História e muita diversão: as atrações de Havana, em Cuba
Há muito o que fazer em Cuba, um destino que recebe brasileiros de braços abertos. Para perceber essa vibe, não exija luxo e tire da mente qualquer comparação com o mundo capitalista.
E, principalmente, esqueça a ideia de que Havana é suja, sem vida e tomada pela cor bege. Ao contrário, tons pastéis de amarelo, azul e rosa dominam Habana Vieja, o centro histórico tomado de casinhas coloniais restauradas. O verde também está nas ruas, bastante arborizadas.
Atrações de Havana
Centro Habana, pertinho de Habana Vieja, o centro histórico, é um bom lugar para se hospedar, já que permite ir a pé às principais atrações da cidade. É o caso do Capitólio Nacional, símbolo da capital cubana.
Construído em 1926, é muito semelhante ao da capital norte-americana, Washington, e ainda mais alto. Antiga sede do congresso cubano, o lugar hoje abriga a Biblioteca Nacional de Ciência e Tecnologia e a Academia de Ciências.
Dali, é fácil seguir para a Real Fábrica de Tabacos Partagás, de 1845. Lá, um tour permite ver a produção dos icônicos charutos Montecristo e Cohiba, feitos por 400 trabalhadores.
Mas é cruzando o Parque Central, em frente ao Hotel Inglaterra, que fica a maioria das atrações. Um destaque é o Museu Nacional de Belas Artes, dono de uma coleção riquíssima, da arte cubana do século 16 e dos famosos renascentistas até a pop art. Outro destaque é o Museu da Revolução, bem mais interessante por sua arquitetura e elegância do que pela exposição permanente.
Fotos antigas de Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, os três personagens principais da revolução de 1959, que implantou o socialismo na ilha, ficam junto de longos textos, uniformes ensanguentados e mapas confusos – um acervo que ocupa justamente o antigo Palácio Presidencial. O lugar é tão requintado que teve o interior decorado pela joalheria Tiffany’s, ostentando ainda um Salão dos Espelhos parecido com o do Palácio de Versalhes, na França.
O Parque Histórico Militar Morro-Cabaña é outra parada importante do caminho. Reúne o Castelo dos Três Santos Reis Magos do Morro, erguido entre 1589 e 1630, e a Fortaleza de San Carlos de la Cabaña, do século 18. Capaz de rivalizar com muitos na Europa, o forte é o maior das colônias espanholas na América, com quase 10 hectares. Situado à beira da baía, oferece uma vista privilegiada de Havana.
Uma boa dica é visitá-lo próximo ao pôr do sol, e então ficar para a cerimônia do cañonazo, que ocorre todos os dias, às 21h. Nesse momento, atores com roupas inspiradas no século 18 marcham e dão um tiro de canhão sobre o porto.
Para completar essa volta ao passado, perambule pelo Castelo da Força Real, de 1558, que abriga o Museu da Navegação. Fica em Habana Vieja e é ao redor dele que se tem uma das melhores atmosferas da cidade. Além de vários cafés com mesas na calçada, a região concentra músicos de rua, que tocam rumba e salsa, enquanto turistas e locais vão e vêm. Uma feira de livros usados rola por lá, a maioria deles com Fidel Castro e Che Guevara estampando as capas.
Museus
O Castelo da Força Real e a feira de livros estão na Calle Mercaderes, a rua mais agradável para passear, assim como a transversal Obispo. As duas vias são as mais bem restauradas de Havana, cheias de ateliês, livrarias, restaurantes, cafés e… mais museus.
Cuba parece ter aproveitado o fato de ter relativamente parado no tempo e transformou tudo em museu. Há o do automóvel, do rum, da pintura mural, do perfume Habana 1791 (onde também é possível comprar essências) e até um dedicado ao baralho, com uma coleção de 2 mil peças.
Há ainda o Museu do Chocolate (que, além de exibir moldes para chocolates e taças de séculos passados, oferece boas bebidas) e o Museu-Farmácia Taquechel, que propicia mais uma volta no tempo. As prateleiras estão repletas de boticas de cerâmica francesa e, no balcão, estão expostos seringas e outros instrumentos antigos. O bacana é que o lugar segue em funcionamento, e, em meio aos turistas, cubanos compram remédios como no início do século passado.
É nessa região, bem turística, que a diferença quanto ao poder de compra de turistas e moradores se torna evidente. Restaurantes graciosos oferecem pratos deliciosos à base de camarões e lagostas. Há ainda as paellas, piñas coladas e ceviches.
Também dá para fazer como a maioria dos nativos e frequentar botecos simples e barracas de comida, que convivem lado a lado com os restaurantes na Calle Obispo. Tudo isso pode fazer da sua viagem para Havana uma experiência ainda melhor.
Salsa, rumba e reggaetón
Encontrar boa música não exige esforço em Havana. Basta sentar-se num restaurante, como os famosos El Gato Tuerto, La Imprenta e La Lluvia de Oro, ou nos bares – o La Bodeguita del Medio é o mais famoso da capital –, e lá estarão os artistas tocando ritmos latinos.
Point dos turistas em Havana, o La Bodeguita é tão animado que põe para bailar até quem está na calçada. Ali, o motivo maior de orgulho é ter sido frequentado por Ernest Hemingway e de oferecer o mojito (bebida à base de rum e hortelã) considerado pelo escritor como o melhor da cidade. Já o melhor daiquiri (também feito com rum), segundo Hemingway, era encontrado no bar El Floridita.
Malecón
Para fazer como os cubanos, refresque-se do calor com a brisa que sopra no Malecón. A avenida beira-mar de 8 km é um dos pontos turísticos mais importantes de Cuba, construída com paredão para se proteger do avanço do oceano, tem construções congeladas no tempo e belos edifícios. No pôr do sol é muito agradável, reunindo casais, pescadores e turistas.
Atualizada em: 02/06/2023