O que saber antes de ir para Nassau e Paradise Island, nas Bahamas
Bahamas é uma espécie de palavra mágica, que desperta na cabeça de qualquer a imagem de um lugar dos sonhos, com praias de areia branquinha banhadas por águas azuis cristalinas. Para brasileiros, particularmente, o arquipélago formado por 700 ilhas e cerca de 2,5 mil ilhotas distribuídas entre o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe, a sudeste da Flórida (Estados Unidos), soma a isso o conceito de ser um destino caro e quase inatingível, voltado para poucos e endinheirados sortudos. Mas isso não é necessariamente verdade, desde que se planeje a viagem com antecedência.
Ocorre que, de fato, para quem não faz pesquisas cuidadosas, hospedar-se por uma semana em um dos muitos resorts que se espalham pela dupla de ilhas que concentra quase todo o turismo local, New Providence, onde fica a capital Nassau, e Paradise Island, não é algo barato.
Isso ocorre porque o arquipélago importa dos Estados Unidos quase tudo o que precisa para se sustentar, inclusive água, comida e energia, com impostos pesadíssimos. Somado à isso, não há voo direto e o melhor jeito de chegar às Bahamas é via Miami, o que exige a retirada do visto norte-americano.
Não à toa, muitos americanos frequentam o destino, sobretudo no verão do Hemisfério Norte (junho a agosto), o que faz com que o dólar norte-americano circule com frequência por lá, apesar de o dólar bahamense ser a moeda oficial.
Ao planejar cuidadosamente a viagem, porém, dá para conhecer as paisagens desse magnífico punhado de ilhas, cuja realidade é ainda melhor que a imagem mágica despertada pela palavra Bahamas. É sério! Cancún, Aruba e outros lugares do Caribe têm praias lindas, mas não iguais às bahamenses.
Por abrigar a terceira maior barreira de recifes do mundo, atrás apenas de Austrália e Belize, as águas de Bahamas são manchadas por dezenas de tons de azul: claro, escuro, turquesa, anil, esverdeado e por aí vai, trazendo à tona um efeito visual único.
Cristalinas a ponto de causar confusão nos olhos – é difícil saber onde está exatamente o fundo do mar –, servem de habitat para centenas de espécies de peixes e atraem mergulhadores do mundo inteiro, profissionais ou não. Além disso, todas as praias do país são públicas e a (sábia) lei não permite que os resorts limitem as melhores faixas de areia a seus hóspedes.
Outra característica intimamente relacionada à imagem comum que se tem de Bahamas é o espírito de dolce far niente (“ócio prazeroso e relaxante”) que paira em Nassau/Paradise Island. Tudo porque enquanto em outros lugares do Caribe é comum se meter em passeios e trilhas por tudo que é lado, nas Bahamas há poucos tours para fazer e sobra tempo para se decidir entre a piscina e a praia, tudo isso em meio à duríssima tarefa de esticar o pé para o alto e solicitar para alguém trazer uma bebida gelada.
Quando ir
Faz sol o ano inteiro em Bahamas, mas evite ir de junho a dezembro, quando há mais incidência de furacões. No inverno do Hemisfério Norte, que vai de dezembro a março, é alta temporada por lá, devido ao fluxo de norte-americanos querendo fugir do frio. Prefira o período entre março e junho, que faz calor e tem praias mais vazias.
Transporte
Depois de passar dois ou três dias se acabando com a dúvida cruel de qual é o melhor lugar para passar o dia, a praia ou a piscina, é hora de passear por lá. Nesse caso, o esquema é seguir para o centro de Nassau.
De Cable Beach, onde ficam os principais resorts e hotéis da capital, ou Paradise Island, que é ligada a Nassau por uma ponte e forma com New Providence um porto natural, são 10 ou 20 minutos de táxi, respectivamente, quando não há trânsito.
É bom evitar os horários de pico, como o começo da manhã e o fim da tarde, pois além do tempo perdido em meio ao mar de carros, você terá de amargar com o preço alto da corrida.
Mergulho
Como Bahamas abriga a terceira maior barreira de corais do mundo (atrás apenas de Belize e Austrália), vale a pena aproveitar a viagem ao arquipélago para mergulhar na região. Há pacotes para quem deseja fazer snorkeling, mergulhar com cilindro e até encarar áreas onde vivem tubarões.
Gastronomia
Com base nos frutos do mar, a gastronomia de Bahamas acaba sendo mais bem explorada pelos resorts, que em geral contam com bons restaurantes. Fora deles, há alguns bares na Bay Street, a avenida principal de Nassau, que ficam cheios no verão.
Uma boa dica é reservar algumas noites para jantar no Atlantis, complexo hoteleiro situado em Paradise Island. Lá, há 40 opções para comer e beber, que vão desde lanchonetes que servem snacks até restaurante com cardápios assinados por chefs de renome internacional.
São ótimos lugares para provar o conch, espécie de molusco servido de todas as formas no arquipélago, desde fritos até em saladas. Além disso, o resort conta com uma charmosa marina com diversas lojas e restaurantes, cujo visual é arrebatador.
Bahama Mama
O Bahama Mama está para Bahamas tal qual a caipirinha para o Brasil. Trata-se de um drinque típico da região a base de rum, coco, xarope de romã, suco de laranja e de abacaxi. Tudo isso enfeitado com um guarda-chuvinha colorido, é claro. É bem docinho e vale a pena experimentar.
Complexo de cinema
Com parque aquático, campo de golfe, um ótimo spa, shopping center e uma infinidade de prédios de apartamentos, o complexo hoteleiro Atlantis, que fica em Paradise Island, pertinho de Nassau, já serviu de cenário para muitos filmes hollywoodianos, entre eles Cassino Royale, uma das sagas do agente 007 James Bond, e Thomas Crown – A Arte do Crime.
Vida noturna
É no Atlantis, em Paradise Island, que a noite bahamense pega fogo. O complexo abriga um dos maiores cassinos do Caribe, que não faz feio para o Bellagio, de Las Vegas; e uma boa balada, chamada Aura. Ao misturar ritmos caribenhos e techno, a pista da casa fica lotada quase todos os dias.
As festas costumam ser agitadas. É bem diferente do Brasil, mas divertido. Quem der sorte pode encontrar famosos por lá, como Shakira, que tem casa nas Bahamas e de vez em quando pinta na área vip da Aura.
Atualizada em: 12/05/2023