepípedos, a rua é dominada por lojas de roupas, joias e eletrônicos. Os preços são ótimos. Em geral, até 30% inferiores aos praticados no Brasil, sobretudo no que diz respeito a relógios, óculos escuros, câmeras fotográficas, notebooks e bebidas em geral.

Adobe Stock: Philipsburg, St. Maarten – Debbie Ann Powell

Adobe Stock: Philipsburg, St. Maarten – Nancy Pauwels

Por falar em bebidas, uma parada obrigatória deve ser feita no Guavaberry Emporium. Trata-se da loja oficial que vende o drinque mais consumido em St. Maarten. Feito a caipirinha no Brasil, o guavaberry colada é um símbolo da ilha. A mistura de rum com guavaberry (uma frutinha que só nasce por lá), creme de coco, suco de abacaxi e gelo forma a bebida docinha e cor de rosa, que realmente é muito boa.

Além da (irresistível) rua comercial, Philipsburg abriga museus, uma singela rua com construções inspiradas no Reino Unido, chamada Old Street, e também o porto da ilha. Por conta dele, a região faz parte da rota das principais empresas marítimas do mundo.

Desembarcar na ilha é uma delícia, pois a estrutura turística local foi montada com restaurantes e lojas ao lado do porto exatamente para atender bem quem não tem muito tempo disponível no pedaço.

Adobe Stock: Pier, Philipsburg, St. Maarten – Nancy Pauwels

Adobe Stock: St. Maarten, Caribe – Reimar

Publicado em: 06/10/2023
Atualizada em: 06/10/2023
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